2.LYA
LUFT
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Lya
Fett Luft (Santa Cruz do Sul, 15 de setembro de 1938) é uma escritora e
tradutora brasileira. É colunista mensal da revista Veja e professora
aposentada da UFRGS.
Biografia
Lya Fett nasceu em Santa Cruz do Sul,
cidade gaúcha, de colonização alemã, filha do advogado e juiz Arthur Germano
Fett. A sua família tinha muito orgulho de suas raízes germânicas e, por
isso, considerava-se superior aos "brasileiros", embora seus integrantes
tivessem chegado ao Brasil em 1825. Durante sua juventude, Lya foi tida como
uma menina desobediente e contestadora: não gostava de aprender a cozinhar
nem a bordar e chegou a ser mandada para um internato durante dois meses.
Porém, desde cedo foi uma ávida leitora — aos onze anos, já recitava poemas
de Göethe e Schiller — e tinha um relacionamento mais natural com o pai, um
homem culto a quem idolatrava, do que com a mãe. Aos dezenove anos, ela se
converteu ao catolicismo, espantando aos pais, ambos luteranos.
A partir de 1959, Lya Luft passou a
residir em Porto Alegre, onde se diplomou em Pedagogia e em Letras
Anglo-Germânicas pela PUC-RS. Passou a
trabalhar então como tradutora de literaturas em alemão e inglês. Em 1963,
aos vinte e cinco anos, Lya se casou com Celso Pedro Luft, então um irmão
marista, dezenove anos mais velho do que ela.. O casal teve três filhos:
Susana (1965), André (1966) e Eduardo (1969).
De 1970 a 1982, ela trabalhou como
professora titular de Linguística na Faculdade Porto-Alegrense (FAPA) e
obteve o grau de mestra em Linguística e em Literatura Brasileira.
Em 1985, Lya Luft anulou seu casamento
com Celso para viver com o psicanalista e também escritor Hélio Pellegrino,
no Rio de Janeiro. Eles haviam sido apresentados um ao outro por Nélida
Piñon. Em 1992, quatro anos após a morte de Pellegrino, Lya voltou a viver
com Celso Luft, de quem ficou viúva em 1995.
Carreira literária
No início de seu primeiro casamento, Lya
Luft começou a escrever poemas, reunidos no livro Canções de limiar (1964).
Em 1972, foi publicado seu segundo livro de poemas, intitulado Flauta doce.
Quatro anos mais tarde, escreveu alguns contos e mandou-os para um editor da
Nova Fronteira, Pedro Paulo Sena Madureira, que os considerou "publicáveis".
Em 1978, foi lançada sua primeira coletânea de contos, Matéria do Cotidiano.
O mesmo editor da Nova Fronteira tinha
aconselhado Lya a escrever romances. Daí surgiu As parceiras, publicado em
1980. No ano seguinte veio A asa esquerda do anjo. Tais livros foram
influenciados por uma visão de morte que a autora teve depois de sofrer um
acidente automobilístico quase fatal em 1979.
Em 1982, publicou Reunião de Família e,
em 1984, outras duas obras: O Quarto Fechado e Mulher no Palco. O primeiro
foi lançado nos Estados Unidos sob o título The Island of the Dead. Em 1987,
lançou Exílio; em 1989, o livro de poemas O Lado Fatal; e, em 1996, o
premiado O Rio do Meio (ensaios), considerado a melhor obra de ficção daquele
ano.
Em 2001, Luft recebeu o prêmio União
Latina de melhor tradução técnica e científica, pela obra Lete: Arte e
crítica do esquecimento, de Harald Weinrich.
Em
2013, recebeu o Prêmio ABL, na categoria Ficção, Romance, Teatro e Conto,
pela obra O tigre na sombra.
No
total, já escreveu e publicou 23 livros, entre romances, coletâneas de
poemas, crônicas, ensaios e livros infantis.
Os
livros de Lya Luft continuam sendo traduzidos para diversos idiomas
Seu estilo
Sou fascinada pelo lado complicado.
Tenho um olho alegre que vive: sou uma pessoa despachada, adoro família,
adoro a natureza. Mas eu tenho um outro olho que observa o lado difícil,
sombrio. A minha literatura nunca vai ser "aí casaram e foram felizes
para sempre". Minha literatura sempre nasceu do conflito, da dificuldade,
do isolamento.
—Lya
Luft
Obras
• Canções de Limiar, 1964
• Flauta Doce, 1972
• Matéria do Cotidiano, 1978
• As Parceiras, 1980
• A Asa Esquerda do Anjo, 1981
• Reunião de Família, 1982
• O Quarto Fechado, 1984
• Mulher no Palco, 1984
• Exílio, 1987
• O Lado Fatal, 1989
• A Sentinela, 1994
• O Rio do Meio, 1996
• Secreta Mirada,1997
• O Ponto Cego, 1999
• Histórias do Tempo, 2000
• Mar de Dentro, 2000
• Perdas e Ganhos, 2003
• Histórias de Bruxa Boa, 2004
• Pensar é Transgredir, 2004
• Para não Dizer Adeus, 2005
• Em outras Palavras, 2006
• A Volta da Bruxa Boa, 2007
• O Silêncio dos Amantes, 2008
• Criança Pensa, 2009
• Múltipla Escolha, 2010
• A Riqueza do Mundo, 2011
• O Tigre Na Sombra, 2012
• O Tempo é um Rio que Corre, 2013
• Paisagem Brasileira, 2015
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RESUMOS DOS TEMAS DE SUAS OBRAS
REUNIÃO
DE FAMÍLIA
Criados de forma
severa por um pai repressor e violento, Alice, Evelyn e Renato cresceram
marcados pela insegurança, submissão, desconfiança, desunião e, acima de tudo,
pela falta de amor. Quando o filho de Evelyn morre em um trágico acidente e ela
passa a se comportar de forma estranha, acreditando que o menino ainda está
vivo, a família decide se reunir para ajudar a irmã caçula. Mas nada acontece
como esperado: o fim de semana que deveria servir para unir transforma-se numa
catarse de culpas e segredos, um terrível jogo da verdade no qual os papéis de
vítima e algoz se invertem. "Reunião de Família", terceiro romance de
Lya Luft, compõe com "As Parceiras" e "A Asa Esquerda do
Anjo" o que alguns críticos consideram a "trilogia da família".
Neles são dissecados alguns dos valores que dão sustentáculo a nossa sociedade
e são destruídas as falsas aparências que, em detrimento de todos os impulsos
de vida e autenticidade, se constroem a partir de uma opressão mutiladora.
Neste livro, o leitor encontrará, em uma linguagem sóbria e refinada, os
conflitos familiares dramáticos diante de situações extremas que tanto fascinam
a autora: a incomunicabilidade e amor, solidão, morte, mistério e busca de
sentido.
AS
PARCEIRAS
"Por que não
morremos num período assim? Antes que tudo comece a esboroar. Nem sei se é no
fundo ou na superfície que começa a erosão. A primeira tristeza não partilhada.
A primeira solidão em que se vira as costas e, ao voltar, não se encontra mais
a presença reconfortante. Apenas outra solidão, de costas. A consciência está
alerta: está acabando. O resto vem depois. Todo o cortejo." Lya Luft
Lançado originalmente em 1980, AS PARCEIRAS é o primeiro romance de Lya Luft,
uma das mais premiadas e consagradas escritoras brasileiras. Recebido com
críticas elogiosas pela imprensa - um livro raro e perfeito; acontecimento
intelectual do ano - o livro é tema de estudos em diferentes universidades, já
foi publicado na Alemanha e marca a chegada da obra de Lya na Editora Record.
Com mais de 15 edições, AS PARCEIRAS aborda, principalmente, a contestação aos
valores patriarcais. Uma visão feminina sobre uma família marcada pela morte,
pela loucura, por um mundo decadente que a envolve e a desagrega. Nesta obra de
estréia, Lya ensaia o mistério, o encantamento de narrativas onde a virulência
atravessa o veio das emoções humanas. Uma lembrança dos contos de fadas que a
escritora devorava quando menina. As doses maciças de fantasia - princesas,
bruxas e magia - a marcaram, forjando os elementos predominantes em suas obras.
A
SENTINELA
Em A sentinela,
publicado originalmente em 1994, Lya mais uma vez usa uma casa como cenário;
uma casa-labirinto, na qual uma mulher procura a saída, mas também tenta se
decifrar ao longo do caminho e acaba se encontrando. “É um livro esperançoso:
alguém renasce em si e de si mesmo e, ainda que guarde um último mistério
indecifrável na gruta de seu pantanoso jardim (o interno e o externo), lança-se
na vida e recria o mundo”, explica a autora.
O
SILÊNCIO DOS AMANTES
Em O silêncio dos
amantes, as histórias são pontuadas por conflitos familiares, solidão, a busca
de um sentido da vida, rancores, incompreensão, mas também magia e amor nos
relacionamentos. A incomunicabilidade entre pessoas que se amam resulta em
tragédias e vidas assombradas pela culpa, mas também faz com que se abram os
olhos para novos caminhos possíveis. “Aqui sim, é a linha que une as
narrativas. A incomunicabilidade, o silêncio quando deveríamos falar e a palavra
quando deveríamos ter calado: mas a gente não sabia. É parte do drama humano”,
explica a autora. Com coragem e delicadeza, Lya Luft nos provoca a vermos sob
um novo prisma o nosso cotidiano, pressentindo a imprevisibilidade, que o torna
mais rico. “Ser humano, com toda a miséria e grandeza que isso significa, não é
apenas precisar de amparo e consolo, mas também enxergar, abaixo da superfície
e atrás das paredes, novas possibilidades de viver e se relacionar”, diz Lya.
PERDAS
E GANHOS
“Entendi que a vida
não tece apenas uma teia de perdas mas nos proporciona uma sucessão de ganhos.
O equilíbrio da balança depende muito do que soubermos e quisermos enxergar.” —
Lya Luft Lya Luft é uma mulher de seu tempo, e sobre ele dá seu testemunho em
tudo o que escreve, especialmente neste novo livro. Neste primeiro livro seu
publicado pela Record, a romancista, cronista e poeta convida o leitor para
refletir ao seu lado, indagar, contemplar e admirar o mundo. "Não somos
apenas vítimas de fatalidades", diz. "Somos também senhores de nossa
vida." Num misto de ensaio e memórias, em PERDAS & GANHOS, Lya retoma
diversos temas de O rio do meio — livro publicado em 1996, vencedor do prêmio
de melhor livro da Associação Paulista de Críticos de Arte. Considera o ser humano
ao mesmo tempo bom e capaz, fútil, medíocre e até cruel. Embarcado numa vida
que é um dom, um mistério, e uma conquista a cada momento. Lya acredita que “a
felicidade é possível, que não existe só desencontro e traição, mas ternura,
amizade, compaixão, ética e delicadeza.” Sobre isso dialoga, aqui, com seu
leitor. Entre alegrias, descobertas, decepções e buscas, em PERDAS & GANHOS
— primeiro inédito desde as memórias de infância Mar de dentro, publicado em
2002 — a autora busca dar um testemunho pessoal sobre a experiência do
amadurecimento. Convoca o leitor para ser seu amigo imaginário: cúmplice e
companheiro de reflexões que vão da infância à solidão e à morte, ao valor da
vida e à transcendência de tudo. Lya divaga, discute e versa, com ímpeto,
compaixão, e muitas vezes bom humor, sobre velhice, amor, infância, educação,
família, liberdade, homens e mulheres, gente de verdade... e conclui que o
tempo passa mas as emoções humanas não mudam, revelando que é preciso
reaprender o que é ser feliz. Um livro sensível, delicado e inquietante de uma
das mais importantes escritoras brasileiras da atualidade, premiada pela
crítica e consagrada pelos leitores.
A
RIQUEZA DO MUNDO
A RIQUEZA DO MUNDO é
um livro a um tempo áspero e poético, sempre questionador — do jeito da autora.
Como lhe é de costume, ela aborda o drama existencial humano, nossas comuns
perplexidades, educação, família, autoridade, moralidade versus moralismo, e alguns
dos problemas mais pungentes da nossa sociedade, como guerras, miséria,
política e outros. Fala também de como vemos, usamos ou criamos a riqueza do
mundo, seja natural, intelectual ou artística, afetiva, econômica. Do que
conquistamos ou nos é concedido: os delírios da arte, as aventuras da ciência,
os campos lavrados, os mares e céus que sondamos. Mas fala também do que
desperdiçamos ou matamos, da pobreza advinda do desinteresse, da dor nascida da
traição, das crenças que se digladiam."Escrevo sobre o que não sei
direito", ela costuma dizer, "escrevo para entender melhor e para
dividir meus assombramentos com meu leitor." A RIQUEZA DO MUNDO é uma
espécie de "livro das indagações", com críticas, dúvidas, momentos de
fria lucidez e outros de grande delicadeza. Que nos trazem, cara a cara, alguns
de nossos fantasmas, para que, se pronunciarmos o seu nome, eles se tornem
menos assustadores.
A
ASA ESQUERDA DO ANJO
Gisele é uma mulher
frustrada e deprimida que trilha um caminho de autodestruiçăo ao longo do qual
revela o orgulho, a hipocrisia e o ressentimento de seu universo social e
familiar.
O
LADO FATAL
O lado fatal foi
composto a partir de uma grande perda. Um desabafo, um modo de renascer e sair
de um momento sombrio. Lançado pela primeira vez em 1988, foi sucesso editorial
por anos a fio, até que, a pedido da autora, teve sua publicação interrompida.
Vinte e três anos depois, o distanciamento que o tempo trouxe e o novo olhar
sobre sua obra deram à autora a compreensão de que O lado fatal não pertencia
apenas a ela: ele pertence ao leitor.
EM
OUTRAS PALAVRAS
Com Em outras palavras
Lya Luft conduz o leitor, mais uma vez, a refletir sobre o cotidiano, a
política, a vida e o amadurecimento. Aqui estão reunidas as melhores crônicas
da autora publicadas de 2004 a 2006. Mas os 54 textos selecionados por ela
aparecem com algumas alterações: “Faz parte de meus vícios, burilar meus textos
enquanto for possível: pelo prazer, e pelo respeito a mim mesma e ao meu leitor
— não importa se é em romance ou ensaio, poema ou crônica
O
RIO DO MEIO
"Há um duelo
permanente entre duas personalidades que habitam, talvez, todo mundo: uma, a
convencional, que faz tudo 'direito'; a outra, a estranha, agachada no porão da
alma ou num sótão penumbroso; que é louca, assustadora, quer rasgar as tábuas
da lei, transgredir, voar com as bruxas, romper com o cotidiano. E, interfere
naquela, 'boazinha', que todos pensam conhecer tão bem. Quando escrevi meu
primeiro romance, descobri meu jeito de tentar reunir todas as sombras que se
remexiam e chamavam, e de mergulhar, já sem medo, nesse rio do meio que tudo
carrega para o mar definitivo." Lya Luft Lançado originalmente em 1996, O
RIO DO MEIO, de Lya Luft, foi um dos pioneiros em um gênero indefinido e
inusitado na literatura brasileira: nem ficção, nem relato jornalístico.
Original, o livro foi vencedor do prêmio de melhor obra do ano da Associação
Paulista de Críticos de Artes (APCA).
PENSAR
É TRANSGREDIR
Pensar é transgredir
vai da preocupação com o social à inquietação pelo mistério da vida. Mas nele
Lya Luft também deixa entrever um pouco do cotidiano em sua casa, revela coisas
de sua infância e mostra seu lado bem-humorado, seguidamente comentado por quem
a conhece pessoalmente. Fala do desafio que é podermos escrever uma parte da
nossa história pessoal, e da dificuldade de sermos responsáveis por nossas
escolhas; mas também escreve sobre ternura, alegria e perplexidade.
EXÍLIO
Publicado
originalmente em 1987, em EXÍLIO, Lya Luft narra a saga de uma mulher que tenta
resgatar a imagem da mãe suicida. Partindo desse doloroso universo, a
consagrada autora de Perdas & ganhos e Pensar é transgredir constrói uma
história repleta de conflitos e ensinamentos. Nesta tragédia contemporânea, Lya
Luft, desnuda mais uma vez os mais profundos sentimentos humanos: a solidão, a
morte, o amor, o vício, o assombramento e o desencontro.
PARA
NÃO DIZER ADEUS
Em Para não dizer
adeus Lya Luft desnuda — desta vez em versos — os mais profundos sentimentos
humanos: a solidão, a morte, o amor, o vício, o assombramento e o desencontro.
Entre poemas antigos e inéditos (em sua maioria), Lya Luft mostra algumas de
suas várias faces e retoma, com extrema delicadeza, alguns dos principais temas
de sua prosa.
O
QUARTO FECHADO
Neste romance, Lya
constrói uma trama de cenário sombrio. Um casal separado volta a se reunir dos
dois lados do caixão de seu filho morto, revendo cada um a sua vida e o que os
conduziu àquela trágica situação. Em meio a forças demoníacas e cenas com
delicadeza comovente, o leitor assiste em flash-back o sofrimento de um
adolescente suicida e sua irmã gêmea, um ser repulsivo trancado num quarto, uma
velha e outros personagens que retratam as inquietudes do ser humano.
MÚLTIPLA
ESCOLHA
Em Múltipla Escolha,
Lya indaga, debate e transgride com o fervor de alguém que refuta a
mediocridade e escolhe a vida. Como se sobre um palco, cercada de portas
simbólicas, o complexo mundo contemporâneo à frente, a autora convoca sua
“tribo” para o necessário ritual de pensar. Em foco, questões fundamentais,
como a velhice e a juventude, os novos dilemas e tabus da sexualidade, a
comunicação virtual, as fronteiras entre o privado e o público, drogas,
violência, bondade e perversidade, o mal-estar social: elementos-chave da nossa
rotina diária. Fala sobre esses “mitos modernos” que criamos para se tornarem
senhores de nossa vontade e sobre os quais pondera num diálogo aberto com o
leitor. “Gosto desse jeito mais direto de falar com meu leitor sobre, no fundo,
partes do drama existencial humano, e algumas loucuras da nossa sociedade,
nossa cultura. Sobre nadar contra a correnteza para não naufragar no espírito
de manada destes nossos tempos. Enfim, esse tipo de ensaio, no sentido mais
original da palavra, ‘ensaiar — discorrer sobre algum tema’, é mais um modo de
me expressar. Simples assim”, argumenta Lya.
O
PONTO CEGO
Romance de amor e
mistério — trata de assuntos universais e pessoais como dores, sonhos e
vivências —, no qual a história de uma família é contada do ponto de vista de
uma criança.
SECRETA
MIRADA
O livro fala sobre o
sentimento humano, família, arte e coisas simples da vida. Entre os poemas,
foram intercalados pequenos textos em prosa. O resultado final assemelha-se a
uma bela história, quase um romance, com princípio, meio e fim.
O
TIGRE NA SOMBRA
O tigre na sombra é um
romance impactante no qual Lya Luft, de maneira surpreendente cria um universo
de mistério, magia e dramas humanos muito reais, com os quais qualquer leitor é
capaz de se identificar e se emocionar. Apresentando personagens marcantes e um
final completamente inesperado, a veterana Lya Luft consegue aqui se renovar
mantendo intacta sua magistral capacidade de contar histórias.
MAR
DE DENTRO
'Mar de dentro' é
leve, mas irônico, delicado, mas intenso, dono de uma criatividade que pode até
incomodar. Igualzinho à criança que Lya Luft foi. Mais do que relembrar suas
próprias histórias, a autora desperta no leitor memórias sensoriais, como o
cheiro da chuva na terra quente, o vento nas folhas, o perfume da mãe, o som do
mar, o silêncio das dunas de areia. Um texto repleto de delicadeza, mas de uma
forte humanidade.
HISTÓRIAS
DE BRUXA BOA
A menina Tatinha morava no andar de
cima de uma casa com papai e mamãe. No térreo morava sua avó, que, poucos
sabiam, era uma bruxa boa chamada Lilibeth. Como toda bruxa boa, ela só fazia
feitiço para proteger as pessoas e assustar as bruxas más que moravam num
buraco feio, sujo e cheio de ratos, na esquina da rua. As bruxas más eram
irmãs. A gordinha chamava-se Cara-de-Panela, a magra era a Cara-de-Janela.
Tatinha era aprendiz de bruxa, ajudante de Lilibeth nessas histórias em que
dois mais dois podem não ser quatro, o claro pode ser escuro e o sol pode virar
lua.
Faltou falar sobre "mulher no palco".
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