1) Considere as afirmativas abaixo:
I-A
crônica., gênero literário em prosa , na sua forma atual derivou-se do
jornalismo.
II-A
crônica é uma narrativa curta que se apoia em dois aspectos fundamentais: o
fato e o comentário.
III-A
afirmação da crônica como gênero se deve a Machado de Asais, embora José de A-lencar
já lhe tivesse dado um certo relevo.
Estão
corretas as afirmativas::
(A)I e II (B)II e lII (C)
I e III (D)I, II e III
2) ''Notabiliza-se· como cronista, dos mais
lidos e apreciados. Impregna tudo que escreve de um grande amor à vida, à
pureza e liberdade de sentimentos. Ama os seres humildes e sofredores, dá
ênfase ao cotidiano, aos pequenos gestos, numa linguagem singela, de tom
coloquial, intimista."· ..
O
trecho acima refere-se ao cronista:
a)
Carlos Drumond de Andrade
b)
Fernando Sabino
c) Luís
Fernando Veríssimo
d) Paulo
Mendes Campos
3) Associe o nome do cronista às
características descritas:
( )Numa linguagem lírica, busca, atrás das
aparências , a essência da vida, a magia e
o
prazer da existência.
( )Num
tom, na maioria das vezes irreverente e irônico, comenta os mais
variados fatos do cotidiano das pessoas e suas atitudes, seu modo de agir.
( )De
linguagem simples e direta, busca traduzir tudo aquilo que vê em cada pequeno
momento da vida, valorizando-o, resgatando sua importância e beleza.
( )
Seu modo de escrever é baseado no conflito de situações, mostrando o ridículo que
há nas coisas vistas sob certos ângulos diferentes.
(1)
Rubem Braga
(2)
Paulo Mendes Campos
(3) Fernando
Sabino
(4)
Luís Fernando Veríssimo
4) Assinale só a alternativa incorreta:
a) A
linguagem das crônicas de Paulo Mendes Campos é bastante marcada pelo lirismo
poético.
b) Paulo
Mendes Campos busca na infância a utopia necessária para, com sua pureza e
alegria de viver, tentar superar o tédio, a insensibilidade e a solidão da
cidade grande.
c) O Cego de Ipanema, Homenzinho na Ventania e O
anjo bêbado são livros de crô-nicas de Paulo Mendes Campos.
d) A
crônica de tendência humorística, que se acentuou dos anos 70 para cá, pode
muito bem ser representada por nomes como Luís Fernando Veríssimo, Carlos
Eduardo Novaes e Jô Soares.
e) Infelizmente,
Drummond, Manuel Bandeira, Vinícius de Moraes e Cecília Meireles, por serem
grandes poetas. nunca se interessaram por escrever crônicas.
5)Não é verdadeiro com relação a Rubem Braga: .
a) Enquanto
escritor, dedicou-se fielmente à crônica, que reuniu em livros como: O conde e o passarinho, A cidade e a roça,
Ai de ti, Copacabana!
b) É
considerado como o grande mestre da crônica contemporânea.
c) Sua
linguagem exuberante e colorida constrói-se com as mais variadas figuras de
estilo, riqueza de adjetivação , abundância de expressões pitorescas.
d) Sua
crônica procura captar e resgatar o lado humano e sensível que se esconde por detrás das situações mais
simples, dos incidentes banais.
e) Desprezando
os excessos das figuras de estilo ou a sofisticação expressional , Rubem Braga
tem uma linguagem enxuta, direta, ágil.
Instrução: Leia o
fragmento abaixo extraído d'O analista de Bagé, de Luís Fernando Veríssimo, e
responda as questões.
Existem
rnuitas histórias sobre o analista de Bagé mas não sei se todas são
verdadeiras. Seus métodos são certamente pouco ortodoxos, embora ele mesmo se
descreva como um "freudiano barbaridade ". E parece que dão certo, pois
a clientela aumenta. Foi ele que de-senvolveu a terapia do joelhaço.· .
Diz
que quando recebe um paciente novo no seu consultório a primeira coisa. que o
ana-lista de Bagé faz é lhe dar um joelhaço. Em paciente homem, claro, pois em mulher,
se-gu-do ele, "só se bate pra descarrega energia”. Depois do joelhaço o
paciente é levado dobra-do ao meio, para o divã coberto com um pelego.
-
Te abanca, índio velho, que tá incluído no preço.
-
Ai - diz o paciente '
- Toma
um mate?
-Na-não
... -geme o paciente
-
Respira fundo, tchê. Enche o bucho que passa ..
O
paciente respira fundo. O analista de Bagé pergunta:
-
Agora, qual é o causo?
- É a
depressão, doutor.
( .. .)
- Só
sei que estou deprimido e isso é terrível. É pior do que tudo.
Aí o
analista de Bagé chega a sua cadeira para perto do divã a pergunta:
-
É" pior que joelhaço?
6) Considere as afirmações sobre o texto.
I- A linguagem
do texto está repleta de expressões tipicamente gauchescas como "barba-ridade",
"índio velho" e "bucho".
II- A
técnica do analista é a de fazer o paciente perceber que nada dói mais do que o
joe-lhaço e que, portanto, a sua depressão não tem sentido.
III - O
analista, "freudiano barbaridade", possui métodos bastante comuns a
todos os ana-listas seguidores de Freud.
Quais
estão corretas?
(A)
Apenas I (B) Apenas II (C) Apenas III (D) Apenas I e II (E) I, II, III
7) Sobre o texto, pode-se afirmar que: .
(A)
existe um contraste entre a "doença" do paciente, que é psicológica, e a cura promo-vida
pelo analista, que é física.
(B) é
clara a origem do paciente, um indígena, visto que o analista o reconhece e o
trata por "índio velho".
(C) o
joelhaço comentado no texto é meramente figurativo, na verdade é como se o ana-lista
desse o golpe com suas palavras.
(D) a
linguagem do texto é marcadamente urbana, sem nada que faça lembrar o falar ga-uchesco,
pois seu autor é de Porto Alegre.
(E) se
percebe a intenção do analista de tirar o dinheiro do analisado sem o curar,
porque nada .do que ele faz necessita de formação acadêmica.
8)No ano de 2002, foi
produzido no Rio Grande do Sul um filme chamado "A paixão de Jacobina",
que retrata a revolta dos Mückers, ocorrida no Morre Ferrabrás, em Sapiranga.
Esse filme foi baseado em um romance do escritor contemporâneo Luiz Antonio de
Assis Brasil, que nesta ficção baseada em fatos históricos aborda o movimento
messiânico ocorrido nos anos de 1870.
O nome
do livro no qual foi baseado o filme é
(A) O
tempo e o vento. (B) A Ferro e
Fogo. (C) Videiras de Cristal.
(D) Um Castelo no Pampa. (E) As Virtudes da Casa .
9) Numere a segunda coluna de acordo com a
primeira.
Coluna 1
1.Clarice
Lispector
2.Osman
Lins
3.Cecília
Meireles
4.Rachel
de Queiroz
5.Érico
Veríssimo
Coluna 2
( ) Painel épico da formação da civilização gaúcha.
O Tempo e o Vento é um clássico que
consagrou o nome do seu autor como um dos grandes romancistas brasileiros.
( ) Escreveu Romanceiro da Inconfidência; "sua linguagem é simples e
acessível", preo-cupa-se com o tempo, com a solidão e o sentimento.
( ) O romance A Rainha dos Cárceres da Grécia demonstra que o seu autor tendeu
tanto para a ficção como para o ensaio.
( ) Em A paixão Segundo G,H., analisa uma
figura profundamente interessada na sua interrelação como cosmo.
( )
Chico Bento, D. lnácia, Cordulina são personagens de um dos seu conhecidos roman-ces,
que figura na literatura brasileira regionalista como um dos mais lidos.
A sequência obtida é:
a) 3, 1,4,5,2. b) 1,5,2,4,3. c) 5,3,2, 1,4. d) 3, 1,4,2,5. e) 4,2,5,3, 1.
10) Peça de Nélson
Rodrigues que se desenvolve em diferentes planos: o da vida real, concreta,
objetiva; o da vida da imaginação, desregrada, liberta. Consiste no que se pode
chamar de "tragédia da memória" e afirmou-se como um marco do teatro
moderno brasileiro. Trata-se de:
a) Álbum de Família. b) A Falecida. c) Vestido de Noiva
d) Navalha na Carne. e)
Beijo no Asfalto.
11) Dias Gomes,
Ariano Suassuna, Oduvaldo Vianna Filho e Plínio Marcos são dramaturgos brasileiros
contemporâneos que escreveram, respectivamente:
a)
O Santo Inquérito, O Auto da Compadecida, Rasga Coração, Navalha na Carne.
b)
O Pagador de Promessas, Os Ossos do Barão, O Assalto, O Abajur Lilás.
c)
O Berço do herói, A Pena e a Lei, O Último Carro, Quando as Máquinas Param.
d)
As Primícias, Álbum de Família, À Prova de Fogo, Barrela.
e)
O Rei de Ramos, Farsa da Boa Preguiça, Senhora da Boca do Lixo, Homens de Papel.
12)
Leia O seguinte fragmento de O Continente
I, de Érico Veríssimo:
Ana procurava sempre esquecer os dias de
medo e aflição, principalmente aquele - o pior de todos! - em que, chegando à
casa uma tarde, vira, horrorizada, um índio coroado aproximar-se, na ponta dos
pés, da cama onde seu filho dormia a sesta. Quase sem pensar no que fazia,
apanhou o mosquete carregado que estava a um canto, ergueu-o à altura do rosto,
apontou-o na direção do índio e atirou. O coroado caiu com um gemido sobre Pedro,
que despertou alarmado, desvencilhou-se daquela "coisa" que estava em
cima de seu peito e saltou para fora da cama já com o punhal na mão e todo
banhado no sangue do bugre. Vendo o filho assim ensanguentado, ela se pôs a
gritar, imaginando que também o tivesse atingido com o tiro. Os vizinhos
acudiram e foi só depois de muito tempo que tudo se aclarou. Ana Terra não
gostava de recordar ·esse dia. Ficara com o ombro arroxeado e dolorido por
causa do coice que a arma lhe dera ao disparar. A sangueira que saia do corpo
do coroado deixara-a tonta. Não tinha tido coragem de ir olhar de perto ... Mas
um vizinho lhe contara:
- Ficou com um rombo
deste tamanho no pulmão. ,J"
Ana passara o resto daquele dia tomando chá
de folhas de laranjeira. Tinha matado um homem.
Esse
fragmento exemplifica o comportamento de Ana Terra no decorrer de todo o roman-ce,
ou seja:
a) covarde
por ser uma personagem feminina.
b) inconsequente,
pois age sempre com impulsividade.
c) fuxiqueira,
porque passa conversando com vizinhos, para saber da vida dos outros.
d)
corajosa, pois demonstra capacidade para enfrentar as adversidades.
e)
insegura, porque seus dias são marcados por medo e aflicão.
13) Relacione autor e obra, colocando entre
parênteses o número correspondente ao autor:
(1)
Guimarães Rosa
(2)
Dalton Trevisan
(3)
Lins do Rego
(4)
Érico Verissimo
(5)
Jorge Amado
(
) Menino de Engenho
( )
Cacau
( ) Olhai os Lírios do Campo
( ) Grande sertão: Veredas
( ) O Vampiro
de Curitiba
a) 3 - 5 - 4 - 1 - 2 b) 5 - 3 - 4 - J - 2 c) 4 5 3 1 2
d) 4 - 5 - 2 - 3 - 1 e) 1-3-2-4-5
14) Sobre o personagem Analista de Bagé, considere as seguintes afirmações.
I - O
Analista, apesar dele ter um linguajar gauchesco, em nada mais se diferencia de
ou-tros profissionais da área.
II - O
consultório do Analista tem um divã coberto com pelego, e, quando o paciente
chega, ele lhe oferece um chimarrão.
III - O
Analista tem uma recepcionista, chamada Lindaura, que foi instruída por ele a
avaliar os pacientes antes de entrarem no consultório.
Quais estão corretas?
(A)
Apenas I
(B)
Apenas ll
(C)
Apenas I e II
(D)
Apenas II e III
(E) I, II, III
15)Não é
verdadeira com relação a Fernando Sabino:
a)
Além de cronista, é também contista e romancista, como atestam, neste último
caso, os livros: O Encontro marcado e O Grande Mentecapto.
b)Costuma
misturar. num mesmo livro, crônicas e contos, como ocorre em: O Homem Nu, A
Falta que Ela me Faz e O Galo sou Eu.
c)
A linguagem trabalhada e a busca da
palavra precisa e mais expressiva são marcos de seu estilo que, no entanto. não
afetam certo tom informal que há em seus textos.
d)
Sua crônica explora, muitas vezes, o elemento conflitivo das situações e, com
humor e malícia, procura revelar o lado ridículo de certos acontecimentos.
e)Típico
escritor carioca, suas crônicas são fortemente marcadas pela presença de
expressões populares e personagens característicos dos morros e favelas do Rio.
16) "Clessi
(choramingando) - O olhar daquele homem despe a gente!
Mãe
(com absoluta falta de compostura) - Você exagera, Scarlett!
Clessi
- Rett é indigno de entrar numa casa de família!
Mãe
(cruzando as pernas; incrível falta de modos) - Em compensação, Ashley é
espiritual demais. De- mais! Assim também não gosto.
Clessi
(chorando despeitada) - Ashley pediu a mão de Melânie! Vai-se casar com
Melânie!
Mãe
(saliente) - Se eu fosse você preferia Rett. (Noutro tom) Cem vezes melhor que
outro!
Clessi
(chorosa) - Eu não acho!
Mãe
(sensual e descritiva) - Mas é, minha filha! Você viu como ele é forte? Assim! Forte mesmo!”
No trecho acima, as personagens de Vestido
de Noiva subitamente se põem a recitar diálogos do filme E o Vento Levou. No contexto dessa obra de Nélson Rodrigues, esse
recurso de composição configura- se como:
a)
crítica à internacionalização da cultura, reivindicando o privilégio dos temas
nacionais.
b)
sátira do melodrama, o que dá dimensão autocrítica à peça.
c)
sátira do cinema, indicando a superioridade estética do teatro.
d)
intertextualidade, visando indicar o caráter universal das paixões humanas.
e)
metalinguagern, visando revelar o caráter ficcional da construção dramática.
A educação pela pedra
Uma
educação pela pedra: por lições;
para
aprender da pedra, frequentá-la;
captar
sua voz inenfática, impessoal
(pela
de dicção e/a começa as aulas).
A
lição de moral, sua resistência fria
ao
que flui e a fluir, a ser maleada;
a
de poética, sua carnadura concreta;
a
de economia, seu adensar-se compacta:
lições
da pedra (de fora para dentro,
cartilha
muda), para quem soletrá-Ia.
Outra
educação pela pedra: no Sertão
(de
dentro para fora, a pré-didática).
No
Sertão a pedra não sabe lecionar,
e
se lecionasse não ensinaria nada;
lá
não se aprende a pedra: lá a pedra,
uma
pedra de nascença, entranha a alma.
João Cabra!
de Meio Neto.
17) Pode-se, nesse
poema de João Cabral de Meio Neto,
identificar
que:
I.
há dois modos de educação pela pedra, marcados pelos indefinidos
"uma" e "outra".
II.
há preferência pela estrutura complexa e registro de versos brancos. .
III.
existe só um modo de educação pela pedra, baseado numa só lição: a lição da
cartilha.
Está(ão)
correta(s)
a)
apenas I. b) apenas II. c) apenas I e II. d)
apenas III. e) apenas II e III.
GABARITO:
1-A,
2-D, 3- 1/4/2/3, 4-E, 5-C, 6-D, 7-A, 8-C, 9- 5/3/2/1/4, 10- C, 11- C, 12 –D, 13
–A, 14 –E, 15 –E, 16 –B, 17 – C.
0 comentários
Postar um comentário