Apesar de
iniciada na Alemanha, a maior divulgação da prosa romântica partiu da França
(detalhe: a França era o país na Europa que tinha se livrado do Absolutismo,
colocando a burguesia no poder político e econômico. Sendo o Romantismo uma
arte DA burguesia, feita PELA burguesia e feita PARA a burguesia, a França foi
onde mais obteve sucesso a linguagem romântica).
A divulgação das prosas românticas se dava
periodicamente, juntamente com os jornais, nos chamados folhetins. Tais
folhetins podem ser comparados, hoje, às novelas televisivas, por atrair a
atenção e a expectativa do público para a continuação da trama, que era pouco
complexa, satisfazendo a vontade do pouco exigente público leitor.
Romance, apesar do nome, não é uma
história de amor (pode ser em torno de uma história de amor, mas nem sempre):
romance é uma narrativa (o romance consolidou o gênero narrativo) longa que
apresenta vários personagens envolvidos entre si por uma trama, composta de
conflitos. Nos romances românticos, certas características estão sempre presentes:
. complicação
sentimental ou conflito amoroso envolvendo uma ou várias personagens;
. tensão bem
versus mal, numa forma bem maniqueísta de se ver a vida (o maniqueísmo diz que
o mundo é composto de coisas boas e coisas más, sem meio-termo). O mal pode ser
representado em pessoas ou em . situações que criem um impedimento ao herói da
narrativa;
. personagens
lineares (planas) ou idealizadas, que não entram em conflito interno, não
apresentam profundidade psicológica, sendo previsíveis e não alterando seu
comportamento ao longo da trama. (O oposto de personagem linear é personagem
esférica – não tem nada a ver com seu peso, que é a personagem que muda seu
comportamento durante a trama. Poucos romances românticos apresentam
personagens esféricas).
triunfo do bem
sobre o mal (geralmente um final feliz, podendo ser um final trágico – poucas
ocorrências).
Prosa Romântica
www.enemvirtual.com.br/prosa-romantica/
A PROSA ROMÂNTICA NO BRASIL
O romance romântico aparece no Brasil como
um gênero de fácil aceitação, principalmente para o público burguês, abordando
temas comuns da vida cotidiana. Sua produção inicia-se apenas em meados do
século XIX, a partir do contato com outras nações decorrente do processo de
independência, em 1822, quando países como França, Inglaterra e Alemanha já
tinham a tradição da ficção.
O romance pioneiro surge dotado de algumas
peculiaridades, como o episodismo (sobreposição dos episódios à análise dos
fatos), o oralismo (o narrador é um contador de histórias), a linearidade
(segue-se a ordem cronológica normal dos fatos da vida), a idealização (no
ambiente, no enredo e nos personagens - homem, herói autêntico e generoso e
mulher, feminina, ingênua e fiel).
Inicialmente, não só no Brasil, mas também
na Europa, o romance apresenta-se na forma de flolhetins, em publicações
periódicas nos jornais de capítulos de obras literárias, atraindo a leitura de
mulheres, estudantes, comerciantes e funcionários públicos. Estas publicações
desapareceram no século XX, enquanto o romance em si prosseguiu evoluido e se
modificando ao longo dos tempos na literatura nacional.
Linhas temáticas do romance:
Durante o período colonial, a prosa inexistiu.
Nessa ausência de tradição, os autores românticos partiram do nada e fizeram
suas primeiras tentativas mais consistentes.
O primeiro romance brasileiro é “O filho do pescador”, de Teixeira e
Souza, de 1843. Porém o nosso primeiro romance de qualidade é “A Moreninha” , de Joaquim Manuel de
Macedo, lançado em 1844, e considerado como romance urbano. O romance urbano é
aquele que apresenta a cidade como cenário e o comportamento dos citadinos são
incorporados nos personagens da narrativa.
Nas décadas de 50 e 60 verifica-se o
florescimento da prosa de ficção.
Os
prosadores românticos procuraram cobrir diversos aspectos da vida brasileira,
além das indefectíveis histórias de amor.
No
Brasil, o romance nasce em meio a uma busca pela identidade nacional e, mais do
que a produção poética, busca fornecer as respotas sobre as tradições, o
passado histórico e os costumes do país em uma verdadeira investigação sobre os
espaços nacionais. A identificação destes espaços caracteriza a formação de
quatro linhas temáticas: o espaço da selva é retratado pelos Romances
Indianista e Histórico; o campo aparece no Romance Regionalista; a vida na
cidade é trazida pelo Romance Urbano.Vejamos cada uma destas linhas:
1. Romance Indianista:Caracterizado pela idealização do
Índio, que não é visto em sua realidade sócio-antropológica, mas sim de uma
maneira lírica e poética, figurando como o protótipo de uma raça ideal.
Materializa-se no índio o “mito do bom selvagem” de Rousseau (o homem é bom por
natureza e o mundo é que o corrompe).
Há harmonização das diferenças entre as
culturas europeia e americana. O índio é mostrado em diversas condições, como é
possível notar nas obras de José de Alencar: em “Ubirajara”, aparece o índio primordial, sem o contato urbano; em “O Guarani”, é mostrado o contato o
branco e em “Iracema”, aborda-se a
miscigenação.
2. Romance Histórico:bRevela o resgate da nacionalidade a
partir da criação de uma visão poética e heróica das origens nacionais. É comum
ocorrer a mistura de mito e realidade. Destacam-se as obras ”As Minas de Prata”
e “A guerra dos Mascates”, de José de
Alencar.
3. Romance Regionalista: Também conhecido como Sertanista, é
marcado pela idealização do homem do campo. O sertanejo é mostrado, não diante
dos seus verdadeiros conflitos, mas de uma maneira mitificada, como um
protótipo de bravura, honra e lealdade. Trata-se aqui de um regionalismo sem
tensão crítica. Destacam-se obras de José de Alencar (“O Sertanejo”, “O Tronco do Ipê”, “Til”, “O Gaúcho”), Visconde de
Taunay (“Inocência”), Bernardo
Guimarães (“O Garimpeiro”) e Franklin
Távora, que com “O Cabeleira”
diferencia-se dos demais apresentando certa tensão social que pode ser
enquadrada como pré-realista.
4. Romance Social Urbano: Retrata o ambiente da aristocracia
burguesa, seus hábitos e costumes refinados, seus padrões de comportamento,
sendo raro interesse pela periferia. Os enredos são em geral triviais, tratando
das tramas amorosas e mexericos da sociedade. Os perfis femininos são temas
comuns, como em “Diva”, “Lucíola” e “Senhora”, de José de Alencar e em “Helena”, “A Mão e a Luva” e “Iaiá Garcia”, de Machado de Assis.
É importante perceber que alguns desses
romances, tratando do ciclo social urbano, já revelavam características
realistas em seus enredos, como algumas análises psicológicas e sintomas de
degradação social.
A Prosa Romântica no Brasil
- Tô Sabendo Mais - O Portal da ...
tosabendomais.com.br/portal/assuntos-quentes.php?secao...
JOAQUIM MANUEL DE MACEDO
Joaquim Manuel de Macedo, nasceu no Rio de
Janeiro em 1820. Em 1844 formou-se em Medicina no Rio de Janeiro, e no mesmo
ano estreou na literatura com a publicação daquele que viria a ser seu romance
mais conhecido, "A Moreninha",
que lhe deu fama e fortuna imediata. Além de médico, Macedo foi jornalista,
professor de Geografia e História do Brasil no Colégio Pedro II, e sócio
fundador, secretário e orador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro,
desde 1845. Em 1849 fundou, juntamente com Gonçalves Dias e Manuel de Araújo
Porto-Alegre, a revista Guanabara, que publicou grande parte do seu
poema-romance A nebulosa — considerado por críticos como um dos melhores do
Romantismo. Foi membro do Conselho Diretor da Instrução Pública da Corte (1866).
Joaquim Manuel de Macedo abandonou a
medicina e criou uma forte ligação com Dom Pedro II e com a Família Imperial
Brasileira, chegando a ser preceptor e professor dos filhos da Princesa Isabel.
Era amigo íntimo e confidente de uma celebridade da Corte, Manuel José de
Araújo Porto-Alegre, Cônsul do Brasil na Alemanha, de quem recebeu uma longa e
histórica correspondência pela qual o remetente se declara um espírita convicto
e apaixonado pelo credo que na metade do século XIX fora codificado por Allan
Kardec, na França.
Macedo também atuou decisivamente na
política, tendo militado no Partido Liberal, servindo-o com lealdade e firmeza
de princípios, como o provam seus discursos parlamentares, conforme relatos da
época. Durante a sua militância política foi deputado provincial (1850, 1853,
1854-59) e deputado geral (1864-1868 e 1873-1881). Nos últimos anos de vida
padeceu de problemas mentais, morrendo pouco antes de completar 62 anos.
Obra
Além
de escritor foi fundador da Revista "Guanabara", secretário, orador
do Instituto Histórico, político, professor e preceptor dos filhos da princesa
Isabel.
Macedo, que faleceu no Rio de Janeiro em
11 de abril de 1882, foi o escritor mais lido durante o final da década de 40 e
início da de 50.
Isso se deu devido ao esquema usado por
ele na composição dos romances. Ele atendia à expectativa do leitor burguês
pois descrevia em uma linguagem simples, os costumes da sociedade carioca. Eram
tramas fáceis, pequenas intrigas de amor, que sempre tinham finais felizes.
Sua obra é extensa e fez grande sucesso
na época. Havia, entre os críticos, o argumento de que ele abusou
sentimentalismo muito ao gosto popular, daí seu enorme sucesso de público. Os
críticos, entretanto, não negam que Macedo foi cronista aberto e analítico do
Rio de Janeiro do final do Império.
Sua grande importância literária está no
fato de ser considerado um dos fundadores do romance no Brasil e, certamente,
um dos principais responsáveis pela criação do teatro no Brasil. A Moreninha certamente foi considerada a
primeira obra da Literatura Brasileira a alcançar êxito de público e é um dos
marcos do Romantismo no Brasil.
Lançado em 1844, A Moreninha é tido como o primeiro romance publicado no país,
embora tenha sido precedido por O Filho do Pescador, de Teixeira e Sousa, que,
entretanto, é tido como uma obra menor, desenvolvida a partir de um enredo
pouco articulado e confuso.
A
Moreninha constituiu-se numa pequena revolução literária no Brasil
imperial, inaugurando o romance brasileiro, e é até hoje é reeditado com
relativo sucesso e ainda é lido com prazer. Estudiosos da obra macediana
observam que a protagonista do romance, Carolina, é uma clara alusão à
personalidade e ao comportamento de Maria Catarina de Abreu Sodré, sua esposa e
prima-irmã do poeta Álvares de Azevedo.
Em sua obra, Joaquim Manuel de Macedo
descreve com linguagem simples e raro senso de observação os usos e costumes da
sociedade carioca de seu tempo, e a vida familiar e privada daquela época,
quando o país ainda estava nas primeiras décadas de sua independência: as cenas
triviais da rua, os preconceitos sociais, as festas, a economia doméstica, os
saraus familiares, as conversas de comadre, as pequenas e grandes intrigas, os
ciúmes mesquinhos, os namoros até certo ponto ingênuos de estudantes e
donzelas, que quase sempre acabavam em casamento feliz.
Na sua obra teatral, Macedo preocupou-se
antes com a pintura realista do ambiente social, cultural, político e econômico
da sua época do que com o universo psicológico dos seus personagens. Seus
dramas, escritos em verso, são artificiais e afetados, suas comédias, porém,
são importantes documentos dos costumes da sociedade carioca da época.
Além de A Moreninha, Macedo escreveu ainda outros dezessete romances,
dezesseis peças de teatro e um livro de contos. Entre essas obras destacam-se:
Livros
Romances
A Moreninha
(1844) O Moço Loiro (1845) Os Dois Amores (1848)
Rosa (1849) Vicentina (1853) O Forasteiro (1855)
Os Romances da
Semana (1861) O
Rio do Quarto (1869)
A Luneta Mágica
(1869) As Vítimas-Algozes (1869)
As Mulheres de
Mantilha (1870-1871)
Sátiras políticas
A Carteira do Meu
Tio (1855)
Memórias do
Sobrinho do Meu Tio (1867-1868)
Crônicas sobre a
cidade do Rio de Janeiro
Memórias da Rua
do Ouvidor
Um Passeio pela
Cidade do Rio de Janeiro
Labirinto
Teatro
Dramas O
Cego (1845)
Cobé (1849) Lusbela (1863)
O Fantasma Branco
(1856) O Primo da Califórnia
(1858)
Luxo e Vaidade
(1860) A Torre em
Concurso (1863)
Cincinato
Quebra-Louças (1873) Cigarro e seu
Sucesso (1880)
Poesia
A Nebulosa (1857)
Biografias
Ano Biográfico
Brasileiro (1876) Mulheres Célebres
(1878)
Geográfica
Noções de
corographia do Brasil (1873), traduzido a língua alemão por M. P. Alves
Nogueira e Guilherme Henrique Theodoro Schiefler, Leipzig, F. A. Brockhaus,
1873
Medicina
Considerações sobre
a Nostalgia (tese apresentada na faculdade de Medicina)
Academia Brasileira de Letras
Joaquim Manuel de Macedo é o patrono da
cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador Salvador
de Mendonça.
Joaquim Manuel de Macedo –
Wikipédia, a enciclopédia livre
pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Manuel_de_Macedo
ANÁLISE DE "A MORENINHA", de Joaquim Manoel de Macedo
“A Moreninha”, de Joaquim Manoel de
Macedo, foi considerado o primeiro romance do Romantismo brasileiro, garantindo
a Macedo o pioneirismo de fato nesse gênero literário.
O título do livro foi dado pelo próprio
protagonista da história, o personagem Augusto, em homenagem a D. Carolina.
Durante toda a história, evidenciam-se os traços da protagonista,
principalmente a cor do rosto: pele morena. Por isso, as pessoas mais íntimas
chamavam-na de Moreninha.
O sucesso de “A Moreninha” está vinculado
à capacidade do autor de amarrar o leitor na atmosfera de romance, aguçando a
curiosidade do leitor com pequenos enigmas, simples conflitos e uma leitura
fácil e agradável. Tais características se organizam numa narrativa fixada
entre a lenda e o romance para formar uma obra de gosto popular.
Esta análise irá abordar os elementos
estruturais da narrativa: enredo, personagens, narrador, tempo e linguagem
1- ENREDO
A história de “A Moreninha” gira em torno
de uma aposta feita por quatro estudantes de Medicina da cidade do Rio de
Janeiro do fim da primeira metade do século XIX. Um deles, Augusto, é tido
pelos amigos como namorador inconstante. Ele próprio garante aos colegas ser
incapaz de amar uma mulher por mais de três dias. Um de seus amigos, Filipe, o
convida juntamente com mais dois companheiros, Fabrício e Leopoldo, a passarem
o fim de semana em uma ilha, na casa de sua avó, D. Ana. Ali também estarão
duas primas e a irmã de Filipe, Carolina, mais conhecida como
"Moreninha". Por causa da fama de namorador do colega, Filipe
propõe-lhe um desafio: se a partir daquele final de semana Augusto se envolver
sentimentalmente com alguma (e só uma!) mulher por no mínimo 15 dias, deverá
escrever um romance no qual contará a história de seu primeiro amor duradouro.
Apesar de Augusto garantir que não correrá esse risco, no final do livro ele
está de casamento marcado com Carolina e o romance que deveria escrever já está
pronto. Nas linhas finais da obra, o próprio Augusto nos informa seu título:
"A Moreninha".
Clímax
O clímax do romance ocorre quando
D.Carolina revela a Augusto, ao deixar cair um breve contendo um camafeu, que é
a mulher a quem ele tinha prometido se casar na sua infância, no final do
Capítulo XXXIII:
Desfecho
Como todo bom romance romântico, o
desfecho dá-se no final da história quando Augusto e Carolina já estão de
casamento marcado e Augusto perde a aposto que havia feito com Filipe.
2- PERSONAGENS
A Moreninha apresenta dois personagens
principais planos, simples, construídos superficialmente, embora essa
caracterização funcione de modo a destacá-los do grupo a que pertencem. Eles
são sempre compostos de modo a tornar viável o que mais interessa nesse tipo de
romance: a ação. São eles: Augusto e D. Carolina, a Moreninha. A figura de
Augusto resume um certo tipo de estudante alegre, jovial, inteligente e
namorador. Dotado de sólidos princípios morais, fez no início da adolescência
um juramento amoroso que retardará a concretização de seu amor por Carolina.
Esse impedimento de ordem moral permitirá o desenvolvimento de várias ações até
que, ao final da história, Carolina revelará ser ela mesma a menina a quem o
jovem Augusto jurara amor eterno. É muito jovem e "moreninha" e
também travessa, inteligente, astuta e persistente na obtenção de seus intentos.
Carolina encarna a jovem índia Ahy, que espera incansavelmente por seu amado
Aoitin – uma antiga história da ilha que D. Ana conta a Augusto. No final ela
revela para Augusto que era a menina para quem lhe prometera casamento.
Os personagens secundários compõem o
quadro social necessário para colocar a história em movimento ou propiciar
informações de certos dados essenciais à trama e representam, por meio de
alguns tipos característicos, a sociedade burguesa da capital do Império.
Rafael: Escravo, criado de Augusto, espécie de
pajem ou moleque de recados. É quem lhe prepara os chás e quem lhe atura o mau
humor, levando castigos corporais (bolos) por quase nada.
Tobias: Escravo, criado de D. Joana, prima de
Filipe. O negro tem dezesseis anos, é bem-apessoado, falante, muito vivo quanto
à questão de dinheiro.
Paula:bAma-de-leite de Carolina; incentivada
por Keblerc, bebeu vinho e ficou bêbada.
D. Ana: Avó de Filipe, é uma senhora de
espírito e alguma instrução. Tem sessenta anos, cheia de bondade. Seu coração é
o templo da amizade cujo mais nobre altar é exclusivamente consagrado à querida
neta, Carolina, irmã de Filipe.
Filipe: Irmão de Carolina, neto de D. Ana. Amigo de
Augusto, Fabrício e Leopoldo. Também estudante de Medicina.
D. Violante: "D. Violante era horrivelmente
horrenda, e com sessenta anos de idade apresentava um carão capaz de desmamar a
mais emperrada criança." Meio estabanada, ela quebra a harmonia reinante
no ambiente burguês, sem causar transtornos graves.
Keblerc: Alemão que, diante das garrafas de
vinho, prefere ficar com elas a tomar parte na festa que se desenrola na ilha.
Embriaga-se, mas não perturba o clima de harmonia em que se desenvolve a
história.
Fabrício: Amigo de Augusto, também estudante de
Medicina. Está apaixonado por Joaninha, mas dela quer livrar-se por causa das
exigências extravagantes da moça. Chega a pedir a ajuda de Augusto para
livrar-se da namorada exigente.
Leopoldo: Amigo de Augusto, Filipe e Fabrício;
também estudante de Medicina.
D. Joaninha: Prima de Filipe, namorada de Fabrício.
Exigia que o estudante lhe escrevesse cartas de amor quatro vezes por semana;
que passasse por defronte da casa dela quatro vezes por dia; que fosse a miúdo
ao teatro e aos bailes que frequentava; que não fumasse charutos de Havana nem
de Manilha, por ser falta de patriotismo.
D. Quinquina: Moça volúvel, namoradeira. Namorava um
tenente Gusmão da Guarda Nacional. Na festa da ilha, recebeu um cravo de um
velho militar e ia passá-lo adiante, a um jovem de nome Lúcio. O cravo
terminou, por acaso, nas mãos de Augusto.
D. Clementina: Moça que cortou uma madeixa dos
cabelos fez um embrulho e deixou-o sob uma roseira para ser apanhado por
Filipe. Augusto antecipou-se ao colega e guardou o pacotinho.
D. Gabriela: Moça que, por cartas, se correspondia
com cinco mancebos. Certo dia, a senhora encarregada de distribuir as
correspondências enganou-se na entrega de duas; trocou-as e deu a de lacre azul
ao Sr. Juca e a de lacre verde ao Sr. Joãozinho.
O romance é narrado na terceira pessoa,
por um narrador onisciente. O narrador está presente em todos lugares da
história, característica essa que pode ser facilmente observada no romance: no
banco de relva perto da gruta, enquanto Augusto conta para Sra. D. Ana à história
de seus amores (Cap. VII); no gabinete das moças, relatando a situação de
Augusto debaixo de uma cama que se achava no fundo do gabinete (Cap. XII); No
gabinete dos rapazes, enquanto os quatros estudantes dormem (Cap. XV); Fora da
Ilha, gabinete de Augusto e na Ilha relatando as modificações do comportamento
de D. Carolina (Cap. XIX), dentre outros.
Em toda a narrativa, podemos observar que
o narrador se dirige a uma outra pessoa, que o Cap. XV nos faz acreditar ser o
próprio autor do romance, convidando-o para participar na narrativa como
observador dos acontecimentos, não chegando, porém, a ser caracterizado como um
narrador onisciente-intruso.
Vejamos alguns trechos da narrativa que
poderão nos dar uma melhor visão da onipresença do narrador:
“Quanto aos homens ... Não vale a
pena!... vamos adiante. (Cap. III)
“Um autor pode entrar em toda parte e,
pois ... não. Não, alto lá! No gabinete das moças ... não senhor; no dos
rapazes, ainda bem.” (Cap. XV)
“Sobre ela estão conversando agora
mesmo Fabrício e Leopoldo. Vamos ouvi-los.” (Cap. XVI)
“Devemos fazer-lhe uma visita; ele
está em seu gabinete ...” (Cap. XIX)
4- TEMPO
No romance “A Moreninha”, o tempo é
linear, ou seja, os acontecimentos vão sendo incorporados à história em ordem
cronológica, sem recuos nem avanços.
Os eventos narrados desenrolam-se durante
os trinta dias pelos quais a aposta entre os estudantes Filipe e Augusto era
válida. A aposta foi feita em 20 de julho de 18...:
Quando a história
se inicia, Augusto já estava no quinto ano de Medicina e conquistara, entre os
amigos, a fama de inconstante. Nos capítulos VII e VIII, o autor conta-nos a
origem da instabilidade amorosa do herói. Tudo começara há oito anos, quando
Augusto contava 13, e Carolina 7 anos de idade, utilizando a técnica chamada de
flashback, que consiste em voltar no tempo.
5- LINGUAGEM
O romance de Joaquim Manuel de Macedo é
escrito numa linguagem ágil e viva, introduzindo o leitor diretamente no centro
da ação. Ao longo do texto, o narrador limita-se a conduzir o leitor pelos
ambientes e pelo interior dos personagens, como no caso do Capítulo XIX –
"Entremos nos Corações". Desse modo, faz o leitor acompanhar todas as
ações. Algumas vezes comenta irônica e metalingüisticamente essa atitude, como
o exemplo abaixo, retirado do Capítulo XV – "Um Dia em Quatro
Palavras":
"São seis horas da manhã e todos dormem
ainda a sono solto. Um autor pode entrar em toda parte e, pois... não. Não, alto lá! No gabinete das moças...
não senhor; no dos rapazes ainda bem. A porta está aberta."
Fiel à época romântica, Macedo exagera no
uso dos adjetivos, tornando a linguagem derramada. Os rodeios excessivos fazem
par com descrições exaustivas, principalmente quando se refere a Moreninha.
CONCLUSÃO
A obra nos mostra porque continua sendo um
dos romances mais lidos, com uma leitura interessante e agradável, vem provar
mais uma vez a importância da redescoberta dos valores mais puros, honestos e
genuínos presentes na alma do ser humana. Sua importância dentro do Romantismo
foi ter sido a primeira obra expressiva deste movimento literário no Brasil. O
tema é a fidelidade a um amor de infância. Tem valor para o nosso tempo pois
resgata sentimentos como honra, fidelidade e amor , valores esses que vêm sendo
esquecidos na atualidade.
Análise de "A
Moreninha" de Joaquim Manoel de Macedo
miriamfajardo.blogspot.com/.../analise-de-moreninha-de-joaquim-ma...
O MOÇO LOIRO, de Joaquim Manuel de
Macedo
O moço loiro, romance urbano, foi lançado
em 1845, ano em que Joaquim Manuel de Macedo aceitaria o cargo de professor no
Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, onde passaria a ter contato direto com
poetas como Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães, os quais o aproximariam de
questões sociais que o fariam ingressar, posteriormente, na vida política.
O livro mostra um enredo claro e bem
construído, e realiza uma reportagem de época ainda útil para estudiosos e curiosos do imaginário da elite
carioca do século XIX.
O livro é um sensível retrato da sociedade
burguesa da antiga capital federal, no século XIX, criticada discretamente pelo
autor, que faz do romance um discurso sobre o amor idealizado e, portanto, livre
do contato com a realidade, representado nas figuras de Honorina e do herói que
dá nome ao livro. Daí segue toda a trama, que, mesmo sendo um retrato social,
não se aprofunda em questões políticas ou psicológicas. Apesar dos conflitos
existenciais, seus personagens são superficiais, pouco complexos,
restringindo-se a pequenos dilemas éticos, com exceção talvez da viúva
Lucrécia, metáfora da hipocrisia social de seu tempo. As reflexões encontradas
na narrativa são ingênuas, expostas em linguagem simples e, por vezes,
demasiadamente explicativas.
A
sentimentalidade, típica dos escritores românticos de sua época, é bastante
exacerbada, passando a ser força motora sobre a razão, fazendo com que os
personagens se mostrem propensos a viver fora do tempo, sempre fugindo do real
em devaneios intermináveis.
Assim, a intriga se desenrola em tom de
encantamento, numa tênue linha entre realidade e puro delírio.
Sua leitura se faz valiosa até hoje,
tanto por seu tema atemporal - o amor adolescente, as dúvidas e os conflitos
interiores que simbolizam tanto esta fase da vida, o sonho do primeiro e
verdadeiro amor - quanto pela revelação de alguns aspectos de um Rio antigo,
com saraus, pequenas embarcações de transporte com remadores e mansões
localizadas no bairro da Glória, frente ao mar.
Enredo
Uma cruz de ouro, relíquia de família
desde o século XIII, é roubada aos Mendonças, recaindo a culpa sobre um deles,
o jovem Lauro, que abandona os seus e desaparece, amaldiçoado pela avó. Sua
prima Honorina, anos depois, é cortejada misteriosamente, através de bilhetes,
por um desconhecido - que assume os mais estranhos disfarces, intervém, nos
mais vários acontecimentos, está em toda parte, sabe tudo, como convém aos
heróis folhetinescos.
Ele é o Moço Loiro, que acaba por salvar
o pai da moça da ruína (a que o ia levando o empregado infiel, o verdadeiro
ladrão da jóia), além de punir os maus, amparar os bons etc.
No final, o óbvio fica evidente: ele é
Lauro e casa com a priminha, deixando em conformada melancolia a maior amiga
desta, Raquel, que, para variar, também o amava em segredo.
O moço loiro, de Joaquim
Manuel de Macedo - Passeiweb
www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/.../o/o_moco_loiro
A LUNETA MÁGICA, de Joaquim Maniel de
Macedo
I- O romance
A ascensão da burguesia ao poder, e o
surgimento do jornal [ o primeiro aparece em 1808, no RJ] vieram modificar o
gosto do público pela literatura. A nova mentalidade, menos refinada, menos
educada e mais pragmática - voltada para os problemas do dia a dia - requer um
gênero literário que possa estar à altura do seu entendimento e do seu gosto. E
o romance, que há mais tempo vinha tomando forma [na Espanha, na Inglaterra e
na França, sobretudo], começou a ensaiar seus primeiros passos no Brasil. Dos
primeiros folhetins, publicados em jornais, por autores agora completamente
esquecidos, passamos às primeiras manifestações mais apropriadas e logo
festejadas pelo grande público. Atentos, sempre, ao anseio do novo público,
surgiram os primeiros romancistas. E, com eles, os primeiros folhetins, entre
estes está A Luneta Mágica, de Joaquim Manuel de Macedo.
II - Enredo
No romance A Luneta Mágica, Macedo nos
conta a história de Simplício, um rapaz que padece de um mal terrível: uma
dupla miopia.
Miopia física: que o impede de ver ou
distinguir qualquer coisa a duas polegadas de distância dos seus olhos.
Miopia moral: o impede de entender ou
distinguir as ideias alheias ou de ajustar suas próprias ideias. [trata-se de
um parvo, ingênuo,...]
Simplício ficou órfão aos 12 anos de
idade e, desde então, vive com o mano Américo, que administra sua herança, com
a devota tia Domingas e com a prima Anica. Certo dia, apesar de sua miopia, foi
convidado para fazer parte de um júri. Lá conhece o Sr. Nunes que lhe fala do
Reis, um gravador de vidros, capaz de resolver seu problema de miopia.
Depois
de muitas tentativas, de lentes do mais alto grau, Reis reconhece que não pode
ajudar Simplício, sua miopia é muito forte. Condoído, no entanto, com a dor do
rapaz fala-lhe do Armênio - um artista de habilidades mágicas trazido da Europa
pelo próprio Reis para trabalhar em sua oficina.
O
desejo de Simplício de ver era tão grande que ele acaba aceitando ir visitar o
Armênio. Este promete-lhe uma luneta mágica, mas avisa-lhe também que em pouco
tempo o rapaz vai ter a convicção de que é melhor ser cego do que ver demais.
Assim, depois de pensar muito sobre tudo
o que o Armênio havia lhe falado e consultar sua família, Simplício vai ao
encontro do mágico no horário marcado, a meia-noite. Lá presencia o ritual de
construção da luneta. Depois de muitas luzes, fogos e palavras mágicas, finalmente
o mago entrega-lhe o objeto mágico, mas não antes de lhe avisar sobre os
poderes e perigos da luneta: Simplício não deveria fixá-la mais de 3 minutos
sobre qualquer objeto ou ser humano, pois assim passaria a ter a visão do mal
[vingança da salamandra presa no vidro] e, além disso, não deveria também
fixá-la em nada além de 13 minutos, pois esta seria a visão do futuro e, neste
caso, para própria proteção do rapaz, a luneta se quebraria.
Ansioso com a possibilidade de enxergar,
Simplício volta para casa e espera o amanhecer para experimentar a luneta.
Maravilhado com a visão da aurora, acredita que será impossível ver qualquer
coisa má nesta cena e decide, portanto, fixar sua luneta por mais de 3 minutos.
De repente, fica horrorizado com o que vê: '-Meu Deus!...como a aurora é
enganadora e falsa!...e como o sol é feio, terrível e mau!!!'. Concorda com o
Armênio e diz que basta a visão da superfície e das aparências, a felicidade do
homem está nas ilusões dos sentidos, nos enganos da alma, quer ser feliz e,
portanto, não fará mais uso da visão do mal. No entanto, nosso jovem ingênuo,
acaba por não resistir à visão do mal e começa a fixar sua luneta sobre tudo e
todos.
A visão do mal permite-lhe ver a
'verdade' sobre: prima Anica, moça fria, sem sentimentos, mulher-cálculo,
incapaz de amizade, interessada em casar Américo ou com Simplício por causa da
fortuna; mano Américo, ambicioso avarento, rouba a família na administração dos
bens; tia Domingas, invejosa, fofoqueira, sovina, deseja o casamento da filha
com Américo pela fortuna,...
Estas descobertas deixam Simplício
horrorizado e decepcionado fazendo-o decidir procurar um advogado para
administrar seus bens e uma esposa para formar uma nova família. Procura o
Nunes para que este o ajude com seus planos. No entanto, ao fixar sua luneta
sobre o velho, descobre um farsante e interesseiro.
Passa-se um mês e ele só encontra
decepções, ninguém em quem confiar, nada em que acreditar. Os amigos são todos
interesseiros, exploradores, as moças são todas falsas e impuras.
De repente, a cidade inteira comenta sua
loucura e ele passa a ser perseguido e execrado em todos os locais. A família
decide que ele está doente, tranca-o em casa e quer destruir sua luneta. A
visita de um médico, no entanto, impede que ele seja declarado louco. Todos
concordam que ele foi iludido pela magia e que com amor e carinho conseguirá
superar tudo.
Ainda assim, Simplício não entrega a
luneta e sabe que, embora não seja considerado louco será visto como um
maníaco, portanto não há salvação. Decide, então, que a única coisa que poderá
salvá-lo será a visão do futuro. Ele quer saber qual o seu futuro e por isso
decide fixar a luneta nele mesmo [no espelho] por mais de 13 minutos.
Entretanto, antes de chegar na visão do futuro, chega à visão do mal e se
descobre um infame, caluniador, um inimigo da família, um homem capaz de
maldizer todas as criações de Deus, um maldito...Antes de chegar na visão do
futuro, a luneta quebra-se em suas mãos.
De novo, Simplício acha-se na escuridão,
arrependido de ultrapassar a visão da superfície e das aparências, descobre-se,
agora, sem nada, sem qualquer possibilidade de ver.
Depois de 8 dias enclausurado em casa,
decide que já pode sair, as pessoas não lembrarão de mais nada - 'Não há
atividade de opinião que resista à extensão, à eternidade de oito dias na nossa
capital'.
Durante o passeio, reencontra o Reis que
lhe conta sobre as fofocas do Nunes e o convence a, novamente, procurar o
Armênio. Assim, fica combinado um novo encontro, a meioa-noite, no gabinete do
mágico.
Mais uma vez Simplício presencia todo o
ritual de construção da nova luneta e ouve os alertas do Armênio sobre o uso
correto da lente. Dessa vez, se fixada por mais de três minutos, ela lhe dará a
visão do bem.
Ao voltar para casa, esperançoso e feliz
com a possibilidade de ver novamente, Simplício decide que escreverá a todos os
jornais e falará sobre as maravilhas de que o Armênio é capaz. Ele não entende
a descrença do Reis nas potencialidades mágicas. Acredita que o Armênio poderá
ajudar muitas outras pessoas e que, portanto, não faz sentido manter tudo isso
em segredo.
Depois de se questionar sobre que mal
poderia haver na visão do bem, mais uma vez Simplício desobedece o mágico e
fixa sua luneta por mais de três minutos. Começa por enxergar a prima Anica, um
anjo de inocência e de candura; tia Domingas, a devoção e a piedade
personalizada; o mano Américo, a pura dedicação fraternal.
“-Eu tinha a febre da felicidade. O
mundo e a vida me festejavam o coração; eu desejava rir, divertir-me, folgar”.
Maravilhado com a visão do bem,
apaixona-se pela prima Anica e por mais trinta e tantas outras moças, inclusive
por Esmeralda, uma conhecida prostituta do 'Alcasar Lírico'. Reconhece a
bondade e a pureza de coração em todos que dele se aproximam, ajuda a todos,
paga jantares, dá esmolas, contribui para fundos de caridades através dos
'amigos', que são cada vez em maior número. Reencontra o Nunes, visita-lhe a
família, apaixona-se por sua filha, salda suas dívidas. Enfim, passa a ser
explorado e ridicularizado por todos sem perceber. Quando alguns tentam lhe
avisar sobre o que está acontecendo, fica confuso, pois descobre a verdade na
boca destas almas boas, mas não entende como isso pode ser possível.
Mais uma vez desesperado e angustiado,
descobre que a visão do bem é um martírio.
Com a alma atormentada, presencia um
funeral e percebe a beleza, a felicidade da morte. Decide, portanto, que o
melhor que tem a fazer é morrer. Como não tem armas ou veneno, nem meios para
consegui-los, sobe até o alto do Corcovado para se jogar de lá de cima. Antes,
porém, pensa uma vez na visão do futuro, dá uma última olhada através da luneta
mágica para cidade, a capital do Império do Brasil. Passa-se os treze minutos e
a luneta se quebra em suas mãos. Mais uma vez nas trevas, Simplício não hesita
e se joga do para peito...Duas mãos possantes, no entanto, suspenderam-lhe
pelas orelhas - era o Armênio.
Depois de conversarem sobre tudo o que
havia acontecido, o mágico fala-lhe sobre as lições das lunetas:
'Exagerar é mentir.'
'No mundo há o bem e o mal, como há na
vida o prazer e a dor.'
'Mas o bem é o bem, o mal é o mal como
são e não podem deixar de ser para humanidade que é imperfeita: perfeito bem,
absoluto mal não há para ela.'
'A imperfeição e a contingência da
humanidade são as únicas ideias que podem fundamentar um juízo certo sobre
todos os homens...Cada qual é o que é e cada qual tem as suas qualidades, e
seus defeitos.'
Depois desta
conversa, o Armênio decidiu dar-lhe uma última luneta mágica - A Luneta do Bom
Senso. Desta vez, no entanto, Reis faz Simplício prometer segredo sobre o
assunto.
A Luneta Mágica | Resumos
Literarios
www.algosobre.com.br/resumos-literarios/a-luneta-magica.html
Li esse livro em minha fase de adolescência, e ainda hoje, já ingressando na terceira idade ele ainda me é útil, bem como tenho repassado esta bela mensagem para muitos, fiquei feliz em ler este resumo pois tem detalhes que havia esquecido. Em resumo, foi um dos melhores livros que já li.
ResponderExcluirEu gostaria de saber no livro o moço loiro de Joaquim Manuel de Macedo qual é o tempo psicológico, o que se pode aprender com este livro e qual foi a importância e contribuição da obra e do autor à nossa literatura?
ResponderExcluirSe puderem responder ficarei extremamente grata, pois estou precisando dessas informações para um trabalho de escola de português!
ResponderExcluir