7.MARTHA  MEDEIROS - Martha Medeiros  nasceu no dia 20 de agosto de 1961. É jornalista e escritora.
Biografia
Filha de José Bernardo Barreto de Medeiros e Isabel Mattos de Medeiros, é colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro. Casou-se com o publicitário Luiz Telmo de Oliveira Ramos e tem duas filhas. Estudou no Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho, tradicional de Porto Alegre, localizado nos arredores do bairro Moinhos de Vento. Formou-se em 1982 na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre. Trabalhou em propaganda e publicidade, mas logo se sentiu frustrada com a carreira. Quando seu marido recebeu uma proposta de trabalho no Chile, decidiu que uma mudança de país seria uma ótima oportunidade para dar um tempo na profissão. Esta estada de nove meses no Chile, na qual passou escrevendo poesia, acabou sendo um divisor de águas na sua vida. Quando voltou para Porto Alegre, começou a escrever crônicas para jornal e, a partir daí, sua carreira literária deslanchou.
Obras Publicadas:
Strip-Tease (1985) – Poesia,Meia noite e um quarto (1987) – Poesia,Persona non grata (1991) – Poesia, De Cara Lavada (1995) – Poesia,Poesia Reunida (1998),Geração Bivolt (1995) - Primeiro livro de crônicas,Topless (1997) – Crônicas,Santiago do Chile (1996) - guia de viagem,Trem-Bala (1999) - Livro de crônicas, adaptado com sucesso para o teatro, sob direção de Irene Brietzke,Non Stop (2000) – Crônicas,Cartas Extraviadas e Outros Poemas (2000),Divã (2002) - Romance que origem a uma peça, a um filme e série de TV, todos estrelados pela  atriz Lilia Cabral, no papel de Mercede; Montanha-Russa (2003) – Crônicas,Coisas da Vida (2005) – Crônicas, Esquisita como Eu (2004) – Infantil, Selma e Sinatra (2005) – Romance,Tudo que Eu Queria te Dizer (2007) - Adaptado para o teatro e estrelado por Ana Beatriz Nogueira,Doidas e Santas (2008) – Crônicas,Fora de Mim(2010) – Romance,Feliz por Nada (2011) – Crônicas.

8. DAVID  COIMBRA - David Coimbra (Porto Alegre, 28 de abril de 1962) é um jornalista brasileiro.
Trajetória:
É formado pela PUCRS em jornalismo, e trabalhou em diversas redações do sul do Brasil. Atualmente é diretor executivo de Esportes e colunista de Zero Hora, além de comentarista da TVCOM, onde participa do Café TVCOM. Participa também do Programa de debates Sala de Redação, na Rádio Gaúcha.
No período em que estava na faculdade trabalhou como assessor de imprensa da Livraria e Editora Sulina. Redigia resenhas, entrevistava autores e acompanhava escritores em suas visitas ao Rio Grande do Sul.
Obras:
Entre reportagens, romances, compilações de crônicas e contos, já lançou:
800 Noites de Junho - reportagem sobre o que ocorreu com o deputado Antônio Dexheimer, principal acusado do assassinato do também deputado e radialista José Antônio Daudt, em 1988; A História dos Grenais - a trajetória do maior clássico do futebol gaúcho; Atravessando a Escuridão - reportagem sobre um mineiro de carvão torturado pela repressão durante a ditadura militar no Brasil; A Mulher do Centroavante - crônicas, A Cantada Infalível - contos,Viagem - histórias de viagens,Crônica da Selvageria Ocidental - crônicas e contos,Canibais - romance, Mulheres! - crônicas e contos, Pistoleiros Também Mandam Flores - folhetim publicado pela editora L&PM, Jogo de Damas - Livro no qual descreve a importância da mulher sobre a história do mundo, através de grandes personagens históricos femininos; Cris, a Fera - folhetins publicados originalmente no seu blog, Meu Guri - crônicas sobre seu filho, Bernardo; Jô na estrada - Conta a história de uma menina que saiu de casa para procurar um novo mundo para viver.

9.MILLÔR FERNANDES - Millôr Fernandes (Rio de Janeiro, 16 de agosto de 1923)  é um desenhista, humo-rista, dramaturgo, escritor e tradutor brasileiro.
Biografia:
Carioca do Méier, nasceu Milton Viola Fernandes, tendo sido registrado, graças a uma caligrafia duvidosa, como Millôr, o que veio a saber adolescente. Aos dez anos de idade vendeu o primeiro desenho para a publicação O Jornal do Rio de Janeiro. Recebeu dez mil réis por ele. Em 1938 começou a trabalhar como repaginador, factótum e contínuo no semanário O Cruzeiro. No mesmo ano ganhou um concurso de contos na revista A Cigarra (sob o pseudônimo de "Notlim"). Assumiu a direção da publicação algum tempo depois, onde também publicou a seção "Poste Escrito", agora assinada por "Vão Gogo".
Em 1941 voltou a colaborar com a revista O Cruzeiro, continuando a assinar como "Vão Gogo" na coluna "Pif-Paf", o fazendo por 18 anos. A partir daí passou a conciliar as profissões de escritor, tradutor (autodidata) e autor de teatro.
Já em 1956 dividiu a primeira colocação na Exposição Internacional do Museu da Caricatura de Buenos Aires com o desenhista norte-americano Saul Steinberg. Em1957, ganhou uma exposição individual de suas obras no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Dispensou o pseudônimo "Vão Gogo" em 1962, passando a assinar "Millôr" em seus textos n'O Cruzeiro. Deixou a revista no ano seguinte, por conta da polêmica causada com a publicação de A Verdadeira História do Paraíso, considerada ofensiva pela Igreja Católica.
Em 1964 passou a colaborar com o jornal português Diário Popular e obteve o segundo prêmio do Salão Canadense de Humor. Em 1968começou a trabalhar na revista Veja, e em 1969 tornou-se um dos fundadores do jornal O Pasquim.
Nos anos seguintes escreveu peças de teatro, textos de humor e poesia, além de voltar a expor no Museu de Arte Moderna do Rio. Traduziu, do inglês e do francês, várias obras, principalmente peças de teatro, entre estas, clássicos de Sófocles, Shakespeare, Molière,Brecht e Tennessee Williams.
Depois de colaborar com os principais jornais brasileiros, retornou à Veja em setembro de 2004, deixando a revista em 2009 devido a um desentendimento acerca da digitalização de seus antigos textos, publicados sem autorização no acervo on-line da publicação.[2]
Obras
Prosa: Eva sem costela – Um livro em defesa do homem (sob o pseudônimo de Adão Júnior) - 1946 - Editora O Cruzeiro, Tempo e contratempo (sob o pseudônimo de Emmanuel Vão Gogô) - 1949 - Editora O Cruzeiro, Lições de um ignorante - 1963 - J. Álvaro Editor, Fábulas Fabulosas - 1964 - J. Álvaro Editor. Edição revista e ilustrada – 1973 – Nórdica,  Esta é a verdadeira história do Paraíso - 1972 - Livraria Francisco Alves,Trinta anos de mim mesmo - 1972 – Nórdica, Livro vermelho dos pensamentos de Millôr - 1973 – NórdicaCompozissõis imfãtis - 1975 – Nórdica, Livro branco do humor - 1975 – Nórdica, Devora-me ou te decifro – 1976 – L&PM, Millôr no Pasquim - 1977 – Nórdica, Reflexões sem dor - 1977 – Edibolso,  Novas fábulas fabulosas - 1978 – Nórdica,Que país é este? - 1978 – Nórdica, Millôr Fernandes – Literatura comentada. Organização de Maria Célia Paulillo – 1980 Abril Educação,Todo homem é minha caça - 1981 – Nórdica,Diário da Nova República - 1985 – L&PM, Eros uma vez – 1987 – Nórdica – Ilustrações de Nani, Diário da Nova República, v. 2 - 1988 – L&PM, Diário da Nova República, v. 3 – 1988 – L&PM, The cow went to the swamp ou A vaca foi pro brejo – 1988 – Record, Humor nos tempos do Collor (com L. F. Veríssimo e Jô Soares) – 1992 – L&PM, Millôr definitivo - A bíblia do caos - 1994 – L&PM, Amostra bem-humorada – 1997 – Ediouro ,Tempo e contratempo (2ª edição) – Millôr revisita Vão Gogô - 1998 - Beca.,Crítica da razão impura ou O primado da ignorância – Sobre Brejal dos Guajas, de José Sarney, e Dependência e Desenvolvimento na América Latina, de Fernando Henrique Cardoso – 2002 – L&PM, 100 Fábulas Fabulosas – 2003 – Record, Apresentações – 2004 – Record, Novas Fábulas E Contos Fabulosos (ilustrações de Angelisa) - 2007 – Desidratada,
Teatro (em livro):  Teatro de Millôr Fernandes (inclui Uma mulher em três atos 1953, Do tamanho de um defunto 1955, Bonito como um deus 1955 e A gaivota 1959) – 1957 – Civilização Brasileira;Um elefante no caos ou Jornal do Brasil ou, sobretudo, Por que me ufano do meu país – 1962 – Editora do Autor;
Pigmaleoa – 1965 – Brasiliense;Computa, computador, computa – 1972 – Nórdica;
É... – 1977 – L±A história é uma istória – 1978 – L±O homem do princípio ao fim – 1982 – L±Os órfãos de Jânio – 1979 – L±Duas tábuas e uma paixão – 1982 – L&PM (nunca encenada).
Espetáculos musicais: Pif-Paf – Edição extra! – 1952 (com músculos de Ary Bizarro);Esse mundo é meu – 1965 (em parceria com Sérgio Ricardo); Liberdade, liberdade – 1965 (em parceria com Flávio Rangel); Memórias de um sargento de milícias - 1966 (com músicas de Marco Antonio e Nelson Lins e Barros);Momento 68 – 1968; Mulher, esse super-homem – 1969; Bons tempos, hein?! – 1979 ;(publicada pela L&PM - 1979 - Pouso Alegre);Vidigal: Memórias de um tenente de milícias – 1982 (com músculos de Carlos Lyraseso);De repente – 1984;O MP4 e o Dr. Çobral vão em busca do mal – 1984; China! Outros 5000 – Uma Pope Ópera (com músculos de Toquinho e Paulo César Pinto).

10.OTTO LARA RESENDE - Otto de Oliveira Lara Resende (São João del-Rei, 1 de maio de 1922 — Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1992) foi um jornalista e escritor brasileiro. Otto é pai do economista André Lara Resende. Seu pai, Antônio de Lara Resende, era professor, gramático e memorialista, e foi casado com Maria Julieta de Oliveira, com quem teve 20 filhos, dos quais Otto era o quarto.
Biografia:
Começou a lecionar francês aos 14 anos. Aos dezoito anos começou a trabalhar como jornalista no periódico O Diário, de Belo Horizonte. Dai por diante nunca mais deixou de ser jornalista, tendo chegado a editar o suplemento literário do Diário de Minas. No Rio de Janeiro trabalhou no Diário de Notícias, em O Globo, Diário Carioca, Correio da Manhã, Última Hora, revista Manchete, Jornal do Brasil e TV Globo.
Em 1957, a Editora José Olympio publicou seu segundo livro de contos, Boca do Inferno.
Fundou com Rubem Braga e Fernando Sabino, entre outros amigos, a Editora do Autor. Lá publicou O retrato na gaveta (1962) e O braço direito (1963). Em 1964 escreveu A cilada, um conto sobre a avareza, no livro Os sete pecados capitais, publicado pela Editora Civilização Brasileira, e do qual participaram também Guimarães Rosa (soberba), Carlos Heitor Cony (luxúria), Mário Donato (ira), Guilherme Figueiredo(gula), José Condé (inveja) e Lygia Fagundes Telles (preguiça).
Em 1967 estreou seu programa O pequeno mundo de Otto Lara Resende, na TV Globo, uma participação diária de 60 segundos durante a qual falava sobre os acontecimento do dia.
Na época de sua morte, trabalhava como cronista para o jornal Folha de S. Paulo.
 Academia Brasileira de Letras: Em 3 de julho de 1979 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, na cadeira 39, vaga com a morte de Elmano Cardim.
Obras: O lado humano (contos, 1952),Boca do inferno (contos, 1957 e 1998),O retrato na gaveta (contos, 1962), O braço direito (romance, 1964), A cilada (conto, 1965, publicado em "Os sete pecados capitais), As pompas do mundo (contos, 1975),O elo partido e outras histórias (contos, 1991),Bom dia para nascer (Crônicas na Folha de S. Paulo, 1993),O príncipe e o sabiá e outros perfis (História, 1994),A testemunha silenciosa (novelas, 1995).

11.SÉRGIO  PORTO -  Sérgio Marcus Rangel Porto (Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 1923 — Rio de Janeiro, 30 de setembro de 1968) foi um cronista, escritor, radialista e compositor brasileiro. Era mais conhecido por seu pseudônimo Stanislaw Ponte Preta.
Biografia:
Sérgio começou sua carreira jornalística no final dos anos 40, atuando em publicações como as revistas Sombra e Manchete e os jornais Última Hora, Tribuna da Imprensa e Diário Carioca. Nesse mesmo período Tomás Santa Rosa também atuava em vários jornais e boletins como ilustrador. Foi aí que surgiu o personagem Stanislaw Ponte Preta e suas crônicas satíricas e críticas, uma criação de Sérgio juntamente com Santa Rosa - o primeiro ilustrador do personagem -, inspirado no personagem Serafim Ponte Grande de Oswald de Andrade. Porto também contribuiu com publicações sobre música e escreveu shows musicais para boates, além de compor a música "Samba do Crioulo Doido" para o teatro rebolado.
Foi também o criador e produtor do concurso de beleza As Certinhas do Lalau, onde figuravam vedetes de primeira grandeza, como Anilza Leoni, Diana Morel, Rose Rondelli, Maria Pompeo, Irma Alvarez e muitas outras.
Conhecedor de Música Popular Brasileira e jazz, ele definia a verdadeira MPB pela sigla MPBB - Música Popular Bem Brasileira. Eraboêmio, de um admirável senso de humor e sua aparência de homem sisudo escondia um intelectual peculiar capaz de fazer piadascorrosivas contra a ditadura militar e o moralismo social vigente, que fazem parte do FEBEAPÁ - Festival de Besteiras que Assola o País, uma de suas maiores criações.
FEBEAPÁ: Festival de Besteiras que Assola o País tinha como característica simular as notas jornalísticas, parecendo noticiário sério. Era uma forma de criticar a repressão militar já presente nos primeiros Atos Institucionais (que tinham a sugestiva sigla de AI). Um deles noticiou a decisão da ditadura militar de mandar prender o autor grego Sófocles, que morreu há séculos, por causa do conteúdo subversivo de uma peça encenada na ocasião.
Satirizando o colunista Jacinto de Thormes (pseudônimo de Maneco Muller), Porto, na pele de Stanislaw, criou uma seção chamada "As Certinhas do Lalau", onde cada edição falava de uma musa da temporada, e muitas vedetes e atrizes foram eleitas "certinhas" pela pena admirável do jornalista.
Alcançou a fama por seu senso de humor refinado e a crítica mordaz aos costumes nos livros Tia Zulmira e Eu e FEBEAPÁ. Sua jornada diária nunca era inferior a 15 horas de trabalho. Escrevia para o rádio, para a TV, onde chegou a apresentar programas, e também para revistas e jornais, além de idealizar seus livros. O excesso de obrigações seria demais para o cardíaco Sérgio Porto, que morreu de infarto aos 45 anos de idade. Porto não viveu para presenciar o Ato Institucional Número Cinco, mas em sua memória um grupo de jornalistas e intelectuais fundou o semanário O Pasquim, em 1969.
Obras publicadas
Como Stanislaw Ponte Preta: Tia Zulmira e Eu (1961),Primo Altamirando e Elas (1962), Rosamundo e os Outros (1963),Garoto Linha Dura (1964),FEBEAPÁ1 (Primeiro Festival de Besteira que Assola o País) (1966), FEBEAPÁ2 (Segundo Festival de Besteira que Assola o Pais) (1967), Na Terra do Crioulo Doido (1968), FEBEAPÁ3 (1968), A Máquina de Fazer Doido (1968),Gol de Padre.
Como Sérgio Porto: A Casa Demolida (1963), As Cariocas (1967),A velhinha contrabandista (1967).

12.FABRÍCIO  CARPINEJAR - Fabrício Carpi Nejar, ou Fabricio Carpinejar, como passou a assinar em 1998 (Caxias do Sul, 23 de outubro de 1972) é um poeta e jornalista brasileiro. Filho dos poetas Carlos Nejar e Maria Carpi, adotou a junção de seus sobrenomes em sua estréia poética, As solas do sol, de 1998. Em 2003 publicou, pela editora Companhia das Letras, a antologia Caixa de sapatos, que lhe conferiu notoriedade nacional. Desde maio, mantém a coluna que antes era ocupada por Moacyr Scliar no jornal Zero Hora. É mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Livros publicados: As solas do sol, Um terno de pássaros ao sul, Terceira sede, Biografia de uma árvore, Caixa de sapatos, Meu filho, minha filha, Canalha, Diário de um apaixonado, Mulher perdigueira, Beleza Interior, O Amor Esquece de Começar, Borralheiro.
Prêmios: Prêmio Fernando Pessoa, da União Brasileira de Escritores (1998),Prêmio Destaque Literário da 46º Feira do Livro de Porto Alegre (2000), Prêmio Açorianos de Literatura (2001), Prêmio Marengo D’Oro – Itália (2001), Prêmio Cecília Meireles, da União Brasileira de Escritores (2002), Prêmio Açorianos de Literatura (2002), Prêmio Nacional Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras (2003).
Leia Mais
1. RUBEM  BRAGA -  (Cachoeiro de Itapemirim, 12 de janeiro de 1913 — Rio de Janeiro, 19 de dezem-bro de 1990) foi um escritor lembrado como um dos melhores cronistasbrasileiros. Era irmão do poeta e jornalista Newton Braga.
Biografia
Iniciou-se no jornalismo profissional ainda estudante, aos 15 anos, no Correio do Sul, de Cachoeiro de Itapemirim, fazendo reportagens e assinando crônicas diárias no jornal Diário da Tarde. Formou-se bacharel pela Faculdade de Direito de Belo Horizonte em1932, mas não exerceu a profissão. Neste mesmo ano, cobriu a Revolução Constitucionalista deflagrada em São Paulo, na qual chegOU a ser preso. Transferindo-se para Recife, dirigiu a página de crônicas policiais no Diário de Pernambuco. Nesta cidade, fundou o periódico Folha do Povo. Em 1936 lançou seu primeiro livro de crônicas, O Conde e o Passarinho, e fundou em São Paulo a revista Problemas, além de outras. Durante a Segunda Guerra Mundial, atuou como correspondente de guerra junto à F.E.B. (Força Expedicionária Brasileira).
Rubem Braga fez diversas viagens ao exterior, onde desempenhou função diplomática em Rabat, a capital do Marrocos, atuando também como correspon-dente de jornais brasileiros. Após seu regresso, exerceu o jornalismo em várias cidades do país, fixando domicílio no Rio de Janeiro, onde escreveu crônicas e críticas literárias para o Jornal Hoje, da Rede Globo de Televisão. Sua vida como jornalista registra a colaboração em inúmeros perió¬dicos, além da participação em várias antologias, entre elas a Antologia dos Poetas Contemporâneos.
Homenagem
Foi inaugurada, no dia 30 de junho de 2010, a terceira saída da estação General Osório do Metrô, em Ipanema, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. O novo acesso, que conta com duas torres com dois elevadores ligando a Rua Barão da Torre ao Morro do Cantagalo, recebeu o nome de Complexo Rubem Braga, em homenagem ao escritor que, por anos, morou na cobertura do prédio vizinho à estação.
Obras
Crônicas: O Conde e o Passarinho, 1936; O Morro do Isolamento, 1944; Com a FEBoça, 1957; 100 Crônicas Escolhidas, 1958; Ai de ti, Copacabana, 1960;  O Conde e o Passarinho e O Morro do Isolamento, 1961; Crônicas de Guerra - Com a FEB na Itália, 1964; A Cidade e a Roça e Três Primitivos, 1964 A Traição das Elegantes, 1967; Crônicas do Espírito Santo, 1984 (Coleção Letras Capixabas); As Boas Coisas da Vida, 1988; O Verão e as Mulheres, 1990; 200 Crônicas Escolhidas; Casa dos Braga: Memória de Infância (destinado ao público juvenil); Uma fada no front; Histórias do Homem Rouco; Os melhores contos de Rubem Braga (seleção David Arrigucci); O Menino e o Tuim; Recado de Primavera; Um Cartão de Paris; Pequena Antologia do Braga.
Romances:  Casa do Braga
Adaptações: O Livro de Ouro dos Contos Russos; Os Melhores Poemas de Casimiro de Abreu (Seleção e Prefácio); Coleção Reencontro Audiolivro - Cirano de Bergerac - Edmond Rostand; Coleção Reencontro: As Aventuras Prodigiosas de Tartarin de Tarascon Alphonse Daudet; Coleção Reencontro: Os Lusíadas - Luis de Camões (com Edson Braga)
Traduções:  Antoine de Saint-Exupéry - Terra dos Homens.

2.PAULO  MENDES CAMPOS -  (Belo Horizonte, 28 de fevereiro de 1922 — Rio de Janeiro, 1 de julho de 1991) foi um escritor e jornalista brasileiro.
Biografia
Nascido em Minas Gerais, era filho do médico e escritor Mário Mendes Campos e de D. Maria José de Lima Campos. Começou seus estudos na capital mineira, prosseguiu em Cachoeira do Campo, onde opadre professor de português lhe vaticinou: "Você ainda será escritor", e terminou em São João del-Rei.
Começou os estudos de Odontologia, Veterinária e Direito, não chegando a completá-los. Seu sonho de ser aviador também não se concretizou. Diploma mesmo, ele gostava de brincar, só teve o de datilógrafo.
Muito moço ainda, ingressou na vida literária, como integrante da geração mineira de 1945, a que pertencia Fernando Sabino e pertenceram os já falecidos Otto Lara Resende, Hélio Pellegrino, João Ettiene Filho, Carlos Castello Branco e Murilo Rubião. Em Belo Horizonte, dirigiu o suplemento literário da Folha de Minas e trabalhou na empresa de construção civil de um tio.
Foi para o Rio de Janeiro em 1945, a fim de conhecer o poeta Pablo Neruda, e acabou ficando. No Rio já se encontravam seus melhores amigos de Minas — Sabino, Otto, e Hélio Pellegrino. Passou a colaborar em O Jornal, Correio da Manhã (de que foi redator durante dois anos e meio) e Diário Carioca. Neste último, assinava a Semana Literária e, depois, a crônica diária Primeiro Plano. Foi, durante muitos anos, um dos três cronistas efetivos da revista Manchete.
Admitido no IPASE em 1947, como fiscal de obras, passou a redator daquele órgão e chegou a ser diretor da Divisão de Obras Raras daBiblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.
Em 1951 lançou seu primeiro livro, A palavra escrita, de poemas. Casou-se, nesse mesmo ano, com Joan, de ascendência  inglesa, tendo tido dois filhos: Gabriela e Daniel.
Paulo Mendes Campos foi repórter e, algumas vezes, redator de publicidade. Foi, também, hábil tradutor de poesia e prosa inglesa efrancesa — entre outros Júlio Verne, Oscar Wilde, John Ruskin, Shakespeare, além de Neruda.
Bibliografia:
A Palavra Escrita, poesia, Ed. Hipocampo - 1951;Forma e Expressão do Soneto, antologia, 1952; Testamento do Brasil, poesia, 1956; O Domingo Azul do Mar, poemas,1958; Páginas de Humor e Humorismo; O Cego de Ipanema,, 1960; Homenzinho na Ventania, 1962; O Colunista do Morro, 1965; Testamento do Brasil e Domingo Azul do Mar, 1966; Hora do Recreio, 1967; O Anjo Bêbado, 1969; Trinca de Copas, 1984; Rir é o Único Jeito; O Amor Acaba, 1999. Cisne de Feltro - Crônicas Autobiográficas - Ed. Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 2000; Alhos e Bugalhos , 2000. Brasil brasileiro — Crônicas do país, das cidades e do povo -, 2000. Murais de Vinícius e outros perfis -, 2000.O gol é necessário — Crônicas esportivas, 2000.CArtigo indefinido, 2000. De um caderno cinzento — Apanhadas no chão, 2000. Balé do pato e outras crônicas , 2003. A volta ao mundo em 80 dias, 2004.Quatro histórias de ladrão, 2005.

3.FERNANDO  SABINO - Fernando Tavares Sabino - (Belo Horizonte, 12 de outubro de 1923 — Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2004) foi um escritor e jornalistabrasileiro.
Durante a adolescência, foi locutor de programa de rádio Pila No Ar e começou a colaborar regularmente com artigos, crônicas e contos em revistas da cidade, conquistando prêmios em concursos.
No início da década de 1940, começou a cursar a Faculdade de Direito e ingressou no jornalismo como redator da Folha de Minas. O primeiro livro de contos, Os grilos não cantam mais, foi publicado em 1941, no Rio de Janeiro quando o autor tinha apenas dezoito anos, e sendo que alguns contos do livro foram escritos quando Fernando Sabino tinha apenas quatorze anos.
Tornou-se colaborador regular do jornal Correio da Manhã, onde conheceu Vinicius de Moraes, de quem se tornou amigo.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1944. Depois de se formar em Direito na Faculdade Federal do Rio de Janeiro em 1946, viajou com Vinicius de Moraes aos Estados Unidos da América, onde morou por dois anos em Nova Iorque com sua primeira esposa Helena Sabino e a primogenita Eliana Sabino.
O encontro marcado, uma de suas obras mais conhecidas, foi lançada em 1956, ganhando edições até no exterior, além de ser adaptada para o teatro. Sabino decidiu, então (1957), viver exclusivamente como escritor e jornalista. Iniciou uma produção diária de crônicas para oJornal do Brasil, escrevendo mensalmente também para a revista Senhor.
Em 1960, Fernando Sabino publicou o livro O homem nu, pela Editora do Autor, fundada por ele, Rubem Braga e Walter Acosta. Publicou, em 1962, A mulher do vizinho, que recebeu o Prêmio Fernando Chinaglia, do Pen Club do Brasil.
Em 1966, fez a cobertura da Copa do Mundo de Futebol para o Jornal do Brasil. Fundou, em 1967, em conjunto com Rubem Braga, a Editora Sabiá, onde publicou livros de Vinicius de Moraes, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Carlos Drummond de Andrade,Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Clarice Lispector, entre outros.
Publicou O grande mentecapto em 1979, iniciado mais de trinta anos antes. A obra, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti, e acabaria sendo adaptada para o cinema, com direção de Oswaldo Caldeira, em 1989, e também para o teatro. Em julho de 1999, recebeu da Academia Brasileira de Letras o prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra.
Faleceu em sua casa em Ipanema (zona sul no Rio de Janeiro), vítima de T.A.F no fígado, às vésperas do 81º aniversário. A pedido, o epitáfio é o seguinte: "Aqui jazz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino!"
Obra
Os grilos não cantam mais - contos 1941; A marca - novela .1944; A cidade vazia - crônicas sobre Nova York ,1950; A vida real – novelas, 1952; O encontro marcado – romance, 1956; O homem nu – crônicas, 1960; A mulher do vizinho – crônicas, 1962; A companheira de viagem – crônicas,  1965; A inglesa deslumbrada - crônicas,1967; Gente - crônica sobre personalidades com quem Fernando Sabino teve contato , 1967;Deixa o Alfredo falar! - crônicas ,1976; O Encontro das Águas - crônicas sobre uma viagem à cidade de Manaus/AM,1977;O grande mentecapto - romance ,1979; A falta que ela me faz – crônicas,1980; O menino no espelho – romance, 1982; O Gato Sou Eu – crônicas, 1983; Macacos me mordam, 1984; A vitória da infância, 1984; A faca de dois Gumes – novelas, 1985; O Pintor que pintou o sete ,1987; Martini Seco, 1987; O tabuleiro das damas - autobiografia literária,1988; De cabeça para baixo - crônicas de viagens, 1989; A volta por cima – crônicas, 1990;  Zélia, uma paixão – biografia, 1991; O bom ladrão – novela,1992; Aqui estamos todos nus, 1993; Os restos mortais, 1993; A nudez da verdade ,1994;  Com a graça de Deus, 1995; O outro gume da faca – novela, 1996; Um corpo de mulher, 1997; O homem feito novela, 1998; Amor de Capitu - recriação literária, 1998; No fim dá certo – crônicas, 1998; A chave do enigma, 1999; O galo músico, 1999; Cara ou coroa?, 2000; Duas novelas de amor – novelas, 2000; Livro aberto - Páginas soltas ao longo do tempo - crônicas, entrevistas, fragmentos, etc., ; Cartas perto do coração - correspondência com Clarice Lispector, 2001; Cartas na mesa - correspondência com Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende e Hélio Pellegrino, 2002; Os caçadores de mentira, 2011.

4. LUIS  FERNANDO VERÍSSIMO -  Luis Fernando Verissimo (Porto Alegre, 26 de setembro de 1936) é um escritor brasileiro. Mais conhecido por suas crônicas e textos de humor, mais precisamente de sátiras de costumes, publicados diariamente em vários jornais brasileiros, Verissimo é também cartunista e tradutor, além de roteirista de televisão, autor de teatro e romancista bissexto. Já foi publicitário e  copy desk  de jornal. É ainda músico, tendo tocado saxofone em alguns conjuntos. Com mais de 60 títulos publicados, é um dos mais populares escritores brasileiros contemporâneos. É filho do também escritor Erico Verissimo.
Formação
Nascido e criado em Porto Alegre, Luis Fernando viveu parte de sua infância e adolescência nos Estados Unidos, com a família, em função de compromissos profissionais assumidos por seu pai - professor na Universidade de Berkeley (1943-1945) e diretor cultural da União Pan-americana em Washington (1953-1956). Como consequência disso, cursou parte do primário em San Francisco e Los Angeles, e concluiu o secundário na Roosevelt High School, de Washington.
Aos 14 anos produziu, com a irmã Clarissa e um primo, um jornal periódico com notícias da família, que era pendurado no banheiro de casa e se chamava "O Patentino" (patente é como é conhecida a privada no Rio Grande do Sul).
No período em que viveu em Washington, Verissimo desenvolveu sua paixão pelo jazz, tendo começado a estudar saxofone e, em frequentes viagens a Nova York, assistido a espetáculos dos maiores músicos da época, inclusive Charlie Parker e Dizzy Gillespie.
Primeiros trabalhos
De volta a Porto Alegre em 1956, começou a trabalhar no departamento de arte da Editora Globo. A partir de 1960, fez parte do grupo musical Renato e seu Sexteto, que se apresentava profissionalmente em bailes na capital gaúcha, e que era conhecido como "o maior sexteto do mundo", porque tinha 9 integrantes.
Entre 1962 e 1966, viveu no Rio de Janeiro, onde trabalhou como tradutor e redator publicitário, e onde conheceu e casou-se (1963) com a carioca Lúcia Helena Massa, sua companheira até hoje e mãe de seus três filhos (Fernanda, 1964; Mariana, 1967; e Pedro, 1970).
Em 1967, de novo em sua cidade natal, começou a trabalhar no jornal Zero Hora, a princípio como revisor de textos (copy-desk). Em 1969, depois de cobrir as férias do colunista Sérgio Jockymann e poder mostrar a qualidade e agilidade de seu texto, passou a assinar sua própria coluna diária no jornal. Suas primeiras colunas foram sobre futebol, abordando a fundação do Estádio Beira-Rio e os jogos do Internacional, seu clube do coração. No mesmo ano, tornou-se redator da agência de publicidade MPM Propaganda.
Em 1970 transferiu-se para o jornal Folha da Manhã, onde manteve sua coluna diária até 1975, escrevendo sobre esporte, cinema, literatura, música, gastronomia, política e comportamento, sempre com ironia e ideias pessoais, além de pequenos contos de humor que ilustram seus pontos de vista.
Em 1971 criou, com um grupo de amigos da imprensa e da publicidade porto-alegrense, o semanário alternativo O Pato Macho, com textos de humor, cartuns, crônicas e entrevistas, e que vai circular durante todo o ano na cidade.
Primeiros livros publicados
Em 1973 lançou, pela Editora José Olympio, seu primeiro livro, O Popular, com o subtítulo "crônicas, ou coisa parecida", uma coletânea de textos já veiculados na imprensa, o que seria o formato da grande maioria de suas publicações até hoje.
Em 1975, voltou ao jornal Zero Hora, onde permanece até hoje, e passou a escrever semanalmente também no Jornal do Brasil, tornando-se nacionalmente conhecido. Em 1979, publicou seu quinto livro de crônicas, "Ed Mort e Outras Histórias", o primeiro pela Editora L&PM, com a qual trabalharia durante 20 anos. O título do livro refere-se àquele que viria a ser um dos mais populares personagens de Luis Fernando Verissimo. Uma sátira dos policiais noir, imortalizados pela literatura e por filmes interpretados por Humphrey Bogart, Ed Mort é um detetive particular carioca, de língua afiada, coração mole e sem um tostão no bolso, que passou a protagonizar uma tira de quadrinhos desenhada por Miguel Paiva e publicada em centenas de jornais diários, gerou uma série de cinco álbuns de quadrinhos (1985-1990) e ainda um filme com Paulo Betti no papel-título.
Entre 1980 e 1981, Verissimo viveu com a família por 6 meses em Nova York, o que mais tarde renderia o livro "Traçando Nova York", primeiro de uma série de seis livros de viagem escritos em parceira com o ilustrador Joaquim da Fonseca e publicados pela Editora Artes e Ofícios.
Popularidade nacional
Em 1981, o livro "O Analista de Bagé", lançado na Feira do Livro de Porto Alegre, esgotou sua primeira edição em dois dias, tornando-se fenômeno de vendas em todo o país. O personagem, criado (mas não aproveitado) para um programa humorístico de televisão com Jô Soares, é um  psicanalista  de formação freudiana ortodoxa, mas com o sotaque, o linguajar e os costumes típicos da fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai e a Argentina. A contradição entre a sofisticação da psicanálise e a "grossura" caricatural do gaúcho da fronteira gerou situações engraçadíssimas, que Verissimo soube explorar com talento em dois livros de contos, um de quadrinhos (com desenhos de Edgar Vasques) e uma antologia.
Em 1982 passou a publicar uma página semanal de humor na revista Veja, que manteria até 1989.
Em 1983, em seu décimo volume de crônicas inéditas, lançou um novo personagem que também faria grande sucesso, a Velhinha de Taubaté, definida como "a única pessoa que ainda acredita no governo". O ingênuo personagem, que dera a seu gato de estimação o nome do porta-voz do Presidente-General Figueiredo, marcava a decadência do governo militar brasileiro, que já estava quase completando 20 anos. Mas, anos depois, em plena democracia, Verissimo faria reviver a Velhinha de Taubaté, ironizando a credibilidade dos presidentes civis, especialmente Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso.
Em toda a década de 1980, Verissimo consolidou-se como um fenômeno de popularidade raro entre escritores brasileiros, mantendo colunas semanais em vários jornais e lançando pelo menos um livro por ano, sempre nas listas dos mais vendidos, além de escrever para programas de humor da TV Globo.
Em 1986, morou seis meses com a família em Roma, e cobriu a Copa do Mundo para a revista Playboy. Em 1988, sob encomenda da MPM Propaganda, escreveu seu primeiro romance, O Jardim do Diabo.
Homem de ideias
Em 1989, começou a escrever uma página dominical para o jornal O Estado de São Paulo, mantida até hoje, e para a qual criou o grupo de personagens da Família Brasil. No mesmo ano, estreou no Rio de Janeiro seu primeiro texto escrito especialmente para teatro, "Brasileiras e Brasileiros". E ainda recebeu o Prêmio Direitos Humanos da OAB.
Em 1990, passou 10 meses com a família em Paris e cobriu a Copa da Itália para os jornais Zero Hora, Jornal do Brasil e O Estado de São Paulo, o que voltaria a fazer em 1994, 1998, 2002 e 2006.
Em 1994, a antologia de contos de humor "Comédias da Vida Privada" foi lançada com grande sucesso, vindo a tornar-se um especial da TV Globo (1994) e depois uma série de 21 programas (1995-1997), com roteiros de Jorge Furtado e direção de Guel Arraes.
Em 1995, intelectuais brasileiros convidados pelo caderno "Ideias" do Jornal do Brasil elegeram Luis Fernando Verissimo o Homem de Ideias do ano. A esta seguiram-se outras homenagens: em 1996, "Medalha de Resistência Chico Mendes" da ONG Tortura Nunca Mais, "Medalha do Mérito Pedro Ernesto" da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro e "Prêmio Formador de Opinião" da Associação Brasileira de Empresas de Relações Públicas; culminando, em 1997, com o "Prêmio Juca Pato", da União Brasileira de Escritores como o Intelectual do ano. Em 1999, recebeu ainda o Prêmio Multicultural Estadão.
De volta à música
Ainda em 1995, por iniciativa do contrabaixista Jorge Gerhardt, foi criado o grupo Jazz 6, este certamente "o menor sexteto do mundo", com apenas 5 integrantes: além de Verissimo no saxofone e Gerhardt no contrabaixo, fazem parte do grupo Luiz Fernando Rocha (trompete e flugelhorn), Adão Pinheiro (piano) e Gilberto Lima (bateria).
Sendo Gerhardt, Rocha, Pinheiro e Lima "músicos em tempo integral", o grupo depende da agenda de Verissimo para se apresentar, mas já tem 13 anos de estrada e 4 CDs lançados: "Agora é a Hora" (1997), "Speak Low" (2000), "A Bossa do Jazz" (2003) e "Four" (2006).
Novos rumos
Em 1999, Verissimo deixou de desenhar as tiras de As Cobras e mudou de editora, trocando a L&PM pela Objetiva, que passou a republicar toda a sua obra. Em 2003, resolveu reduzir seu volume de trabalho na imprensa, passando de seis para apenas duas colunas semanais, agora publicadas em Zero Hora, O Globo e O Estado de São Paulo.
A partir de solicitações geradas pelas editoras, Verissimo deixou de ser o "grande escritor de textos curtos" e emendou uma série de novelas e romances.
Em 2003, uma reportagem de capa da revista Veja destacou Verissimo como "o escritor que mais vende livros no Brasil". Ao mesmo tempo, a versão em inglês de "Clube dos Anjos" ("The Club of Angels") é escolhida pela New York Public Library como um dos 25 melhores livros do ano.
Em 2004, na França, recebeu o Prix Deux Oceans do Festival de Culturas Latinas de Biarritz.
Em 2006, Verissimo chegou aos 70 anos de idade consagrado como um dos maiores escritores brasileiros contemporâneos, tendo vendido ao todo mais de 5 milhões de exemplares de seus livros. Em 2008, sua filha Fernanda deu-lhe a primeira neta, Lucinda, nascida no dia do aniversário do Sport Club Internacional, 4 de abril.
Personagens  criados: Ed Mort, Velhinha de Taubaté, Analista de Bagé, As Cobras, Família Brasil ,Dorinha .
Livros publicados
Crônicas e contos (inéditos): O Popular,  A Grande Mulher Nua, Amor Brasileiro,
O Rei do Rock,  Ed Mort e Outras Histórias, Sexo na Cabeça, O Analista de Bagé,
A Mesa Voadora, Outras do Analista de Bagé,  A Velhinha de Taubaté , A Mulher do Silva, A Mãe de Freud, O Marido do Doutor Pompeu, Zoeira Noites do Bogart, Orgias ,Pai Não Entende Nada, Peças Íntimas ,O Santinho, O Suicida e o Computador, Comédias da Vida Pública,   A Versão dos Afogados - Novas Comédias da Vida Pública,  A Mancha.
Crônicas e contos (antologias e reedições): O Gigolô das Palavras, Comédias da Vida Privada, Novas Comédias da Vida Privada, Ed Mort, Todas as Histórias, Aquele Estranho Dia que Nunca Chega, A Eterna Privação do Zagueiro Absoluto, Histórias Brasileiras de Verão, As Noivas do Grajaú, Todas as Comédias,Festa de Criança, Comédias para se Ler na Escola , As Mentiras que os Homens Contam, Todas as Histórias do Analista de Bagé ,Banquete Com os Deuses ,O Nariz e Outras Crônicas, O Melhor das Comédias da Vida Privada, Mais comédias para ler na escola.
Novelas e romances: Pega pra Kapput com Moacyr Scliar, Josué Guimarães e Edgar Vasques),O Jardim do Diabo,  Gula - O Clube dos Anjos,  Borges e os Orangotangos Eternos,  O Opositor (2004, Editora Objetiva, coleção Cinco Dedos de Prosa), A Décima Segunda Noite, Os Espiões.
Relatos de viagens:Traçando New York, Traçando Paris, Traçando Porto Alegre ,
Traçando Roma (1993, ed. Artes e Ofícios; com Joaquim da Fonseca), América ,Traçando Japão,  Traçando Madrid .
Cartuns e quadrinhos:  As Cobras, As Cobras e Outros Bichos ),As Cobras do Verissimo ,O Analista de Bagé em Quadrinhos, Aventuras da Família Brasil, Ed Mort em Procurando o Silva, As Cobras, vols I, II e III ;Ed Mort em Disneyworld Blues ,Ed Mort em Com a Mão no Milhão, Ed Mort em Conexão Nazista, Ed Mort em O Sequestro do Zagueiro Central, A Família Brasil,  As Cobras em Se Deus existe que eu seja atingido por um raio, Pof , Aventuras da Família Brasil , O Arteiro e o Tempo,  Poesia Numa Hora Dessas?!, Internacional, Autobiografia de uma Paixão.

5. JUREMIR MACHADO DA SILVA - Juremir Machado da Silva -(Santana do Livramento, 1962) é um escritor, tradutor, jornalista e professor universitário brasileiro. Atualmente, é coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da PUC-RS.
Biografia
É doutor em Sociologia pela Universidade de Paris V: René Descartes. Em Paris, de 1993 a 1995, foi colunista e correspondente do jornal Zero Hora. Atualmente, é professor do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social da PUC-RS e coordenador do programa de pós-graduação em Comunicação da mesma universidade. Também assina uma coluna diária e mantém um blog no jornal Correio do Povo de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Juremir escreveu um romance histórico sobre Getúlio Vargas. Por seus comentários políticos foi acusado por leitores de pertencer ao PT, na coluna em que indicou a vereadora do partido, Sofia Cavedon, como futura estrela da política.
Livros:
Aprender a (vi)ver (2006), Mal dito (2005) em venda na Europa, Tradução de Metamorfoses da cultura liberal, de Gilles Lipovetsky (2004), A genealogia do virtual (2004), Getúlio (2004), Organizador de Mídia.br (2003),Flores do mal (2003), Ela nem me disse adeus (2003), Tradução de O bonde, de Claude Simon (2003), As tecnologias do imaginário (2002), Nau frágil (2003), Adios, baby (2003), A miséria do jornalismo brasileiro (2000), Para navegar no Século XXI (1999), Fronteiras (1999), Visões de uma certa Europa (1998),Viagem ao extremo sul da solidão (1997), Anjos da perdição (1996), Cai a noite sobre palomas (1995).
Prêmio:  Prêmio Luiz Beltrão 2001,na categoria Liderança emergente.

6.ROBERTO POMPEU  DE TOLEDO - Roberto Pompeu de Toledo (São Paulo, 1944) é um jornalista brasileiro.
Formou-se em 1966. Trabalhou por pouco tempo na Rádio Bandeirantes e depois na Rádio Eldorado, ambas na cidade de São Paulo. Após trabalhou no Jornal da Tarde e em seguida, foi para a revista Veja.
Depois trabalhou no efêmero Jornal da República e na revista IstoÉ, nesta como redator-chefe. Voltou para a Veja e saiu novamente, para ser o editor-executivo do Jornal do Brasil. Retornou à Veja pela terceira vez, sendo o editor da seção Internacional, editor-executivo e correspondente em Paris.
Em 2007 é editor especial da revista Veja. Faz reportagens especiais e mantém uma coluna na revista, publicada na última página, a cada dois números.
Obras: À Sombra da Escravidão, Surpresa, A Capital da Solidã, O Presidente Segundo o Sociólogo, Leda.
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6.Carlos Heitor Cony - (Rio de Janeiro, 14 de março de 1926) é um escritor, jornalista brasileiro, e imortal da Academia Brasileira de Letras. Seus pais foram Ernesto Cony Filho e Julieta Moraes Cony. Estudou em seminário até quase ordenar-se, em Rio Comprido.
Jornalista, foi um dos que se arrependeram de apoiar o golpe militar de 1964 e depois se opuseram abertamente ao golpe militar de 1964. Como editorialista do Correio da Manhã, escreveu textos de crítica aos atos da ditadura militar. Foi incitado a se demitir do matutino (cerca 1965). Atualmente, recebe pensão do governo federal, em decorrência de legislação que autoriza pagamento de indenização aos que sofreram danos materiais e morais, vitimados pela ditadura militar.
Já publicou contos, crônicas e romances. Seu romance mais famoso é de 1995, Quase Memória, que vendeu mais de 400 mil exemplares. Esse livro marca seu retorno à atividade de escritor/romancista. Seu romance, A Casa do Poeta Trágico, foi escolhido o Livro do Ano, obtendo o Prêmio Jabuti, na categoria ficção. É editorialista da Folha de São Paulo.
Desde 2006, seus livros são publicados pela Editora Objetiva, que pretende relançar toda a sua obra.
 Academia Brasileira de Letras
Foi eleito para a cadeira 3, cujo patrono é Artur de Oliveira, em 23 de março de 2000, sendo o seu quinto ocupante. Foi recebido em 31 de maio do mesmo ano, por Arnaldo Niskier. Sua qualidades literárias e estilísticas são, porém, contestadas por boa parte da crítica, que as julga supervalorizadas graças aos contatos VIP de Cony no mundo político, financeiro e filantrópico.
Obras:
Romances: O ventre (1958), A verdade de cada dia (1959),Tijolo de segurança (1960),Informação ao crucificado (1961), Matéria de memória (1962), Antes, o verão (1964), Balé branco (1965), Pessach: a travessia (1967),Pilatos (1973), Paranóia: a noite do massacre (1975), Quase Memória (1995), O piano e a orquestra (1996), A casa do poeta trágico (1997) - Prêmio Jabuti de Livro do Ano 1998, categoria ficção, Romance sem palavras (1999), O indigitado (2001), A tarde da tua ausência (2003), O beijo da morte (2003) em parceria com Ana Lee, O adiantado da hora (2006).
Crônicas: Da arte de falar mal (1963), O ato e o fato (1964), Posto Seis (1965), Os anos mais antigos do passado (1998), O Harém das Bananeiras (1999), O presidente que sabia javanês (2000) com charges de Angeli, O tudo ou o nada (2004), Do rock,O Menino das Meias Vermelhas
Contos: Quinze anos (1965, Sobre todas as coisas (1968), reeditado sob o título "Babilônia! Babilônia!", (1978), Babilônia! Babilônia! (1978),O burguês e o crime e outros contos (1997).
Infanto-juvenis: Uma história de amor(1977), Rosa, vegetal de sangue (1979),O irmão que tu me deste (1979), A gorda e a volta por cima (1986), Luciana saudade (1989),O laço cor-de-rosa (2002).
Jornalismo: Nos passos de João de Deus (1981),Lagoa (1996).

7.Hilda Hilst - (Jaú, 21 deabril,  1930) foi uma poeta, escritora e dramaturga brasileira. Foi a única filha do fazendeiro de café, jornalista, poeta e ensaísta Apolônio de Almeida Prado Hilst, filho de Eduardo Hilst, imigrante originário da Alsácia-Lorena, e de Maria do Carmo Ferraz de Almeida Prado.  Sua mãe, Bedecilda Vaz Cardoso, era filha de imigrantes portugueses. Em 1932, seus pais se separaram. Em plena Revolução Constitucionalista, Bedecilda mudou-se para Santos, com Hilda e Ruy Vaz Cardoso, filho do seu primeiro casamento. Em 1935, Apolônio foi diagnosticado como paranóico esquizofrênico.
Em 1937, Hilda ingressou como aluna interna do Colégio Santa Marcelina, em São Paulo, onde cursou o primário e o ginasial, com desempenho considerado brilhante. Nesse ano, a mãe lhe revelou a doença de seu pai. Em 1945, iniciou o curso secundário no Instituto Presbiteriano Mackenzie, onde permaneceu até a conclusão do curso. Em 1948, entrou para a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Largo São Francisco). Seu primeiro livro, Presságio, foi publicado em 1950. A partir de 1951, ano em que publicou seu segundo livro de poesia, Balada de Alzira, foi nomeada curadora do pai. Concluiu o curso de Direito em 1952. Na universidade, conheceu sua melhor amiga, a escritora Lygia Fagundes Telles. Em 1966, mudou-se para a Casa do Sol, uma chácara próxima a Campinas, onde hospedou diversos escritores e artistas por vários anos. Ali dedicou todo seu tempo à criação literária.[2]
Hilda Hilst escreveu por quase cinqüenta anos, tendo sido agraciada com os mais importantes prêmios literários do Brasil. Em 1962, recebeu o Prêmio PEN Clube de São Paulo, por Sete Cantos do Poeta para o Anjo (Massao Ohno Editor, 1962). Mudou-se para a Casa do Sol, construída na fazenda, onde passou a viver com o escultor Dante Casarini, em 1966. Em setembro do mesmo ano, morreu seu pai. Dois anos depois, Hilda casou-se com Dante. Em 1969, a peça O Verdugo arrebatou o Prêmio Anchieta, um dos mais importantes do país na época. No mesmo ano, a cantata Pequenos Funerais Cantantes, composta por seu primo, o compositor Almeida Prado, sobre o poema homônimo de Hilda, dedicado ao poeta português Carlos Maria Araújo, conquistou o primeiro prêmio do I Festival de Música da Guanabara.[3]
A Associação Paulista de Críticos de Arte (Prêmio APCA) considerou Ficções (Edições Quíron, 1977) o melhor livro do ano. Em 1981, Hilda Hilst recebeu o Grande Prêmio da Crítica para o Conjunto da Obra, pela mesma Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 1984, aCâmara Brasileira do Livro concedeu o Prêmio Jabuti, idealizado por Edgard Cavalheiro (1959) [4] a Cantares de Perda e Predileção (Massao Ohno - M. Lydia Pires e Albuquerque editores, 1983), e, no ano seguinte, a mesma obra recebeu o Prêmio Cassiano Ricardo (Clube de Poesia de São Paulo). Rútilo Nada, publicado em 1993, pela editora Pontes, levou o Prêmio Jabuti como melhor conto. E, finalmente, em 9 de agosto de 2002, foi premiada na 47ª edição do Prêmio Moinho Santista na categoria Poesia.
A escritora ainda participou, a partir de 1982, do Programa do Artista Residente, da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.
Assuntos tidos como socialmente controversos, por exemplo, o lesbianismo[5], a homossexualidade e a pedofilia[6], foram temas abordados pela autora em suas obras. No entanto, conforme a própria escritora confessou em sua entrevista ao Cadernos de Literatura Brasileira[7], seu trabalho sempre buscou, essencialmente, retratar a difícil relação entre Deus e o homem.
Seu arquivo pessoal foi comprado pelo Centro de Documentação Alexandre Eulálio, Instituto de Estudos de linguagem - IEL, UNICAMP, em1995, estando aberto a pesquisadores do mundo inteiro.
Alguns de seus textos foram traduzidos para o francês, inglês, italiano e alemão. Em março de 1997, seus textos Com os meus olhos de cão e A obscena senhora D foram publicados pela Editora Gallimard, tradução de Maryvonne Lapouge, que também traduziu Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa.
Muitas de suas obras se esgotaram e não eram encontradas até que a Editora Globo republicou vários títulos.
Após seu falecimento o amigo Mora Fuentes liderou a criação do Instituto Hilda Hilst O IHH tem como primeira missão a manutenção da Casa do Sol, seu acervo e o espírito de ser um porto seguro para a criação intelectual.
Obras
Poesia: Presságio – 1950, Balada de Alzira - 1951.Balada do festival - 1955.Roteiro do Silêncio- 1959.Trovas de muito amor para um amado senhor - 1961.Ode Fragmentária – 1961.Sete cantos do poeta para o anjo - (Prêmio PEN Clube de São Paulo). Poesia (1959/1967) - 1967. Júbilo, memória, noviciado da paixão -  1974.Poesia (1959/1979) - 1980.Da Morte. Odes mínimas -  1980.
Da Morte. Odes mínimas - 1998. (Edição bilíngüe, francês-português.Cantares de perda e predileção - SP: 1980. (Prêmio Jabuti/Câmara Brasileira do Livro. Prêmio Cassiano Ricardo/Clube de Poesia de São Paulo.)Poemas malditos, gozosos e devotos - 1984.Sobre a tua grande face -1986.Alcoólicas - 1990.Amavisse - 1989.Bufólicas -  1992.Do Desejo -  1992.Cantares do Sem Nome e de Partidas -  1995.Do Amor - 1999.
Ficção: Fluxo - Floema - 1970.Qadós - 1973.Ficções - (Prêmio APCA/ Associação Paulista dos Críticos de Arte. Melhor livro do ano.)Tu não te moves de ti -  1980. A obscena senhora D -  Massao 1982.Com meus olhos de cão e outras novelas - 1986.O Caderno Rosa de Lory Lamby - 1990.Contos D'Escárnio / Textos Grotescos -1990.Cartas de um sedutor – 1991. Rútilo Nada -  1993. (Prêmio Jabuti/Câmara Brasileira do Livro.)Estar Sendo Ter Sido -  1997.Cascos e Carícias - crônicas reunidas (1992-1995) - 1998.
Teatro: A Possessa - 1967.O rato no muro - 1967.O visitante - 1968. Auto da Barca de Camiri – 196 O novo sistema - 1968. Aves da Noite - 1968. O verdugo - 1969 (Prêmio Anchieta). A morte de patriarca – 1969.

8. Nélida Cuiñas Piñon - (Rio de Janeiro, 3 de maio de 1937) é uma escritora brasileira, e imortal da Academia Brasileira de Letras, que já presidiu.Filha de Lino Piñon Muiños e Olivia Carmen Cuiñas Piñon, espanhóis de origem galega. Seu nome é um anagrama do nome do avô, Daniel.
Formou-se em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e foi editora e membro do conselho editorial de várias revistas no Brasil e exterior. Também ocupou cargos no conselho consultivo de diversas entidades culturais em sua cidade natal.
Estreou na literatura com o romance Guia-mapa de Gabriel Arcanjo, publicado em 1961, que tem como temas o pecado, o perdão e a relação dos mortais com Deus.
Nélida Piñon é, também, académica correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
Sua obra já foi traduzida em inúmeros países, tendo recebido vários prêmios ao longo de mais de 35 anos de atividade literária. O mais recente foi o Prêmio Príncipe de Asturias das Letras de 2005, conferido na cidade espanhola de Oviedo. Concorreram a este prêmio escritores de fama mundial, como os norte-americanos Paul Auster e Philip Roth, e o israelense Amos Oz; ao todo, mais de dezesseis países estavam representados no concurso.
Obras:
Romance: Guia-mapa de Gabriel Arcanjo (1961),Madeira feita de cruz (1963),Fundador (1969),A casa da paixão (1977),Tebas do meu coração (1974),A força do destino (1977),A república dos sonhos (1984),A doce canção de Caetana (1987),Cortejo do Divino e outros contos escolhidos (2001), Vozes do deserto (2004).
Memórias:Coração Andarilho (2009)
Contos: Tempo das frutas (1966), Sala de armas (1973), O calor das coisas (1980),O pão de cada dia: fragmentos (1994).
Crônicas: Até amanhã, outra vez (1999).
Infanto-juvenil: A roda do vento (1996).
Ensaios:  O presumível coração da América (2002), Aprendiz de Homero (2008),O ritual da arte (inédito).
Academia Brasileira de Letras: Eleita em 27 de julho de 1989 para a cadeira que tem por patrono Pardal Mallet, da qual foi a quinta ocupante. Tomou posse a 3 de maio de1990, recebida por Lêdo Ivo. Foi a primeira mulher a se tornar presidente da Academia Brasileira de Letras, entre 1996 e 1997.

9. Paulo Leminski Filho - (Curitiba, 24 de agosto de 1944 — Curitiba, 7 de junho de1989) foi um escritor, poeta, tradutor e professor brasileiro. Era, também, faixa-preta de judô.Filho de Paulo Leminski e Áurea Pereira Mendes. Mestiço de pai polonês com mãe negra, Paulo Leminski Filho sempre chamou a atenção por sua intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra. Desde muito cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo haicais, trocadilhos, ou brincando com ditados populares.
Em 1958, aos catorze anos, foi para o Mosteiro de São Bento em São Paulo e lá ficou o ano inteiro.
Participou do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda em Belo Horizonte onde conheceu Haroldo de Campos, amigo e parceiro em várias obrasEstreou em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo, porta-voz da poesia concreta paulista.
Em 1965, tornou-se professor de História e de Redação em cursos pré-vestibulares, e também era professor de judô. Classificado em 1966 em primeiro lugar no II Concurso Popular de Poesia Moderna.
De 1969 a 1970 decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator publicitário.
Dentre suas atividades, criou habilidade de letrista e músico. Verdura, de 1981, foi gravada por Caetano Veloso no disco Outras Palavras. A própria bossa nova resulta, em partes iguais, da evolução normal da MPB e do feliz acidente de ter o modernismo criado uma linguagem poética, capaz de se associar com suas letras mais maleáveis e enganadoramente ingênuas às tendências de então da música popular internacional. A jovem guarda e o tropicalismo, à sua maneira, atualizariam esse processo ao operar com outras correntes musicais e poéticas. Na década de 1970, teve poemas e textos publicados em diversas revistas - como Corpo Estranho, Muda Código (editadas por Régis Bonvicino) e Raposa. Em 1975 - e lançou o seu ousado Catatau, que denominou "prosa experimental", em edição particular. Além de poeta e prosista, Leminski era também tradutor (traduziu para o castelhano e o inglês alguns trechos de sua obra Catatau, a qual foi traduzida na íntegra para o castelhano).
Na poesia de Paulo Leminski, por exemplo, a influência da MPB é tão clara que o poeta paranaense só poderia mesmo tê-la reconhecido escrevendo belas letras de música, como Verdura.
Músico e letrista, Leminski fez parcerias com Caetano Veloso e o grupo A Cor do Som entre 1970 e 1989.
A música estava ligada às obras de Paulo Leminski, uma de suas paixões, proporcionando uma discografia rica e variada.
Publicou o livro infanto-juvenil ‘’Guerra dentro da gente’’, em 1986 em São Paulo.
Entre 1987 e 1989 foi colunista do Jornal de Vanguarda que era apresentado por Doris Giesse na Rede Bandeirantes;
Paulo Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou em 1983 uma biografia de Bashô. Além de escritor, Leminski também era faixa-preta de judô. Sua obra literária tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos.
Morreu em 7 de junho de 1989, em consequência do agravamento de uma cirrose hepática que o acompanhou por vários anos.
Obra poética:Quarenta clics em Curitiba. Curitiba, Etecetera, 1976. Polonaises. 1980. Não fosse isso e era menos/ não fosse tanto e era quase. 1980. Tripas. Curitiba, 1980.Caprichos e relaxos.  1983. Hai Tropikais. 1985. Um milhão de coisas. 1985.Caprichos e relaxos.  1987. Distraídos Venceremos. 1987. La vie en close.  1991. Winterverno (com desenhos de João Virmond.) 2001.  Distraídos venceremos, 1994. O ex-estranho. 1996.Melhores poemas de Paulo Leminski. 1996.Aviso aos náufragos. 1997.
Obra em prosa: Catatau (prosa experimental). 1975. Agora é que são elas (romance).  1984.Catatau.  1989. Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego (prosa poética/ensaio).1995)Descartes com lentes (conto).1995.Agora é que são elas (romance). 1999.
Biografias e ensaios: Cruz e Souza. Matsuó Bashô. Jesus. Trotski: a paixão segundo a revolução. Vida (biografias: Cruz e Souza, Bashô, Jesus e Trótski).  POE, Edgar Allan. O corvo. Poesia: a paixão da linguagem. Nossa linguagem. Anseios crípticos (anseios teóricos): peripécias de um investigador dos sentido no torvelinho das formas e das idéias. Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego,Ensaios e anseios crípticos.
Paulo Leminski - Ervilha da Fantasia (1985) - Documentário de Werner Schumann, com Paulo Leminski, é o mais importante trabalho realizado sobre o poeta. No filme, Leminski fala sobre poesia, cinema, literatura, psicanálise e apresenta a sua obra. Quatro anos depois, ele viria falecer em Curitiba. O documentário está disponível na íntegra no YouTube (29 minutos).

10. Zélia Gattai Amado - (São Paulo, 2 de julho de 1916 — Salvador, 17 de maio de 2008) foi uma escritora, fotógrafa e memorialista (como ela mesma preferia denominar-se)brasileira, tendo também sido expoente da militância política nacional durante quase toda a sua longa vida, da qual partilhou cinquenta e seis anos casada com o também escritor Jorge Amado, até a morte deste.
Filha dos imigrantes italianos Angelina e Ernesto Gattai, é a caçula de cinco irmãos. Nasceu e morou durante toda a infância na Alameda Santos, 8, no bairro Paraíso, em São Paulo.
Zélia participava, com a família, do movimento político-operário anarquista que tinha lugar entre os imigrantes italianos, espanhóis, portugueses, no início do século XX. Aos vinte anos, casou-se com Aldo Veiga. Deste casamento, que durou oito anos, teve um filho, Luís Carlos, nascido na cidade de São Paulo, em [1942].
A vida com Jorge Amado:
Leitora entusiasta de Jorge Amado, Zélia Gattai o conheceu em 1945, quando trabalharam juntos no movimento pela anistia dos presos políticos. A união do casal deu-se poucos meses depois. A partir de então, Zélia Gattai trabalhou ao lado do marido, passando a limpo, à máquina, seus originais e o auxiliando no processo de revisão.
Em 1946, com a eleição de Jorge Amado para a Câmara Federal, o casal mudou-se para o Rio de Janeiro, onde nasceu o filho João Jorge, em 1947. Um ano depois, com o Partido Comunista declarado ilegal, Jorge Amado perdeu o mandato, e a família teve que se exilar.
Viveram em Paris por três anos, período em que Zélia Gattai fez os cursos de civilização francesa, fonética e língua francesa na Sorbonne. De 1950 a 1952, a família viveu na Checoslováquia, onde nasceu a filha Paloma. Foi neste tempo de exílio que Zélia Gattai começou a fazerfotografias, tornando-se responsável pelo registro, em imagens, de cada um dos momentos importantes da vida do escritor baiano.
Em 1963, mudou-se com a família para a casa do Rio Vermelho, em Salvador, na Bahia, onde tinha um laboratório e se dedicava à fotografia, tendo lançado a fotobiografia de Jorge Amado intitulada Reportagem incompleta.
A escritora:
Aos 63 anos de idade, começou a escrever suas memórias. O livro de estreia, Anarquistas, graças a Deus, ao completar vinte anos da primeira edição, já contava mais de duzentos mil exemplares vendidos no Brasil. Sua obra é composta de nove livros de memórias, três livros infantis, uma fotobiografia e um romance. Alguns de seus livros foram traduzidos para o francês, o italiano, o espanhol, o alemão e o russo.
Anarquistas, graças a Deus foi adaptado para minissérie pela Rede Globo e Um chapéu para viagem foi adaptado para o cinema.
Prêmios e homenagens:
Baiana por merecimento, Zélia Gattai recebeu em 1984 o título de Cidadã da Cidade do Salvador.
Na França, recebeu o título de Cidadã de Honra da comuna de Mirabeau (1985) e a Comenda des Arts et des Lettres, do governo francês (1998). Recebeu ainda, no grau de comendadora, as ordens do Mérito da Bahia (1994) e do Infante Dom Henrique (Portugal, 1986).
A prefeitura de Taperoá, no estado da Bahia, homenageou Zélia Gattai dando o nome da escritora à sua Fundação de Cultura e Turismo, em 2001.
Em 2001, foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, para a cadeira 23, anteriormente ocupada por Jorge Amado, que teve Machado de Assis como primeiro ocupante e José de Alencar como patrono. No mesmo ano, foi eleita para a Academia de Letras da Bahia e para a Academia Ilheense de Letras. Em 2002, tomou posse nas três. É mãe de Luís Carlos, Paloma e João Jorge. É amiga de personalidades e gente simples. No lançamento do livro 'Jorge Amado: um baiano romântico e sensual, em 2002, em uma livraria de Salvador, estavam pessoas como Antonio Carlos Magalhães, Sossó, Calasans Neto, Auta Rosa, Bruna Lima, Antonio Imbassahy e James Amado, entre outros.
Ao lançar seu primeiro livro, Anarquistas graças a Deus, Zélia Gattai recebeu o Prêmio Paulista de Revelação Literária de 1979. No ano seguinte, recebeu o Prêmio da Associação de Imprensa, o Prêmio McKeen e o Troféu Dante Alighieri. A Secretaria de Educação do Estado da Bahia concedeu-lhe a Medalha Castro Alves, em 1987. Em 1988, recebeu o Troféu Avon, como destaque da área cultural e o Prêmio Destaque do Ano de 1988, pelo livro Jardim de inverno. O livro de memórias Chão de meninos recebeu o Prêmio Alejandro José Cabassa, daUnião Brasileira de Escritores, em 1994.
Obras: Anarquistas Graças a Deus, 1979 (memórias),Um Chapéu Para Viagem, 1982 (memórias), Pássaros Noturnos do Abaeté, 1983, Senhora Dona do Baile, 1984 (memórias),Reportagem Incompleta, 1987 (memórias),Jardim de Inverno, 1988 (memórias), Pipistrelo das Mil Cores, 1989 (literatura infantil), O Segredo da Rua 18, 1991 (literatura infantil), Chão de Meninos, 1992 (memórias), Crônica de Uma Namorada, 1995 (romance), A Casa do Rio Vermelho, 1999 (memórias), Cittá di Roma, 2000 (memórias),Jonas e a Sereia, 2000 (literatura infantil), Códigos de Família, 2001, Um Baiano Romântico e Sensual, 2002, Memorial do amor, 2004. Vacina de sapo e outras lembranças, 2006.

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1) LIA  LUFT - Nascida em 1938, em Santa Cruz (RS), professora e Literatura Brasileira e Linguística, poetisa, novelista, tradutora, romancista e cronista. Em alguns de seus
Livros, há uma visão poética e mágica da morte, o que a autora atribui ao ato de ter curiosidade sobre ela. Por isso, esse tema tão difícil de tratar, pensar ou discutir, tem sido uma constante em seus romances, mas não sabe se continuará a abordá-lo, por achá-lo muito envolvente, consumindo muito o autor.
As personagens centrais de Lia têm sido as mulheres. Em algumas há uma forte inclinação homossexual, uma ambigüidade mal resolvida. A autora achaque é uma decorrência do mundo atual, muito confuso que nos impede de ver as coisas mais claramente. E isso acontece também com suas personagens. No entanto, no romance O QUARTO FECHADO as personagens masculinas já são mais presentes  e, segundo Lia, ela pretende ampliar essa presença do homem em suas obras, embora ache que, como mulher, é mais fácil escrever sobre as mulheres, uma vez que escrever sobre os homens requer imaginação, observação, técnica.
O tema predileto de suas obras é a condição feminina, numa narrativa intimista, dando a seus personagens uma voz que lhes vinha sendo negada até há pouco tempo. Por isso, seus textos se organizam em torno da consciência das suas heroínas e a visão de mundo neles apresentada é sob uma ótica feminina, diferente, portanto, da masculina.
Entretanto, é no nível narrativo que o romance de Lia revela a aperfeiçoa a tradição da literatura intimista brasileira. Seu ritmo é medido, controlado. Suas frases são breves, tensas. Os romances escritos na década de 80, inserem-se na
Categoria de busca do sentido das relações humanas deterioradas numa sociedade desigual, em que só vale a lei do mais forte. Essa investigação, ela a faz no âmbito da família, um microcosmo onde vigoram as leis opressoras da sociedade.
Obras: As Parceiras, A Asa Esquerda do Anjo, Reunião em Família, O Quaro Fechado, Canções de Limiar, Flauta Doce, Matéria do Cotidiano, Três Espelhos do Absurdo, O Exílio, A Sentinela, O Rio do Meio, Secreta Mirada, O Ponto Cego.

2.LUIZ ANTÔNIO  DE ASSIS BRASIL - (Porto Alegre, 1945) é um escritor e professor universitário brasileiro. Nascido em Porto Alegre, em 1945, Luiz Antônio de Assis Brasil passa parte da infância em Estrela, com a família, que de lá retorna à capital em 1957. Cinco anos mais tarde começa a estudar violoncelo.
Em 1963 termina o Curso Clássico no colégio Anchieta, em Porto Alegre, dos padres jesuítas. Em 1964, ano do golpe militar, ocorre sua entrada no exército, para o serviço militar obrigatório. Um ano mais tarde Luiz Antonio ingressa no curso de Direito da PUCRS e também passa a fazer parte da OSPA - Orquestra Sinfônica de Porto Alegre – como violoncelista, lá permanecendo por 15 anos. Forma-se em Direito em 1970. Advoga por dois anos. Em 1975 ingressa como Professor na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, função na qual atua até hoje; no mesmo ano inicia a colaborar na imprensa com artigos históricos e literários.
Estréia em 1976 com o romance Um quarto de légua em quadro, lançando-o na 32ª Feira do Livro de Porto Alegre, e que lhe dá o Prêmio Ilha de Laytano. Em 1976 inicia sua trajetória de administrador cultural, primeiramente na Prefeitura de Porto Alegre [Chefe da Secção de Atividades Artísticas] e depois no Estado do Rio Grande do Sul [Diretor do Instituto Estadual do Livro – 1983).No inverno 1984/1985 vai à Alemanha, como bolsista do Goethe-Institut [Rothenburg-ob-der-Tauber, na Francônia]. Em 1985 lança aquele que, segundo o autor, é seu livro com maior carga emocional, As virtudes da casa.
Em 1985 começa a ministrar a Oficina de Criação Literária do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS, em atividade até hoje, e que recebeu o Prêmio Fato Literário, da RBS/Banrisul em 2005, ao completar 20 anos de atividades ininterruptas.
Em 1988 Assis Brasil recebe da Câmara Municipal de Porto Alegre o Prêmio Érico Veríssimo pelo conjunto de sua obraEm 1998 é palestrante convidado na Brown University, em Providence, USA e em 2000 participa do programa Distinguished Brazilian Writer in Residence, na Berkeley University, Califórnia.
Em 2001 publica O pintor de retratos, que recebe o Prêmio Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional.
Em 2006, Assis Brasil participa, com conferências na Alemanha [Tübingen, Leipzig, Berlim] de programa oficial do Ministério da Cultura do Brasil.
Em 2010 segue com sua coluna quinzenal no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, e profere conferências nas Universidades de Paris-Sorbonne e na Universidade de Toronto.
Carreira
Em 1976, Assis Brasil estreia como escritor publicando o romance Um Quarto de Légua em Quadro, lançado na 32.° Feira do Livro de Porto Alegre. Recebeu por seu primeiro livro o prêmio Ilha de Laytano. Foi também em 1976 que Assis Brasil também iniciou sua trajetória como administrador cultural: como chefe da secção de Atividades Artísticas da prefeitura de Porto Alegre; como diretor do Centro Municipal de Cultura de Porto Alegre em 1981; e como diretor do Instituto Estadual do Livro em 1983.
Entre 1978 e 1982, Assis Brasil publicou três livros: A Prole do Corvo, Bacia das Almas e Manhã Transfigurada.
Em 1984, recebeu uma bolsa de estudos do Instituto Goethe (Goethe-Institut) para estudar em Rothenburg ob der Tauber, na Alemanha. No ano seguinte, lançou seu livro As Virtudes da Casa e passa a ministrar a Oficina de Criação Literária do programa de pós-Graduação da Faculdade de Letras da PUCRS. A oficina já revelou nomes como Letícia Wierzchowski, Cíntia Moscovich, Daniel Pellizzari, Monique Revillion e Daniel Galera, tendo recebido o Prêmio Fato Literário, da RBS e do Banrisul.
No dia 3 de janeiro de 2011, Assis Brasil assumiu a Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) do Rio Grande do Sul, após ter sido convidado pelo governador Tarso Genro. De acordo com seu discurso de posse, ele pretende realizar "encontros setoriais de cultura" , para retomar o diálogo com a comunidade de artistas e gestores, bem como fortalecer os laços da Secretaria com o Conselho Estadual de Cultura, órgão responsável pela aprovação de projetos beneficiados pela Lei de Incentivo à Cultura.[1]
Obras: Um quarto de légua em quadro (imigração açoriana), A prole do corvo (Revolução Farroupilha), Bacia das almas (coronelismo), Manhã transfigurada, As virtudes da casa, O homem amoroso, Cães da província, Videiras de cristal ( a problema dos Mückers), a trilogia: Perversas famílias,Pedra da memória, Os senhores do século; Concerto campestre, Anais da Província-Boi, Breviário das terras do Brasil, O pintor de retratos,  A margem imóvel do rio,  Música perdida, Ensaios Íntimos e Imperfeitos.  As obras sublinhadas são as mais relevantes.
Prêmios: Prêmio Literário Nacional, do Instituto Nacional do Livro (1987), por Cães da Província; Prêmio Erico Verissmo (1987) pelo conjunto de sua obra; Prêmio Literário Machado de Assis, da Biblioteca Nacional (2001), por O pintor de retratos; Prêmio Jabuti (2003), por A margem imóvel do rio. Menção; Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira (2004), por A margem imóvel do rio. O único romance entre os três vencedores.
Adaptações para o cinema:  Vários de seus livros foram levados ao cinema: Concerto campestre, com o mesmo título; Videiras de cristal, com o título de A paixão de Jacobina; Um quarto de légua em quadro, com o título de Diário de um novo mundo; Manhã Transfigurada, com o mesmo título.

3-ADÉLIA  PRADO-  Adélia Luzia Prado Freitas -(Divinópolis, 13 de dezembro de 1935) é uma escritora brasileira. Os textos retratam o cotidiano com perplexidade e encanto, norteados pela fé cristã e permeados pelo aspecto lúdico, uma das características o estilo único.
Segundo Carlos Drummond de Andrade, "Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo: esta é a lei, não dos homens, mas de Deus. Adélia é fogo, fogo de Deus em Divinópolis". A escritora também é referência constante na obra de Rubem Alves.
Professora por formação, exerceu o magistério durante 24 anos, até que a carreira de escritora tornou-se a atividade central.
Em termos de literatura brasileira, o surgimento da escritora representou a revalorização do feminino nas letras e da mulher como ser pensante, tendo-se em conta que Adélia incorpora os papéis de intelectual e de mãe, esposa e dona-de-casa; por isso sendo considerada como a que encontrou um equilíbrio entre o feminino e o feminismo, movimento cujos conflitos não aparecem nos textos.
Muito se discute nas academias de Letras se, de fato, Adélia representa ou não a classe feminina. Em algum dos textos, como é o caso do poema Epifania, que abre a série do primeiro livro Bagagem, publicado em 1976, está presente uma forte crítica ao papel da mulher na sociedade, não do ponto de vista que o termo crítica pode evocar; mas num sentido mais amplo, que é justamente o que faz das linhas adelianas um misto entre rebeldia e doçura feminina-maternal. Porém, acima da crítica literária a obra está estabelecida, pois não reclama para si nenhum tipo de subterfúgio ou bandeira. Adélia é, e pronto. Independente das controvérsias, o que está evidente em a arte é um profundo sentimento humano advindo de uma moral tradicionalmente mineira cujas bases estão solidificadas na fé católica. E por isso mesmo nota-se também a presença dos sentimentos de uma mulher que lembra o conflito tipicamente barroco: a dicotomia entre os apelos do corpo e os de elevação espiritual.
A literatura brasileira, além de ser fortemente marcada pela presença de Adélia Prado, também foi marcada por um período de silêncio poético no qual a escritora "emudeceu sua pena". Depois de O Homem da Mão Seca, de 1994, Adélia ficou cinco anos sem publicar um novo título, fase posteriormente explicada por ela mesma como "um período de desolação. São estados psíquicos que acontecem, trazendo o bloqueio, a aridez, o deserto". Oráculos de Maio, uma coletânea de poemas, e Manuscritos de Felipa, uma prosa curta, marcaram o retorno, ou a quebra do silêncio. Rubem Alves refere-se a esses silêncios em A Festa de Babbete.
Obras:
Poesia: Bagagem, Imago – 1975, O Coração Disparado, Nova Fronteira – 1978, Terra de Santa Cruz, Nova Fronteira – 1981,O Pelicano, Rio de Janeiro – 1987, A Faca no Peito, Rocco – 1988, Oráculos de Maio, Siciliano – 1999, Louvação para uma Cor, A duração do dia, Record – 2010.
Prosa:  Solte os Cachorros, contos– 1979, Cacos para um Vitral – 1980,Os Componentes da Banda, 1984. O Homem da Mão Seca – 1994, Manuscritos de Filipa, romance.
Antologias: Mulheres & Mulheres – 1978, Palavra de Mulher – 1979, Contos Mineiros – 1984, Poesia Reunida - 1991 (Bagagem, O Coração Disparado, Terra de Santa Cruz, O Pelicano e A Faca no Peito), Antologia da Poesia Brasileira - 1994. Prosa Reunida – 1999.

4.ANA MARIA MACHADO - Ana Maria Machado (Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 1941) é uma jornalista, professora, pintora e escritora brasileira.
Formada em Letras pela Universidade do Brasil, Ana Maria Machado lecionou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Como jornalista, trabalhou por mais de dez anos na Rádio Jornal do Brasil. Foi uma das fundadoras, em 1980, da primeira livraria infantil no Brasil, a Malasartes (no Rio de Janeiro), que existe até hoje. Nessa década ela publicou mais de quarenta livros, e em 1981 recebeu oPrêmio Casa de Las Américas com o livro De Olho nas penas.
O reconhecimento mundial das obras de Ana Maria Machado aconteceu em 2000, quando recebeu o Prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante prêmio de literatura infantil.[2] No mesmo ano foi agraciada com a Ordem do Mérito Cultural. Foi ganhadora do Prêmio Jabuti de Literatura em 1978.
Em 19 de julho de 2011 em entrevista no Programa do Jô declarou que já vendeu, em todas traduções, algo em torno de 19 milhões de exemplares de suas publicações. [3]
Atua intensivamente na promoção da leitura e fomento do livro.
Livros publicados:
Literatura infanto-juvenil: Uma Vontade Louca, Amigo É Comigo, Isso Ninguém Me Tira, Bento que Bento é o Frade, Bisa Bia, Bisa Bel (Novela), De olho nas penas, Raul da ferrugem azul, Do outro mundo, O canto da praça, Bem do seu tamanho, Tudo ao mesmo tempo agora, O Que É?, dandinha danda,Abrindo Caminho, Alguns Medos e Seus Segredos, Era Uma Vez Três, O Gato do Mato e o Cachorro do Morro; A Jararaca, a Perereca e a Tiririca; Menina Bonita do Laço de Fita, O mistério da ilha, Amigos Secretos, De carta em carta, Quem manda na minha boca sou eu!!,  O domador de monstros.
Literatura adulta: Alice e Ulisses, (romance), Aos Quatro Ventos, (romance), A Audácia dessa Mulher, (romance), Canteiros de Saturno, (romance), Como e Por Que Ler os Clássicos Universais desde Cedo, (livro teórico), Contra Corrente, (coletânea de artigos), Democracia, (coletânea de artigos), Esta Força Estranha, (biografia), O Mar Nunca Transborda, (romance), Para Sempre, (romance), Recado do Nome, (tese de doutorado), Texturas - sobre Leituras e Escritos, (coletanea de artigos), Tropical Sol da Liberdade, (romance).
Academia Brasileira de Letras; É a sexta ocupante da cadeira 1 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é o poeta Adelino Fontoura. Foi eleita em 24 de abril de2003, na sucessão de Evandro Lins e Silva, e recebida em 29 de agosto de 2003 pelo acadêmico Tarcísio Padilha.

5.AUTRAN  DOURADO -  Waldomiro Freitas Autran Dourado (Patos de Minas, 1926) é um premiado escritor brasileiro, que assina suas obras simplesmente como Autran Dourado. Filho de um juiz, passou sua infância em Monte Santo de Minas e São Sebastião do Paraíso, no estado natal, Minas Gerais. Aos 17 anos foi para Belo Horizonte, onde cursou Direito, enquanto trabalhava como taquígrafo e jornalista. Formou-se em 1949. Sua segunda obra publicada, Sombra e exílio, de 1950, ganhou o Prêmio Mário Settedo Jornal de Letras. Mudou-se em 1954 para o Rio de Janeiro, onde vive até hoje. Foi secretário de imprensa da República de 1958 a 1961, no governo de Juscelino Kubitschek. Sua primeira obra a ser traduzida para outros idiomas foi A Barca dos Homens, que havia sido considerado o melhor livro do ano de 1961 pela União Brasileira de Escritores. 
Diversas narrativas se passam na cidade imaginária de Duas Pontes, a maioria narradas pelo personagem João da Fonseca Ribeiro, formando um conjunto em que as gerações da família Honório Cota se sucedem, transitando entre os séculos do apogeu da mineração ouro até os dias de hoje. Outras estão ambientadas em cidades reais da Minas Gerais atual e de outras épocas; uma exceção é A barca dos homens, ambientada numa ilha do sul do Brasil. Uma espécie de Comédia Humana que mostra a decadência das classes abastadas desde o século XVII.
Também publicou ensaios sobre teoria literária, onde expõe seu processo pessoal de produção, traço praticamente único entre os grandes escritores. Autran Dourado também já deixou um livro de memórias, Gaiola aberta, onde aborda seu trabalho no governo de JK.
Já ganhou vários prêmios literários, entre eles o Prémio Camões, em 2000. Seu romance mais célebre é Ópera dos Mortos, incluída na seleção de obras representativas da literatura universal, feita pela Unesco. Sua obra predileta é a novela Uma vida em segredo, adaptada posteriormente para o cinema. Outras obras importantes são A barca dos homens, O risco do bordado, Os sinos da agonia e As Imaginações pecaminosas. 
Estilo e influências:
Em entrevista, o autor certa vez declarou:
Meus personagens se parecem muito comigo. Eu os conheço muito bem e sofro a angústia que eles sofrem. Não tenho nenhum prazer em escrever. Depois de pronta a obra, aí me dá uma certa satisfação, mas a mesma que dá quando se descarrega dos ombros um fardo pesado. [...] (Escrever é) também uma fatalidade. Você é destinado à literatura, e não a literatura a você. 
Segundo Autran Dourado, em Breve manual de estilo e romance, o escritor deve trabalhar como um artesão, buscar a simplicidade de forma que a leitura seja fácil e fluida, sem preocupar-se com a crítica ou com a vendagem de seus livros, além de ler, pelo menos uma vez ao ano, algum dos clássicos de Machado de Assis; antes de escrever alguma coisa, a leitura de um poema:
Ser simples é mais difícil das tarefas [...] Não pense em venda, vender livros é função de editores e livreiros, não sua [...] Todos os dias, antes de começar a escrever, lia um poema de qualquer grande poeta da minha língua. Em geral Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, Murilo Mendes e João Cabral de Melo Neto que são os meus poetas preferidos.
Em O meu mestre imaginário e em Um artista aprendiz, destacam-se os ensinamentos de Flaubert: a flexibilidade da regra gramatical, a importância de estruturar-se o romance antes de começá-lo, e a necessidade de presença do autor, invisível como Deus, na sua obra.
Obras
Romances:  Tempo de Amar (1952) - Prêmio Cidade de Belo Horizonte, A Barca dos Homens (1961) - Prêmio Fernando Chinaglia, Uma Vida em Segredo (1964), Ópera dos Mortos (1967) - listado na Coleção de Obras Representativas da UNESCO, O risco do bordado (1970) - Prêmio Pen-Club do Brasil, Os sinos da agonia (1974) - Prêmio Paula Britto Novelário de Donga Novaes (1976), Armas & corações (1978), As imaginações pecaminosas (1981) - Prêmio Goethe de Literatura e Prêmio Jabuti categoria Contos/crônicas/novela, A Serviço Del-Rei (1984), Lucas Procópio (1985), Um cavalheiro de antigamente (1992), Ópera dos Fantoches (1994), Confissões de Narciso (1997), Monte da alegria (2003).
Ensaios:  A glória do oficio. Nove histórias em grupo de três (1957),Uma poética de romance (1973), Uma poética de romance: matéria de carpintaria (1976), O meu mestre imaginário (1982), Um artista aprendiz (2000),Breve manual de estilo e romance (2003).
Memórias: Gaiola aberta (2000).
Histórias curtas: Teia (1947),Sombra e exílio (1950) - Prêmio Mário Sette, Três histórias na praia (1955), Nove histórias em grupos de três (1957) - Prêmio Artur Azevedo, Solidão solitude (1978, reedição das novelas de Três histórias na praia e Nove histórias em grupos de três), Novelas de aprendizado (1980, reedição das novelas Teia e Sombra e exílio), Violetas e caracóis (1987), Melhores contos (2001), O senhor das horas (2006).
Principais prêmios literários: Prêmio Goethe de Literatura – 1981,Prêmio Jabuti - 1982 (categoria Contos/crônicas/novelas), Prémio Camões – 2000, Prêmio Machado de Assis - 2008.
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