Os escritores árcades mineiros tiveram participação direta no movimento da Inconfidência Mineira. Chegados de Coimbra com ideias enciclopedistas e influenciados pela independência dos EUA, provavelmente não apenas engrossaram as fileiras dos revoltos contra erário régio, que confiscavam a maior parte do ouro extraído na Colônia, mais também divulgaram os sonhos de um país independente e contribuíram para a organização do grupo inconfidente. Esses escritores eram Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Cláudio Manuel da Costa. Do grupo apenas um homem não tinha a mesma formação intelectual dos demais, nem era escritor: o alferes Tiradentes (dentista Prático).
     Com a traição de Joaquim Silvério dos Reis, que devia vultosas somas ao governo português, o grupo foi preso. Todos, com exceção de Tiradentes, negaram sua participação no movimento. Cláudio Manuel da Costa, segundo versão oficial, suicidou-se na prisão antes do julgamento, mas essa versão sempre foi contestada pelos que o conheciam, até que, nos anos 1957/58 pesquisadores e estudiosos começaram a reunir evidências de que tudo indica que houve uma armação das autoridades da época para se apoderarem da fortuna de Cláudio Manuel, que não era pouca.
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