I - ESTRUTURAÇÃO GLOBAL DO TEXTO
1) O CONCEITO DE TEXTO
Todo texto é construção. Isso significa que texto não é um amontoado de frases, mas um conjunto organizado, no qual seja possível identificar partes e estabelecer relações entre as partes e entre os elementos que as compõem. O texto também dialoga com as ideias da sociedade e da época em que foi produzido. Perceber esse diálogo faz parte da busca do tema ou assunto que sustenta qualquer texto.
Todo texto revela urna intenção. Quanto mais clara for a intenção para quem escreve, melhor poderão ser trabalhados os recursos pertinentes a cada estrutura. E por fim há a figura do leitor que, para se comunicar com o autor, tem apenas o texto. O texto deve, portanto, conter todas as informações necessárias - e somente as necessárias - para comunicar ao leitor aquilo que pretende.
1) O CONCEITO DE TEXTO
Todo texto é construção. Isso significa que texto não é um amontoado de frases, mas um conjunto organizado, no qual seja possível identificar partes e estabelecer relações entre as partes e entre os elementos que as compõem. O texto também dialoga com as ideias da sociedade e da época em que foi produzido. Perceber esse diálogo faz parte da busca do tema ou assunto que sustenta qualquer texto.
Todo texto revela urna intenção. Quanto mais clara for a intenção para quem escreve, melhor poderão ser trabalhados os recursos pertinentes a cada estrutura. E por fim há a figura do leitor que, para se comunicar com o autor, tem apenas o texto. O texto deve, portanto, conter todas as informações necessárias - e somente as necessárias - para comunicar ao leitor aquilo que pretende.
2) TIPOLOGIA TEXTUAL
Tudo o que se escreve recebe o nome genérico de redação ou composição textual.
Basicamente, existem três tipos de redação: narração (base em fatos), descrição
(base em caracterização) e dissertação (base em argumentação). Cada um desses
tipos redacionais mantém suas peculiaridades e
características.
A) Tipologia
de acordo com a estrutura
.
Narrativos
Modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou
não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens.
Estamos cercados de narrações desde que nos contam histórias infantis como
Chapeuzinho Vermelho ou Bela Adormecida, até as picantes piadas do cotidiano.
Exemplo:
Numa tarde de primavera, a moça caminhava a passos largos em direção ao
convento. Lá estariam a sua espera o irmão e a tia Dalva, a quem muito
estimava. O problema era seu atraso e o medo de não mais ser esperada...
.
Descritivos
Tipo de texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um
animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o
adjetivo, por sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se
até descrever sensações ou sentimentos.
Exemplo:
Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos olhos azuis e contentes.
Aquele sorriso aberto recepcionava com simpatia a qualquer saudação, ainda que
as bochechas corassem ao menor elogio. Assim era aquele rostinho de menina-moça
da adorável Dorinha.
Observação:
Normalmente,
narração e descrição mesclam-se nos textos; sendo difícil, muitas vezes,
encontrar textos exclusivamente descritivos.
.
Dissertativos
Estilo de texto com posicionamentos pessoais e exposição de ideias. Tem por
base a argumentação, apresentada de forma lógica e coerente a fim de defender
um ponto de vista. É a modalidade mais exigida nos concursos em geral, por
promover uma espécie de “raio-X” do candidato no tocante a suas opiniões. Nesse
sentido, exige dos candidatos mais cuidado em relação às colocações, pois
também revela um pouco de seu temperamento, numa espécie de psicotécnico.
Exemplo:
Tem havido muitos debates em torno da ineficiência do sistema educacional do
Brasil. Ainda não se definiu, entretanto, uma ação nacional de reestrutura do
processo educativo, desde a base ao ensino superior.
O texto dissertativo é dirigido a um interlocutor genérico, universal; a carta
argumentativa pressupõe um interlocutor específico para quem a argumentação
deverá estar orientada.
3)
TIPOS DE DISCURSO
Assim como as pessoas, os personagens de uma narração podem se expressar
através da fala. Damos o nome de discurso à fala dos personagens em uma
narração.
Há três
tipos de discurso: o discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto
livre.
1.Discurso
Direto
Observe esse trecho do texto de Stanislaw Ponte Preta:
“Em lá chegando, pediu audiência a Satanás e perguntou:
— Qual é o lance aqui?”
O narrador, após introduzir o personagem, deixa que ele se expresse por suas
próprias palavras. Observe, no exemplo, que a fala “Qual é o lance aqui?” foi
dita pelo próprio personagem-falecido e reproduz (ou tenta reproduzir)
fielmente aquilo que ele teria dito a Satanás naquele instante. Temos ai um
exemplo de discurso direto.
No discurso direto, a fala do personagem é normalmente acompanhada por um verbo
de elocução (verbo que introduz a fala do personagem: dizer, falar, responder,
perguntar, afirmar, etc.) entre o qual e a fala do personagem não há conectivo,
mas uma pausa marcada, na escrita, por sinal de pontuação (em geral dois-pontos
e travessão).
2.Discurso
Indireto
Observe, agora, esse outro trecho de Stanislaw Ponte Preta
“Ele
agradeceu muito e disse a Satanás que ia dar uma voltinha para escolher
o seu departamento.”
Nesse caso, o personagem da história não fala com suas próprias palavras O narrador
é quem reproduz com suas próprias palavras aquilo que o personagem teria dito.
Temos aí um exemplo de discurso indireto.
No discurso indireto, há também a presença de verbo de elocução (que será
núcleo do predicado da oração principal) seguido de oração subordinada
introduzida por conectivo.
3.Discurso
Indireto Livre
O discurso indireto livre é um tipo de discurso misto, em que se associam as
características do discurso direto e do discurso indireto. Nele a fala do
personagem se insere sutilmente no discurso do narrador, permitindo-lhe revelar
aspectos psicológicos do personagem, já que esse tipo de discurso pode revelar
o fluxo do pensamento do personagem através de uma fala marcada por hesitações.
No discurso indireto livre, a fala do personagem não é marcada por verbo de
elocução ou por sinais de pontuação.
“O
padeiro saiu a informar que não havia pão.Por quê? Onde estava o pão?”
B) Tipologia
de acordo com a intencionalidade
a)
Gêneros Textuais
Muito se tem falado sobre a diferença entre "tipos textuais" e
"gêneros textuais". Alguns teóricos denominam dissertação,
narração e descrição como "modos de organização
textual", diferenciando-os das nomenclaturas específicas que são
consideradas "gêneros textuais".
A fim de simplificar o entendimento de diversos estudos em torno desse assunto, foi criado o quadro abaixo, pautando-se no estudo de Luiz Antônio Marcushi.
A fim de simplificar o entendimento de diversos estudos em torno desse assunto, foi criado o quadro abaixo, pautando-se no estudo de Luiz Antônio Marcushi.
* INFORMATIVOS - Modalidade
textual usada para fins didáticos, isto é,
para ensinar. É muito comum nos
livros didáticos; Português, História, Geografia,
Ciências, etc. A sua ênfase está
no conteúdo que se quer transmitir. Também
é usado em jornais, revistas, TV,
e outros meios de comunicação que
fornecem notícias, comunicados, etc.
*
PERSUASIVOS -
Modalidade de texto em que se procura
convencer alguém de alguma coisa, isto
é, que o leitor se deixe influenciar
pela sua leitura. Muito usado nos
comerciais ( propagandas) veiculados em jornais,
revistas, TV, rádio, outdoors, cartazes,
etc.
*
LÚDICOS - Modalidade
textual destinada à distração, ao entretenimento.
São geralmente textos literários, como
crônicas, contos, novelas, romances. Também
as piadas, charges, tirinhas, e outros
do gênero, são considerados lúdicos, pois
pretendem divertir o leitor.
b)
Gêneros Discursivos
* Crônica: Por vezes é confundida com o
conto. A diferença básica entre os dois é que a crônica narra fatos do dia a
dia, relata o cotidiano das pessoas, situações que presenciamos e já até
prevemos o desenrolar dos fatos. A crônica também se utiliza da ironia e às
vezes até do sarcasmo. Não necessariamente precisa se passar em um intervalo de
tempo, quando o tempo é utilizado, é um tempo curto, de minutos ou horas
normalmente.
*Carta: Pode ser
formal ou informal. Como exemplo de
carta formal temos as cartas
comerciais. As que escrevemos para
familiares, amigos, conhecidos, são cartas informais.
*
Notícia: A noticia
é o mais simples e banal dos textos jornalísticos. É definida, tanto por
autores como por jornalistas, através de critérios de seleção dos
acontecimentos. Mário Erbolato afirma que a notícia deve ser recente, objetiva
e ter interesse público. Já Nilson Lage afirma: “poderemos definir notícia como
o relato de uma série de fatos a partir do fato mais importante, e este de seu
aspecto mais importante”. O Manual de Redação da Folha de São Paulo aponta
que a notícia é a “informação que se reveste de interesse jornalístico,
puro registro dos fatos, sem comentário nem interpretação.”
*
Reportagem: A
reportagem busca mais: partindo da própria noticia, desenvolve uma sequência
investigativa que não cabe na noticia”.
*
Editorial: Expressa a opinião do editor sobre assunto
em destaque no momento, através de argumentos
e análise dos fatos.
*
Charge: Satiriza
um fato específico. Os personagens
muitas vezes são personalidades públicas ( políticos,
governantes...). Pode usar linguagem
verbal, não-verbal ou as duas juntas.
São publicadas em jornais e
revistas.
*
Tira: Tem
como característica o fato de ser uma
piada com 2, 3 ou 4 quadrinhos,
e geralmente ter um personagem
fixo, em torno do qual agem outros. O
tema sempre é sobre algum aspecto a
condição humana.
*
Receita: É
um tipo e texto que tem forte
apelo popular, pois é comum as
pessoas passarem receitas uma para as
outras. Quem não gosta de uma
receita de comida, por exemplo?
5) Exemplos de questões sobre tipos de
textos
Greenpeace
inicia expedição de alerta ao aquecimento
O Greenpeace iniciou, ontem, em Manaus, a expedição “Salvar o planeta. É
agora ou agora” para alertar a população sobre problemas causados pelo
aquecimento global. A expedição, que vai durar até março, levará o barco da
organização Artic Sunrise ainda a Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de
Janeiro e Santos.
Nos fins de semana, o navio estará aberto à visitação, com entrada gratuita.
Durante as visitas, membros da organização vão fazer palestras aos visitantes
sobre os problemas causados pelas mudanças climáticas. -
Segundo
material de divulgação da expedição, a organização destaca que “é preciso um
esforço global que compartilhe responsabilidades entre cidadãos, governos,
iniciativa privada e sociedade civil organizada”.
Para a organização, o Brasil exerce posição importante no combate as mudanças
climáticas, já que figura entre as dez maiores economias do mundo e é o
quarto maior poluidor do mundo. Os desmatamentos e o mau uso do solo,
principalmente na Amazônia, são responsáveis por 75% das emissões brasileiras
de gases do efeito estufa. A destruição da floresta amazônica libera todos os
anos mais de 800 milhões de toneladas de gás
carbônico.
(Tribuna Impressa, 08/0 1/2009)
|
1.
Observe as afirmações abaixo:
I. O
texto é uma notícia e, assim como a entrevista, a reportagem e o editorial, é
um gênero jornalístico.
II — O
objetivo do gênero textual notícia é relatar acontecimentos recentes, fatos
novos de interesse do público
em geral.
III —
Entre os gêneros jornalísticos, há os que priorizam a informação e os que
priorizam o comentário. O texto I prioriza comentário.
Das proposições acima, estão em conformidade com o texto:
a) apenas
I e III. b)
apenas I e II. c) apenas II e
III. d) I, II e III.
2.
Considere as afirmações do Texto 1 para marcar (V) para Verdadeiro e (F) para
Falso:
(
) Apresenta somente discurso indireto, em que o autor expõe, com suas palavras,
o que outros dizem.
(
) Predominam verbos no pretérito perfeito e presente do indicativo, na 3ª
pessoa.
(
) A sequência tipológica predominante é narrativa.
A sequência correta é:
a)V-V-V. b)V-F--V.
c)F-V-V.
d) F - F - V.
3. Observe a linguagem empregada
no Texto 1 e marque a afirmação correta:
a) A linguagem é impessoal, clara, objetiva, direta, acessível a qualquer
leitor.
b) A linguagem é pessoal, indireta, emprega palavras de uso não corrente na
língua.
c) A variedade linguística é coloquial e faz uso de gírias.
d) A linguagem é impessoal, subjetiva, indireta, mas de compreensão por
qualquer leitor.
4.
Observe as afirmações abaixo sobre o texto acima::
I -- O texto faz uma crítica aos resultados da Conferência de Copenhague.
II — O gênero discursivo do texto é “charge”.
III — Há uma relação entre “chocolate” e Copenhague, bem como entre “pizza” e
Brasil.
IV — Infere-se que não vai haver mudança, conforme o ditado popular “tudo
acabou em pizza”, implícito no texto.
Das proposições acima, estão em conformidade com o texto:
a) apenas I, II e
III.
b) apenas II, III e IV. e) apenas II
e III. d) I,
II, III e IV.
Gabarito: 1)b, 2)d, 3)a, 4)d
II -
COMPREENSÃO GLOBAL DO TEXTO
1) Ideias Principais e Secundárias
O processo de compreensão de texto consiste, basicamente, na identificação de
ideias de um texto, para isso é necessário, portanto, buscar:
a) a ideia principal, isto é, a ideia básica;
b) as ideias secundárias, tudo o que o autor escreve para comprovar, analisar a
ideia principal;
c) o reconhecimento de palavras ou expressões que possam dar validade ao
entendimento das ideias expressas no texto.
Assim, na interpretação de texto o que interessa é o próprio texto, por isso,
tudo o que é necessário para justificar o nosso entendimento encontra-se nele
ou dele se depreende.
Para responder às questões de compreensão de textos, observe o seguinte:
. atenha-se
exclusivamente ao texto;
.
proceda através da eliminação de hipóteses;
. compare o
sentido das palavras, às vezes uma única palavra pode indicar a melhor
alternativa;
.
tente encontrar o tópico frasal, a ideia principal, ou seja, a frase que melhor
sintetize o texto..
2) Informações Literais e Inferências
Muitas vezes, os leitores reconhecem e compreendem as palavras de um texto, mas
se mostram incapazes de perceber .satisfatoriamente o seu sentido como um todo.
Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que o texto nem sempre fornece todas as
informações possíveis. Há elementos implícitos que
precisam ser recuperados pelo leitor para a produção do
sentido. A partir de elementos presentes no texto, estabelecemos relações com
as informações implícitas. Por isso, o leitor precisa estabelecer relações dos
mais diversos tipos entre os elementos do texto e o contexto, de forma a
interpretá-lo adequadamente. Algumas atividades são realizadas com esse
objetivo. Entre elas está a produção de pressuposições, inferências ou
subentendidos.
Pressuposição: é
o conteúdo que fica à margem da discussão, é o conteúdo implícito. Assim, a
frase “José parou de beber ” veicula a
pressuposição de que José bebia antes;“José
passou a estudar à noite” contém a pressuposição de que antes estudava
de dia, mas contém também a pressuposição de que ele não estudava antes,
dependendo da ênfase colocada em passar a ou em à
noite.
Vale lembrar que, nestes exemplos, a pressuposição é marcada linguisticamente
pela presença dos verbos parar de, passar a. Existem também
pressuposições que não apresentam marca linguística; estes tipos de
pressuposição denominam-se inferências ou subentendidos.
Inferências: são informações
normais que não precisam ser explicitadas no momento da produção do texto; são
também chamadas de subentendidos.
O exemplo seguinte ajuda a entender esta noção:
“Maria foi ao cinema, assistiu ao filme sobre dinossauros e voltou para casa.”
Lendo esta frase, o leitor recupera os conhecimentos
relativos ao ato de ir ao cinema: no cinema existem cadeiras, tela, bilheteria;
há uma pessoa que vende bilhetes, outra que os recolhe na entrada; a sala fica
escura durante a projeção, etc. Enfim, isto não precisa ser dito
explicitamente. Se assim não fosse, que extensão teriam nossos textos para
fornecer, sempre que necessário, todas estas informações?
Daí a importância das inferências na interação verbal. Se quiséssemos dizer que
Maria não conseguiu ver o filme até o final, isto teria que ser explicitado,
porque, normalmente, a pessoa vê o filme inteiro.
A retomada do texto através de inferências é feita com base
em conteúdos semânticos não manifestados, ao contrário do que se passa com os
processos de informação literais.
Exemplos de
questões:
A
palavra
Rubem Braga
Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito como não imaginar que, sem
querer, feri alguém? Às vezes sinto, numa pessoa que acabo de conhecer, uma
hostilidade surda, ou uma reticência de mágoas. Imprudente ofício é este, de
viver em voz alta.
Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse
por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de
cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa.
Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém.
Nunca saberei que palavra foi; deve ter sido alguma frase espontânea e
distraída que eu disse com naturalidade porque senti no momento – e depois
esqueci.
Tenho uma amiga que certa vez ganhou um canário, e o canário não cantava.
Deram-lhe receitas para fazer o canário cantar; que falasse com ele,
cantarolasse, batesse alguma coisa ao piano; que pusesse a gaiola perto
quando trabalhasse em sua máquina de costura;
que
arranjasse para lhe fazer companhia, algum tempo, outro canário cantador; até
mesmo que ligasse o rádio um pouco alto durante uma transmissão de jogo de
futebol... mas o canário não cantava.
Um dia a minha amiga estava sozinha em casa, distraída, e assobiou uma
pequena frase melódica de Beethoven – o canário começou a cantar alegremente.
Haveria alguma secreta ligação entre a alma do velho artista morto e o
pequeno pássaro de ouro?
Alguma coisa que eu disse distraído – talvez palavras de algum poeta antigo –
foi despertar melodias esquecidas dentro da alma de alguém. Foi como se a
gente soubesse que de repente, num reino muito distante, uma princesa muito
triste tivesse sorrido. E isso fizesse bem ao coração do povo; iluminasse um
pouco as suas pobres choupanas e as suas remotas esperanças.
|
1. Assinale
a alternativa correta que indica inferência em relação ao texto de
Rubem Braga.
(A)
Somente pessoas tristes é que despertam com melodias esquecidas dentro da alma
de alguém.
(B ) As
palavras têm, às vezes, o poder de nos irritar em qualquer etapa da vida.
(C ) As
nossas remotas esperanças precisam de um sorriso de princesa que vive num reino
muito distante.
(D ) À
semelhança da narrativa do autor, determinada palavra pode nos remeter ao
passado e trazer momentos de alegria na vida.
(E )
Pessoas que não sabem viver em voz alta são hostis e cheias de mágoas, por isso
uma frase espontânea não lhe faz bem algum.
De qualquer maneira, a COP15, como muitas das outras reuniões sobre o clima,
continuou tangenciando o problema. Se as mudança climáticas são basicamente
consequência de um modelo fundado na queima de combustíveis fósseis e no
consumismo, tais causas deveriam estar — e não estão — no primeiro plano dos
debates. Vê-se que a sociedade humana ainda não levou às ultimas
consequências a constatação de que é esse modelo de funcionamento que precisa
ser alterado. E de que essa tarefa global deve estar acima de conveniências
nacionais
|
1. Leia o
último parágrafo e assinale a alternativa que NÃO, apresenta um termo
indicativo de pressuposição:
a)
“outras”
b)
“continuou”
c) “ainda”
d) “funcionamento”
2. No
último parágrafo do texto, encontram-se vários termos que indicam o modo como o
autor se posiciona frente ao que diz. Assinale a única alternativa que NÃO
contém esse termo.
a)
basicamente.
b) deveriam c)
estão d) precisa
3.O
gênero discursivo em que se classifica o texto lido é:
a) artigo
de opinião b)
reportagem c)
notícia
d) editorial
Gabarito: 1) d, 2) a, 3)
d
3) Significado de
Palavras e Expressões
Vocabulário/Sentido
das Palavra
O ideal seria que as palavras de uma língua tivessem um significado único,
correspondessem a apenas uma ideia. Porém, isso não ocorre em nenhum idioma, e
o que determina o valor de cada uma delas é o contexto, o sentido que queremos
dar-lhes.
Esses variados sentidos situam-se em dois planos: denotação e conotação,
compreendendo dois aspectos: denotativo ou literal
e conotativo ou contextual.
. Sentido denotativo ou literal é o que pode ser tomado como
sentido “básico” de uma palavra ou expressão e que pode ser apreendido sem
ajuda do contexto. isto é, quando uma palavra é tomada no seu valor usual ou
denotativo, vaie dizer, praticamente naquele que lhe atribuem os dicionários.
asse sentido comum ou usual das palavras e enunciados costuma caracterizar os
textos informativos e objetivos.
. Sentido conotativo ou contextual: quando a palavra é usada
em seu valor afetivo, contextual. Seu sentido não é tomado literalmente, mas
ampliado e modificado de acordo com a opinião ou sentimento, que variam
conforme a sensibilidade, a cultura e os hábitos do falante ou ouvinte, do
autor ou leitor. A conotação é muito usada na poesia, na propaganda, na música,
na imprensa e na coloquialidade.
Exemplos
de questões:
1. Em
“... guarda as mesmas manchas e o mesmo taco solto de outras primaveras”
(primeiro parágrafo), a palavra que substitui o termo em destaque, sem alterar
o sentido da frase, é:
a) emoções. b)
épocas. c)
salas. d)
imagens. e) vontades.
Resposta:
b
4) Coesão Textual
A redação de um bom texto depende da articulação de ideias
e palavras. Na elaboração de um texto coeso empregam-se, de forma adequada,
elementos coesivos que formam uma estrutura clara e coerente nas
frases.
Há vários recursos linguísticos que podem ser usados para unir orações e
parágrafos, criando uma unidade textual. Entre eles destacam-se: conjunções,
preposições, pronomes e advérbios.Um elemento de coesão bastante usado é a conjunção e,
que indica adição, continuidade. Além desse, os elementos de coesão mais
comuns, que podem ser citados de acordo com os sentidos que expressam,
são: por isso, pois (causa e consequência); mas, contudo, embora
(contraste, oposição); além disso, também, à3 nem (adição, continuação);
segundo, conforme (semelhança, comparação); principalmente, sobretudo
(prioridade, relevância); por exemplo, ou seja (esclarecimento); logo, dessa
forma, portanto (conclusão).
Se esses elementos forem mal empregados, o texto será uma junção
desconexa de frases, com uma linguagem ambígua e incoerente. É preciso
atenção na escolha do conetivo adequado para unir e organizar todas as partes
de um texto.
5) Coerência textual
A
coerência textual resulta da relação harmoniosa entre as ideias apresentadas
num texto. Refere-se, dessa forma, ao conteúdo, ou seja, à sequência ordenada
das opiniões ou fatos expostos de forma coerente, sem contradições ao que se
afirma para os interlocutores.
Exemplos de questões:
1
A Igreja Católica pediu perdão aos povos indígenas, por conta do que os
bispos chamam de
2 erros
e ambiguidades do processo de colonização. É sempre bom que as igrejas
procurem ajustar
3 suas
verdades eternas à moral terrena, necessariamente cambiante. Mas o ato
da CNBB deve ser
4
entendido como um gesto político, demagógico ou humanitário, conforme se
queira, feito no
5
presente e que se esgota no presente. Embora toda carnificina seja horrível
em si, não faz sentido
6
aplicar parâmetros morais de hoje a homens imersos em outra cultura, na qual
conduta diversa era
7
impensável. Os portugueses, por exemplo, não poderiam estar mais
imbuídos da ideia de que seu
8 dever
era exterminar o que chamamos atualmente de o “Outro”, com maiúscula. Eles
vinham de uma
9
guerra santa - contra os muçulmanos, seus arqui inimigos na África e na Ásia
- e estavam por entrar
10 em
outra, contra a heresia protestante.
11
A separação entre Estado e Igreja mal começava a nascer, então, no norte
europeu. Nos
12
países do sul, como Portugal, nem havia como distinguir as duas
entidades, de tal forma elas
13
estavam imbricadas num mesmo esforço nacional em que a conquista, seja de
riquezas, seja de
14
almas, mas parecia também como uma coisa só. A noção de “erros e
ambigüidades” é igualmente
15
enganosa, pois pressupõe que seria possível uma colonização “correta”, o
que equivale a ignorar - ou
16
pretender superar pelo mero enunciado de boas intenções - a violência
intrínseca das energias
17
desencadeadas sempre que duas culturas em desnível técnico se encontram.
(Adaptado de: FRIAS FILHO, Otávio. Mil perdões, Folha de São
Paulo, 09 de março de 2000.)
|
1.
Assinale a alternativa que faz uma afirmação INCORRETA a respeito do emprego
dos recursos de coesão no texto.
(A)
Na linha 3, a expressão o ato da CNBB substitui o que está
expresso na primeira frase do texto.
(B)
O pronome que (l.5) refere-se a gesto político (l.4).
(C)
O uso do pronome Eles (l. 8) produz uma
ambiguidade que só pode ser desfeita por informações contextuais.
(D) Na
linha 10, constrói-se uma referência anafórica adequada, por meio do
pronome outra, que retoma o antecedente guerra santa (l.
9).
(E) Tanto
a expressão as duas entidades (l.12) quanto o
pronome elas (l. 12) referem-se a Estado
e Igreja (l. 11).
2.
Os itens abaixo apresentam sugestões de reescrita da seguinte frase, adaptada
do texto: Embora toda carnificina seja horrível em si, não faz
sentido aplicar parâmetros morais de hoje a homens imersos em outra cultura.
I - Toda
carnificina é horrível em si, sendo que não faz sentido aplicar parâmetros
morais de hoje a homens imersos em outra cultura.
II -
Sendo toda carnificina horrível em si, não faz sentido aplicar parâmetros
morais de hoje a homens imersos em outra cultura.
III - Toda
carnificina é horrível em si; porém, não faz sentido aplicar parâmetros morais
de hoje a homens imersos em outra cultura.
IV – Por mais
que seja horrível em si toda carnificina, não faz sentido aplicar parâmetros
morais de hoje a homens imersos em outra cultura.
Quais delas são semanticamente equivalentes ao original?
(A)
Apenas I e II. (B) Apenas I e III. (C) Apenas II e
IV (D) Apenas III e IV. (E)I, II, III e IV.
3. Das
alterações feitas na redação do período “Só que. depois que a ‘dependência’ se
instala, o vício continuará evoluindo mesmo que o salário não seja mais
problema”, houve alteração de sentido na seguinte forma:
A) Só
que, depois da instalação da “dependência”, o vício continuará evoluindo, não
sendo mais problema o salário.
B) Só
que, após a instalação da “dependência”, continuará o vício evoluindo, apesar
de não ser mais problema o salário,
C) Só
que, depois de a “dependência” se instalar, continuará evoluindo o vício, a
despeito de o salário não ser mais problema.
D) Só
que, depois de se instalar a “dependência”, o vício continuará evoluindo,
porquanto o salário não será mais problema.
E) Só que,
depois que se instala a “dependência”, o vício vai continuar evoluindo, mesmo o
salário não sendo mais problema.
4. São
muito boas as perspectivas para o agronegócio brasileiro.
O País tem grande estoque de terras apropriadas para a agricultura.
Há expressivo aumento da demanda mundial por produtos agrícolas.
As frases acima
organizam-se em um único período com clareza, lógica e correção em:
(A) Tendo
em vista o expressivo aumento da demanda mundial por produtos agrícolas e o
grande estoque de terras apropriadas para a agricultura no País, são muito boas
as perspectivas para o agronegócio brasileiro.
(B) É
muito bom ter as perspectivas para o agronegócio brasileiro, conquanto há
expressivo aumento na demanda mundial de produtos agrícolas, visto que o Pais
tem grande estoque de terras apropriadas para a agricultura.
(C) O
País tem grande estoque de terras apropriadas para a agricultura, com o
expressivo aumento da demanda mundial por produtos agrícolas, por isso é muito
bom pelas perspectivas para o agronegócio brasileiro.
(D) Há
expressivo aumento da demanda mundial por produtos agrícolas, entretanto o
Pais, com grande estoque de terras apropriadas para a agricultura, que têm tido
muito boas perspectivas para o agronegócio brasileiro.
(E) O
agronegócio brasileiro, com suas boas perspectivas no País de grande estoque de
terras apropriadas para a agricultura, são sem dúvida um expressivo aumento que
a demanda mundial faz dos produtos agrícolas.
Gabarito: 1)c, 2) d, 3) a, 4)
III-
ESTUDO DE TEXTOS
Texto 1
Representantes dos maiores bancos brasileiros reuniram-se no Rio de Janeiro
para discutir um tema desafiante. Falaram sobre a necessidade de estabelecer
mecanismos de controle sobre o oceano de incertezas que cerca o mercado
financeiro e, assim, atenuar os solavancos
que
volta e meia ele provoca na economia mundial. Na mais recente crise — a do
mercado de hipotecas de alto risco dos Estados Unidos —, os bancos americanos
amargaram perdas
superiores
a 100 bilhões de dólares. A
turbulência decorrente do estouro de mais essa bolha ainda não teve
suas consequências totalmente dimensionadas. A questão que se coloca é até
que ponto é possível injetar alguma previsibilidade em um mercado tão interconectado,
gigantesco e que tem o risco no DNA. O único consenso é que o mercado precisa
ser mais transparente. O investidor tem o direito de ser informado sobre a
composição do produto que estiver comprando e o grau de risco que está
assumindo.
(Veja. 12/3/2008 — com adaptações)
|
1.
Com relação às informações do texto acima e à sua organização, julgue os itens
de 1 a 5, marcando CERTO ou ERRADO.
a.(
) Infere-se da argumentação do texto que a crise do mercado de hipotecas nos
Estados
Unidos foi causada pela falta de transparência desse mercado para o investidor.
b.(
)Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do texto, é possível deslocar
a oração
“para discutir um tema desafiante” que expressa uma finalidade, para o
início do período,
fazendo-se os devidos ajustes nas letras maiúsculas e acrescentando-se uma
vírgula logo após “desafiante”.
c.(
) No texto, ele refere-se a “tema desafiante” e essa
bolha refere-se a “turbulência”.
d.(
)Preservam-se a coerência da argumentação e a correção gramatical do texto ao
se inserir
um sinal de dois-pontos depois da primeira ocorrência de “é” e um
ponto de interrogação
depois de “DNA”.
e.(
) É possível inferir do texto que o fato de o mercado ser “interconectado”
, “gigantesco” e
ter “o risco no DNA” dificulta a adoção de mecanismos de controle
sobre ele.
Texto
2
Domésticas
mantêm traços da escravidão
Quase toda família de classe média brasileira tem uma trabalhadora doméstica
ou uma diarista. Estima-se que mais de 6 milhões de mulheres exerçam essa
função no país, das quais cerca de 1oo mil são sindicalizadas. Apesar dessa
expressividade, o grupo ainda não conquistou direitos básicos de outras
categorias, mantendo semelhanças, em alguns aspectos, com os escravos do
Brasil Colônia.
De acordo com estudo do sociólogo Joaze Bernardino-Costa, após 70 anos de
história de organização política, esse público continua privado, por exemplo,
da regulamentação da jornada de trabalho e do FGTS, que hoje é facultativo e
depende da boa vontade do empregador.
|
Segundo Bernardino-Costa, as autoridades e a sociedade devem ser mais
sensíveis à categoria, que reúne um conjunto único de características ligadas
à exclusão.
Primeiro, encontram-se na base da pirâmide social, tradicionalmente subjugada
pelas demais classes. Em segundo lugar, exercem atividades que se aproximam
de reminiscências da escravidão. Por fim, abrangem, em sua maioria, um
público ligado a três fatores históricos de discriminação: gênero, classe e
raça.
Desta forma, a agenda política das domésticas incorpora um ponto de vista
único e estratégico, uma vez que vivenciam, na prática, a bandeira de
diferentes movimentos. “As trabalhadoras domésticas nos impõem a revisão do
nosso pacto de nação”, diz o pesquisador.
(Internet: www.secom.unb.br — com adaptações)
|
2.
Assinale a opção correta a respeito da estruturação do texto.
a) O
período que inicia o texto indica que o tema central é a família de classe
média brasileira.
b) O
segundo parágrafo se caracteriza por apresentar uma estrutura narrativa.
c) Os
argumentos apresentados pelo sociólogo, em sua pesquisa sobre as trabalhadoras
domesticas, são de natureza quantitativa.
d) A
expressão “Desta forma” (E.22) introduz a conclusão do texto.
e) O
último parágrafo do texto contém um exemplo de discurso indireto.
Texto
3
As empresas se transformaram profundamente. Modernizaram sua tecnologia e
seus métodos de gestão para tornarem-se competitivas e ajustarem-se às
exigências da globalização. Mexeram em seus horários em razão dos interesses
da produção, mas mantiveram-se, em sua esmagadora maioria, cegas e alheias à
existência da vida privada de seus empregados. Parques industriais de última
geração não rimam com o impressionante atraso no tratamento do que chamam de
capital humano.
Se, atualmente, em raras empresas, já é aceitável que uma mulher reivindique
tempo parcial de trabalho para dedicar-se à família, sem que isso a
desqualifique aos olhos do empregador, o mesmo não acontece com um
homem. No caso improvável de uma reivindicação desse tipo, ele seria
certamente percebido como portador de alguma característica pelo menos
insólita, o que é uma dupla injustiça, porque condena os homens à imobilidade
e à impossibilidade de mudança de mentalidade e de vida e as mulheres a
assumir sozinhas a vida familiar.
Os poderes públicos, tão indiferentes quanto as empresas, continuam a encarar
as instituições de acolhida a crianças e idosos como se fossem não a
obrigação de uma
sociedade
moderna e civilizada, mas como um favor feito às mulheres.
Os argumentos do custo exagerado dessas instituições e do seu peso
insuportável em orçamentos precários fazem que a obrigatoriedade do Estado de
oferecer as melhores condições de instrução e educação desapareça como
prioridade.
Em relação à vida privada, não mudaram as mentalidades e, consequentemente,
as responsabilidades não são compartilhadas. Se fossem, forçariam a
reorganização do
mundo
do trabalho.
(Rosiska Darcy de Oliveira. Reengenharia do tempo.)
|
3. Acerca
das ideias desenvolvidas no texto acima e das estruturas linguísticas nele
utilizadas, julgue os próximos itens.
a.
( ) No primeiro parágrafo do texto, a autora aponta a dicotomia
entre o desenvolvimento das empresas que efetivaram o processo de modernização
e o atraso verificado no regime de trabalho dos empregados dessas
empresas.
b.
( ) Os termos “cegas” “rimam” e “aos olhos”
foram empregados, no texto, em sentido
figurado.
c.
( ) A supressão do pronome “se” em “dedicar-se” acarretaria
mudança de sentido do período.
d.
( ) Na visão da autora do texto, a priorização de serviços de creches e
de atendimento a idosos pelo Estado, bem como a mudança na organização do tempo
no trabalho realizada pelas empresas, por si sós, acarretariam transformação no
compartilhamento de responsabilidades na vida privada.
Texto
4
A PETROBRAS aumentou o investimento nos processos ambientais de seu negócio.
Em 2007, a empresa investiu R$ 1,7 bilhão em redução de emissões de gases
poluentes, gestão de consumo de água e energia. Diminuição do teor de
contaminantes nos efluentes liberados para o meio ambiente e outros, que
integram os aspectos ambientais das operações da companhia. Em 2006, O
investimento havia sido de R$ 1,3 bilhão. A melhoria da qualidade e o desenvolvimento
de novos produtos, como os biocombustíveis e outras fontes de energia
alternativas, são
acompanhados
por investimentos em pesquisa e tecnologia para o aperfeiçoamento do
desempenho ambiental dos processos e produtos da PETROBRAS. A empresa desenvolve
e adapta tecnologias que permitam melhorar a ecoeficiência das operações,
como técnicas para sequestro de carbono, tratamento de resíduos sólidos e
otimização do consumo de água e de energia. A visão da PETROBRAS é de que as
questões ambientais não devem ser ações paralelas ao negócio, mas sim
componentes essenciais e prioritários de cada atividade desenvolvida.
(Internet: <www.agenciapetrobrasdenoticias.com.br> — com adaptações)
|
4.Julgue
os próximos itens, acerca do texto apresentado acima.
a.(
) A ideia principal do texto é a de que a PETROBRAS investe em pesquisas,
desenvolve e aplica tecnologias para o aperfeiçoamento do desempenho ambiental
dos processos de produção da empresa.
b.(
) Infere-se das informações do texto que não são necessários novos
investimentos na redução das emissões de gases poluentes, no uso racional de
água e energia, no tratamento de resíduos sólidos e na diminuição do teor de
contaminantes nos efluentes liberados na natureza, pois essas ações já foram adotadas.
c.(
) A expressão “efluentes” está sendo empregada com o sentido de resíduo,
rejeito.
Texto
5
Linguagem. S.f
1. O uso da palavra articulada ou escrita como meio de expressão e de
comunicação entre as pessoas.
(Aurélio Buarque de H. Ferreira. Novo dicionário da língua portuguesa, p.
1.03).
|
Texto 6
Acho que se compreenderia melhor o funcionamento da linguagem supondo que o
sentido é um efeito do que dizemos, e não algo que existe em si,
independentemente da enunciação, e que envelopamos em um código também
pronto. Poderiam mudar muitas perspectivas: se o sentido nunca é prévio,
empregar ou não um estrangeirismo teria menos a ver com a existência ou não
de uma palavra equivalente na língua do falante. O que importa é o efeito que
palavras estrangeiras produzem. Pode-se dar a entender que se viajou, que se
conhecem línguas. Uma palavra estrangeira em uma placa ou em uma propaganda
pode indicar desejo de ver-se associado a outra cultura e a outro país, por
seu prestígio.
(Sírio Possenti. A cor da língua. Mercado de Letras, 2002, p.37-8)
|
5.A
partir da leitura dos dois textos acima, julgue os itens a seguir.
a.(
) A comparação entre os dois textos mostra que, no segundo, a abrangência do
conceito de linguagem é maior do que no primeiro, pois incorpora representações
sociais de quem usa a linguagem.
b.(
) Embora o vocábulo “articulada” admita várias acepções, o contexto do
verbete em que
está
empregado permite identificar seu significado como falada.
c.
( ) No texto do verbete de dicionário, o valor de comparação da
palavra “como” deixa subentender uma expressão mais complexa assim como.
d.(
) O valor condicional da oração iniciada por “supondo” permite sua
substituição, no texto, por se supusermos, sem que sejam
prejudicadas a coerência ou a correção gramatical.
e.(
) O desenvolvimento da argumentação do segundo texto evidencia que o uso de uma
palavra estrangeira está associado a prestígio.
Texto 7
(oral):
— Bom,
primeiro resolvi fazer Medicina porque eu já estava em Biologia, né / Eu acho
que foi mais assim por acomodação. Daí mamãe me falou da UNICAMP pra mim, né,
e achei legal assim, né? Mamãe falou que tinha bastante campo científico, e
tal, pesquisa.,. e aí eu fiquei interessada.
E a
Engenharia de Alimentos era um campo assim ainda não desenvolvido e eu estava
a fim de ver como era, né?
Eu não
gostei. (...)
|
Texto
8 (escrito):
Pela
primeira vez, optei por Medicina por mera acomodação, pois já estava no curso
de Biologia. Antes de optar pela segunda vez Cá que na primeira não havia
entrado), ouvi falar de curso novo da UNICAMP, um curso interdisciplinar, que
daria margem à pesquisa e eu me interessei. Mas não gostei do curso e resolvi
desistir.
(TRAVAGLIA,
Luiz Carlos. Gramática e interação: Uma proposta para o ensino da gramática
nos 1° e 2° Graus. Ed. Cortez)
|
6. Com
base nos textos, avalie as afirmativas abaixo sobre as diferenças entre língua
falada e língua escrita.
I. Na
língua escrita culta, há maior cuidado com a seleção vocabular e com a precisão
da
informação.
II. Os
marcadores discursivos desempenham, na língua oral, função similar à dos
conectivos, no texto escrito.
III. Há
maior ocorrência de polissemia na fala do que na escrita.
Está(ão) correta(s), somente, a(s) afirmativa(s):
a) I b)
II c) I
e II
d) I e
III
e) II e III
7. Dentre
os fatores que evidenciam o maior planejamento discursivo do texto escrito em
relação ao oral se encontra a(o):
a)
ordenação dos eventos por meio dos adjuntos adverbiais.
b)
caracterização de “acomodação” com o uso de “mera”.
c)
utilização de indeterminação do sujeito no texto escrito na sentença “...ouvi
falar de curso...”.
d) menor
uso de pronomes pessoais oblíquos.
e) uso
mais constante de pretérito perfeito do indicativo do que de pretérito
imperfeito.
8.
Organize os períodos abaixo de modo que o resultado componha um texto coerente
e coeso.
I. Em
relação ao modelo europeu, as alterações são bem discretas.
II. A
Renault liberou esta semana as primeiras fotos de seu novo carro.
III.0
comunicado oficial da fábrica faz referência apenas ao bom espaço interno do
carro.
IV. A
maior mudança visual é o para-choque dianteiro: nesse ponto a versão brasileira
é igual à que começou a ser produzida na Índia.
O resultado correto é:
a) I — II
— IV —
III
b) II — I — IV —
III
c) III — II — IV — I
d) III — IV — I — III e) IV — II — I
— III
Texto
9
Duzentas gramas
Tenho um amigo que fica indignado quando peço na padaria “duzentas” gramas de
presunto — já que a forma correta, insiste ele, é duzentos gramas. Sempre
discutimos sobre os diferentes modos de falar. Ele argumenta que as regras de
pronúncia e de ortografia, já que
existem,
devem ser obedecidas, e que os mais cultos (como eu, um cara que traduz
livros) devem insistir na forma correta, a fim de esclarecer e encaminhar
gente menos iluminada.
Eu sempre argumento que, quando ele diz que só existe uma forma correta de
falar, está usurpando um termo de outro ramo, que está tentando aplicar a
ética à gramática, como se falar corretamente implicasse algum grau de
correção moral, como se dizer “duzentas” significasse incorrer numa falha de
caráter, e dizer duzentos gramas fosse prova de virtude e integridade.
Ele vem então com aquela de que se pode desculpar a moça da padaria quando
fala “duzentas”, pois ela desconhece a norma culta, mas quanto a mim, que a
domino, demonstro uma falha de caráter ao ignorá-la em benefício dos outros —
só para evitar o constrangimento de falar diferente. “Quem sabe fazer o bem e
não o faz comete pecado” — parece concluir.
Eu reconheço, sim, que falo de forma diferente dependendo de quem seja meu
interlocutor. Às vezes uso deliberadamente formas como “tentêmo” ou “vou ir”.
Pelo mesmo motivo, todas as gírias e dialetos locais me interessam. Não que —
por exemplo—a decisão de dizer “duzentas” gramas seja consciente, uma
premeditação em favor da inclusão social. É que, algumas vezes, a coisa certa
a se fazer — sobretudo na linguagem falada — é ignorar a norma, ou
pervertê-la. Quando peço “duzentas gramas de presunto, por favor”, a moça da
padaria invariavelmente repete, como que para extorquir minha profissão de fé
à norma inculta:
__
DUZENTAS?
—
Duzentas, confirmo eu, já meio arrependido, mas caindo, ainda assim, em
tentação.
(Adaptado de Pauto Brabo, site A bacia das almas)
|
9.
A posição do autor do texto em relação aos diferentes níveis de linguagem
é a de quem:
a) por
desconhecer a norma culta, não pode mostrar constrangimento quando não
fala corretamente.
b) por dominar
a norma culta, sente-se à vontade para deturpá-la, sem que haja qualquer
razão para isso.
c) mesmo
dominando a norma culta, não hesita em transgredi-la, quando isso favorece a
comunicação com os outros,
d) por
desconhecer a norma culta, despreza a presunção das pessoas que insistem em
corrigir quem fala incorretamente.
e) mesmo
dominando a norma culta, desobedece-a sistematicamente, não importando a
situação de uso da linguagem.
10.
Atente para as seguintes afirmações:
I. A
indignação do amigo deve-se ao fato de que o autor, que se apresenta como um
homem culto, não domina as regras de pronúncia e de ortografia.
II. Para
o amigo do autor, a desobediência à norma culta é sobremaneira indesculpável
quando quem a infringe é aquele que não a desconhece.
III.0
autor comunga com seu amigo a convicção de que o uso da norma culta beneficia o
interlocutor que ainda não a conhece.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em:
a)I, II e
III
b) I e II, somente
c) II e III, somente
d) I e III, somente e) II, somente
11. No
segundo parágrafo, a argumentação do autor diante da convicção do amigo quanto
ao uso da linguagem pode ser assim resumida:
a)
Deve-se desculpar o pecado de quem insiste em falar ou escrever de modo
incorreto.
b)
Não se deve contundir o plano da suposta correção da norma culta como
plano ético das virtudes pessoais.
c) Mesmo
quem desconhece a norma culta está virtualmente habilitado para um dia vir a
dominá-la.
d) Quem
se vale da linguagem espontânea demonstra ser mais virtuoso do que aquele que
se vale da norma culta.
e) O
desconhecimento da norma culta prejudica apenas a comunicação, mas não implica
falta de caráter.
12. De
acordo com o contexto, é irônica a seguinte frase:
a) (...)
caindo, ainda assim, em tentação.
b) (...)
as regras de pronúncia e de ortografia (...) devem ser obedecidas (...)
c) (..j
pois ela desconhece a norma culta (..)
d) (...)
algumas vezes, a coisa certa a se fazer é ignorar a norma
e) (...)
todas as gírias e dialetos locais me interessam.
13.
Considerando-se o contexto, na passagem em que a moça da padaria pergunta
“DUZENTAS?”, repetindo a palavra ouvida:
a) a
atendente demonstra compartilhar a mesma indignação do amigo do autor.
b) o
amigo do autor encontraria uma razão para mudar de ideia quanto às suas
convicções
linguísticas.
c) o
autor demonstra seu constrangimento ao ser imediatamente corrigido por uma
atendente.
d) o
autor faz crer que a pergunta teria sido um pedido de confirmação da forma
verbal por ele
utilizada.
e) a
atendente demonstra sua satisfação em reconhecer o esforço do autor em se valer
de uma linguagem espontânea.
________________________________________________________________________
Secretária
Luís Fernando Veríssimo
O teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo
moderno é a secretária eletrônica. O que você faz quando liga para alguém e
quem atende é uma máquina. Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a
secretária eletrônica com a maior naturalidade, qual é o problema? É apenas
um gravador estranho com uma função a mais. Mas aí é que está. Não é uma
máquina como qualquer outra. É uma máquina de atender telefone. O telefone
(que eu não sei como funciona, ainda estou tentando entender o estilingue)
pressupõe um contato com alguém e não com alguma coisa.
A secretária eletrônica abre um buraco nesta expectativa estabelecida. É
desconcertante. Atendem — e é alguém dizendo que não está lá! Seguem
instruções para esperar o bip e gravar a mensagem.
É aí que começa o teste. Como falar com ninguém no telefone? Um telefonema é
como aqueles livros que a gente gosta de ler, que só tem diálogos. É
travessão você fala, travessão fala o outro. E de repente você está falando
sozinho. Não é nem monólogo. É diálogo só de um.
— Ahn, sim, bom, mmm... olha, eu telefono depois. Tchau.
O “tchau” é para a máquina. Porque temos este absurdo medo de magoá-la. Medo
de que a máquina nos telefone de volta e nos xingue, ou pelo menos nos bipe
com reprovação. Sei de gente que muda a voz para falar com secretária
eletrônica. Fica formal, cuida a construção da frase. Às vezes precisa
resistir à tentação de ligar de novo para regravar a mensagem porque errou a
colocação do pronome.
Outros não resistem. Ao saber que estão sendo gravados, limpam a garganta,
esperam o bip e anunciam:
— De Augustin Lara...
E gravam um bolero. Talvez seja a única atitude sensata.
|
1. “O
teste definitivo para você saber...”; o vocábulo definitivo, nesse
contexto, corresponde ao seguinte sinônimo:
a)
inapelável b)
decisivo c)
determinado d)
derradeiro e) aprovado
2. O item
que mostra um desenvolvimento INADEQUADO do segmento sublinhado é:
a) “O
teste definitivo para você saber = o teste definitivo
para que você saiba.
b) “Ao
saber que estão sendo gravados = quando sabem que estão
sendo gravados.
c) “para
regravar a mensagem” = para que regrave a mensagem.
d)
“Seguem instruções para esperar o bip” = seguem instruções para que
se espere o bip.
e) “como
aqueles livros que a gente gosta de ler” = como aqueles
livros que a gente gosta que se leiam.
3. “O
teste definitivo para você saber se você está ou não integrado no mundo moderno
é a secretária eletrônica”; a forma de reescrever-se esse segmento do texto que
ALTERA o seu sentido original é:
a) Para
você saber se está ou não integrado no mundo moderno, o teste definitivo é a
secretária eletrônica.
b) A
secretária eletrônica é o teste definitivo para você saber se está ou não
integrado no mundo moderno.
c) É a
secretária eletrônica o definitivo teste para você saber se está ou não
integrado no mundo moderno.
d) Para
você saber se está ou não integrado no mundo moderno, a secretária eletrônica é
o teste definitivo.
e) O
teste definitivo do mundo moderno para você saber se está ou não integrado nele
é a secretária eletrônica.
4. O item
em que o vocábulo PARA tem significado diferente de todos os demais é:
a) “O
teste definitivo para você saber...”
b) “O que
você faz quando liga para alguém...”
c)
“Seguem instruções para esperar o bip...”
d) “Sei
de gente que muda a voz para falar com a secretária...”
e)
“...ligar de novo para regravar a mensagem.”
5.
A frase do texto em que há claramente a personificação da secretária
eletrônica por meio de uma ação humana que lhe é atribuída, é:
a) ‘Medo
de que a máquina nos telefone de
volta...”
b) “O
tchau’ é para a máquina.”
c)
“Porque temos este absurdo medo de
magoá-la.”
d)
“Não é uma máquina como qualquer outra.”
e)
Sei de gente que muda a voz para falar com secretária eletrônica.”
6, “O que
você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina”. Nesse segundo
período do texto, os elementos que estão em oposição semântica são:
a)
você / quem b) faz /
liga c) liga /
atende d) alguém /
máquina e) o / uma
7.
A frase abaixo que representa uma linguagem coloquial é:
a) “Tem
gente que nem pensa
nisso.”
b) “Falam
com a secretária eletrônica com a maior naturalidade.”
c)
“Talvez seja a única solução
sensata.”
d) “E
gravam um bolero.”
e) “É
apenas um gravador estranho com uma função a mais.”
8. “Tem
gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária eletrônica com a maior naturalidade,
qual é o problema?” A pergunta final desse segmento:
a) é
feita pelo próprio autor do texto.
b) é
questão atribuída à secretária eletrônica.
c) é da
autoria da “gente que nem pensa nisso”.
d) parte
de quem não é atendido pela secretária com naturalidade.
e)
questiona o problema de não haver quem atenda o telefone.
9. “A
secretária eletrônica abre um buraco nesta expectativa estabelecida”; a
“expectativa” referida no texto é a de que:
a) se
entre em contato com
alguém.
b) se possa deixar um recado.
c) a
secretária eletrônica esteja
ligada. d) se
possa seguir as instruções da máquina.
e) não tenham ligado a secretária eletrônica.
10. O
trecho entre parênteses no segundo parágrafo — que eu não sei como
funciona, ainda estou tentando entender o estilingue — tem a função
de:
a)
mostrar a competência tecnológica do autor do texto.
b) fazer
pouco das máquinas modernas.
c)
demonstrar a inadequação do autor diante das coisas modernas.
d)
transmitir um tom crítico ao texto.
e) situar
o texto em tempos passados.
11. “—
Ahn, sim, bom, mmm...”; essas palavras Indicam, por parte de quem é atendido
pela secretária eletrônica:
a)
aborrecimento b)
hesitação c)
espanto d)
desilusão e) admiração
12. O
item em que o sentido da oração sublinhada está ERRADAMENTE indicado, é:
a) “O que
você faz quando liga para alguém e quem atende é uma
máquina” — tempo.
b)
“...regravar a mensagem porque errou a colocação do pronome”
— causa.
ç) “Sei de
gente que muda a voz para falar com a secretária eletrônica”
— finalidade.
d) “O
teste definitivo para você saber se está ou não integrado no
mundo moderno é a secretária eletrônica” — condição.
e) “Ao
saber que estão sendo gravados “ —tempo.
13. Afirmação
que cabe ao texto como um todo é que ele:
a)
critica amargamente os novos meios tecnológicos.
b) elogia
a tranquilidade dos que não temem as máquinas.
c)
ironiza a falta de educação da secretária eletrônica.
d)
destaca a desumanização nas relações humanas.
e) indica
uma solução para os problemas de comunicação,
14. Há
tipos diferentes de atitudes diante do atendimento de uma secretária
eletrônica. A frase cuja identificação dessa atitude NÃO está adequada é:
a) “Falam
com a secretária eletrônica com a maior naturalidade” — tranquilidade.
b) “Como
falar com ninguém no telefone?” — confusão mental.
c) ‘E
gravam um bolero” — lirismo.
d) “Sei
de gente que muda a voz para falar com secretária eletrônica” — formalismo.
e)”,,,ou
pelo menos nos bipe com reprovação” — temor
15.0 item
em que a oração sublinhada NÃO indica uma ação em sequência cronológica em
relação à oração anterior, é:
a) “0 que
você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina.
b)”...esperam
o bip e anunciam.”
c)
“Seguem instruções para esperar o bip e gravar a mensagem.”
d) “Medo
de que a máquina nos telefone de volta e nos xingue.”
e)”,..
pressupõe um contato com alguém e não com alguma coisa.”
16. Em
todos os itens abaixo há uma junção de um substantivo com um adjetivo; o par em
que o adjetivo NÃO representa uma opinião do autor do texto é:
a) atitude sensata b)
teste definitivo c) absurdo
medo
d) mundo moderno e) gravador estranho
17. O
item em que a segunda forma proposta para o segmento inicial ALTERA o sentido
original é:
a)
“Talvez seja a única atitude sensata” / A única atitude sensata talvez seja
essa.
b) “Eu
telefono depois”! Depois eu telefono.
c) “É aí
que começa o teste”! Aí o teste começa.
d) “Como
falar com ninguém no telefone?” / Como ninguém falar ao telefone?
e) “E
gravam um bolero”! E um bolero é gravado.
18.
Considerando o texto como um todo, podemos classificá-lo predominantemente
como:
a) narrativo
b) descritivo
c)
expositivo
d) argumentativo e)
conversacional
GABARITO: 1-C/C/E/C/C, 2-d,
3-C/C/C/E, 4-C/E/C, 5-C/C/E/C/C, 6-c, 7-a, 8-b, 9-c, 10-e, 11-b,
12-a, 13-d.
Secretária: 1-b, 2-e, 3-e, 4-b, 5-a, 6-a, 7-a, 8-c, 9-a, 10-c,
11-b, 12-d, 13-d, 14-b, 15-e, 16-d, 17-d, , 18-c.
Utilize
os comentários para debater sobre o tema.
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Bons
estudos!
Excelente material!
ResponderExcluirPreciso de um tema que tenha o gênero e a tipologia textual,
ResponderExcluiro tópico frasal e o tipo de desenvolvimento que estrutura o texto.?
Me ajude por favor.
Professora a senhora já deu aula em Jundiaí ou Louveira?
ResponderExcluirexcelente material professora
ResponderExcluirobrigada pelo material, professora!
ResponderExcluirExcelente conteúdo! Parabéns!!
ResponderExcluirExcelente conteúdo! Parabéns!!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirmaravlilhoso!!!!!!!!!
ResponderExcluirTeu cu
Excluirque isso calabreso
ExcluirEXCELENTE CONTEÚDO!
ResponderExcluir